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Projeto pode ser votado nesta terça, 15; texto mantém versão privatista

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 555, que cria o Estatuto das Estatais, deve ser votado entre hoje (15) e amanhã. Após muita mobilização das entidades que se opõem a seu teor privatista, que conseguiu prorrogar a votação por cinco vezes, após indicações de mudanças no original para elaboração de um substitutivo por parte dos vários setores envolvidos e após a entrada do governo nas negociações, uma nova versão do texto do relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi apresentada.

Agora pela manhã membros do comitê, assessores e técnicos farão uma análise dessa versão e divulgarão o resultado, mas, segundo a coordenadora do Comitê Nacional das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, já se pode afirmar que as mudanças são muito pequenas e o caráter privatista está mantido. "Sendo assim o dia de hoje é fundamental para manter a pressão sobre os senadores. A oposição é oportunista e quer aproveitar o momento político para acabar com direitos e o patrimônio público", afirma.

Confira, abaixo, os 11 itens de pontos problemáticos solucionados e 14 não solucionados. Maria Rita, que nesta terça participa de seminário sobre o PLS 555 em Curitiba, lembra a importância da mobilização não apenas na data de hoje, mas durante todo o processo, que não se encerra caso a votação de fato ocorra nesta semana. “Nós temos obtido vitórias parciais e, sem elas, o PLS 555 já teria sido aprovado sem qualquer alteração”, explica, lembrando que é preciso insistir e continuar a fortalecer a luta contra o projeto privatista.

ANÁLISE

PONTOS PROBLEMÁTICOS SOLUCIONADOS 1. Redação do art. 2º - exigência de que lei autorizativa de constituição de empresa estatal indique, de forma clara, o relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional que irá atender. A redação não está exatamente como o Governo queria mas evita o excesso de rigor que constava do texto original (“em termos objetivos e precisos”). 2. Art. 2º, § 2º: Superada a limitação excessiva à criação de subsidiárias de estatais. Redação do Relator: § 2º Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiária das entidades mencionadas no caput, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada, cujo objeto social deve estar relacionado ao da investidora, nos termos do art. 37, inciso XX, da Constituição Federal. 3. Adequação do conceito de empresa pública e sociedade de economia mista ao Decreto-Lei 200/67 – art. 3º e 4º 4. Aplicação da Lei das S/A a todas as estatais (art. 5º e art. 90, §§ 1º e 2º). Relator suprimiu obrigatoriedade, desde que empresas públicas observem regras de governança e transparência (art. 6º). Somente as sociedades de economia mista terão que ser S/A. Aplicação da Lei às subsidiárias de estatais (art. 7º). Determina aplicação geral das regras da Lei das SA sobre escrituração, demonstrações financeiras e auditoria (art. 7º). Há conflito com o art. 91 5. Art. 8º, I – elaboração de carta anual com descrição de limites de atuação da empresa – Relator substituiu por “explicitação dos compromissos de consecução de objetivos”. 6. Mandatos dos conselhos de administração renováveis (máximo 8 anos) – art. 13, VI. Mandados dos diretores renováveis (máximo de 10 anos). Mandatos de conselheiros fiscais renováveis (máximo 6 anos). 7. Suprimida a regra de responsabilização de quem exercesse influência sobre atividades de gestão (constava antes do art. 15 [agora art. 16], § 2º) 8. Requisitos para ser dirigente de estatal (simplificação das exigências, incluindo-se possibilidade de quem tenha exercido por 4 anos atividade acadêmica ou de pesquisa) (art. 17) 9. Ampliação do prazo para adequação à nova Lei de 12 para 24 meses. 10. Participação mínima de 25% de capital privado nas estatais – art. 91, § 3º - foi limitado a empresas listadas em bolsas de valores (capital aberto) – prazo para adequação fixado em 10 anos. 11. Limite de gastos com publicidade (art. 92). Elevado para até 2% da receita bruta.

PONTOS PROBLEMÁTICOS NÃO SOLUCIONADOS 1. Definição de que a lei se aplica apenas a estatais que explorem atividades econômicas – art. 1º. PROBLEMA: inclui no âmbito de aplicação a empresa “que explore atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que seja atividade econômica sujeita ao regime de monopólio da União ou de prestação de serviços públicos.” A CF limita a aplicação dessa Lei às empresas que explorem atividades econômicas em sentido estrito (em concorrência com o mercado) não se aplicando, assim, a todas as estatais, segundo interpretação do STF. 1. Não acatou fixação de limite de R$ 300 milhões de receita bruta ou ativos superiores a R$ 240 milhões para que empresa observe regras de governança da Lei – (art. 1º § 1º). 2. Manteve a exigência de que estatais façam controles detalhados das empresas em que tenham participações minoritárias (art. 1º § 7º). Tema que pode ser submetido a veto. 3. Não acatou a aplicação da Lei (governança e regras de licitação) às sociedades de propósito específico de que estatais participem com no mínimo 25% do capital – art. 1º, § 2º Substitutivo Requião/Lindbergh 4. Vedação de emissão de ações preferenciais por estatais – Relator mantém vedação, mas para empresas criadas daqui para a frente (art. 4º §§ 1º e 2º). 5. Art. 8º, § 2º inciso I: continua a ser exigido que “quaisquer obrigações e responsabilidades que a empresa pública que explore atividade econômica e a sociedade de economia mista assumam em condições distintas às de qualquer outra empresa do setor privado em que atua deverão: – estar claramente definidas em lei ou regulamento, bem como previstas em contrato, convênio ou ajuste celebrado com o ente público competente para estabelecê-las, observada a ampla publicidade desses instrumentos;” 6. Manteve impedimento de Diretor ou Presidente da estatal ser membro do CA. Não foi afastado o impedimento (art. 13, VII). Impedimento deve ser para ser PRESIDENTE do Conselho de Administração. 7. Manteve a vedação de que Ministros e titulares de cargos em comissão que não sejam servidores efetivos de participar de conselhos de estatais. Relator não acatou a proposta de permitir que seja contemplado cargo em estatal que seja supervisionada pela Pasta ou que exerça atividades com pertinência temática (art. 17, I). 8. Manteve a vedação de que dirigente de partidos político nos últimos 36 meses ocupem cargos de diretor ou conselheiro em estatais – art. 17, § 2º, II 9. Manteve vedação de que dirigente sindical ocupem cargo de diretor ou conselheiro em estatais – art. 17, § 2º, III (retirou somente prazo de 36 meses para “quarentena”) 10. Manteve participação mínima de 25% de membros independentes (não ligados ao governo ou a empresas) no conselho da estatal (inclusive empresas públicas) – art. 22. 11. Composição do comitê de auditoria estatutário (art. 25) – mantida a obrigação de ser liderado por membro independente. 12. Definição da função social das estatais. Foram feitos pequenos ajustes, mas insuficientes. O texto precisa contemplar com clareza como tal o desenvolvimento e emprego de tecnologia brasileira, a ampliação do acesso de consumidores a seus produtos e serviços, o desenvolvimento regional e o respeito ao meio ambiente – art. 27. 13. Mantida a dispensa de licitação para estatais alienarem bens e participações acionárias “nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares, vinculadas a oportunidades de negócio definida e específica, justificada a inviabilidade de procedimento competitivo”. (art. 28, § 3º, II e § 4º c/c art. 49, II). 14. Art. 91: continua a prever que empresas públicas deverão ser convertidas em SA de capital fechado e que SEM de capital fechado devem virar Empresa Pública.

A mobilização nesta terça, com as conversas com os senadores, torna-se assim ainda mais relevante e necessária. A semana também traz novas ações nessa luta, como o seminário que acontece em Curitiba, no Paraná, a partir das 9h desta terça, com o slogan Nosso patrimônio não está à venda, no Espaço Cultural dos Bancários, e uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Paraíba no próximo dia 21. Os eventos terão a participação da coordenadora do comitê nacional em defesa das empresas públicas, Maria Rita Serrano.

Depois da denúncia do Sindicato, local foi interditado durante oito dias, por apresentar risco de choque elétrico a bancários e usuários, entre outros problemas

A Defesa Civil de Mauá liberou o funcionamento da agência do Itaú localizada no Jardim Maringá. O local foi fechado entre os dias 1 e 8 de março, após denúncia do Sindicato de que não apresentava condições de operação, colocando em perigo trabalhadores, clientes e usuários.

O problema mais grave, e que levou à interdição, foi o risco de choque elétrico, já que a fiação dos caixas ficava totalmente dentro d´água, existindo ainda a possibilidade de ocorrer um curto-circuito. “Além disso a agência apresentava várias outras irregularidades, como ar condicionado quebrado, infiltração de água no ambiente de caixas automáticos, tanto interna quanto externamente e na antessala; infiltração na área gerencial e no almoxarifado e um buraco no teto na área interna”, explica a diretora sindical Cristina Malosso.

Após as ações do Sindicato e Defesa Civil, o banco realizou reparos para que a agência pudesse retomar suas atividades, no entanto a situação ainda não está resolvida pois vários problemas ainda colocam em risco a segurança dos bancários e clientes. “Vamos acompanhar e cobrar do banco uma resolução definitiva e orientar os bancários para que denunciem caso novos problemas apareçam”, afirma a diretora sindical.20160301_091712 20160301_09183720160307_123615

Texto vai mesclar pontos do substitutivo e do projeto original do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); comitê nacional orienta intensificar a mobilização nas bases, municípios e estados

A votação do projeto de lei do Senado (PLS) 555 foi adiada novamente nesta quarta (9) após pressão das entidades que defendem as empresas públicas brasileiras. Essa forte mobilização, que teve início no ano passado, já conseguiu a prorrogação por cinco vezes, além de forçar mudanças no texto original a partir da elaboração de um substitutivo e, mais recentemente, da entrada do governo federal nas negociações para tentar elaborar um acordo.

Essa terceira versão do projeto, que mescla o substitutivo com o original, não foi ainda oficialmente apresentada. “Sabemos apenas que traz avanços, mas também que há a manutenção de pontos críticos. Não podemos fazer especulações. O que podemos afirmar é que há itens que não vamos aceitar pelo caráter privatista, como é o caso da transformação das empresas públicas em sociedades anônimas ou do impedimento de que trabalhadores participem da direção das empresas”, aponta a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano.

A nova votação do PLS 555 está marcada para 15 de março, e a orientação do comitê é de que, até lá, sejam intensificadas as ações contra o projeto nas categorias, municípios e estados. “Dia 15 voltaremos à Brasília. Foi essa pressão que fizemos que garantiu o adiamento da votação até agora e mudanças no texto original. Por isso temos que intensificar cada vez mais nossas ações”, destaca Rita.

Ministros - Nesta quinta-feira, às 10h, Maria Rita e o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, participam de encontro com os ministros Ricardo Berzoini (secretaria de Governo) e Jacques Vagner (Casa Civil). A reunião vai contar com representantes de entidades que integram a Frente Brasil Popular e terá como tema as chamadas ´pautas-bomba´ em trâmite no Congresso.

Também nesta quinta o movimento em defesa das empresas públicas ganha novo comitê estadual: o de Minas Gerais, que será lançado no Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e região.

Para mais informações acesse www.diganaoaopls555.com.br

03-09-2016 Atividade Santander REgional SBC (2) 03-09-2016 Atividade Santander REgional SBC (4) 03-09-2016 Atividade Santander REgional SBC (5)Diretores do Sindicato fecharam três agências do Santander nesta quarta-feira, 9, para protestar contra o descumprimento de um acordo que ​deveria representar​ um avanço nas relações de trabalho na Regional​ São Bernardo, mas não está ​sendo cumprindo. A manifestação dessa quarta acontece em uma agência em Diadema e duas em São Bernardo do Campo como forma de denunciar o problema à sociedade e exigir providências.

As agências dessa Regional são exemplo de como não deve ser um ambiente de trabalho. Apesar de o banco ter como referência na relação com seus trabalhadores o Termo de Compromisso de Relações Laborais - Boas Práticas, seus itens não são cumpridos nessas agências.

Pelo que estabelece o “Boas Práticas” um funcionário não pode ser exposto nem submetido a castigos ou brincadeiras. Os gestores devem evitar o tom de cobrança e priorizar o estímulo e a motivação. A exposição de ranking, divulgação de resultados por e-mails citando funcionário por baixa performance e cobrança por resultados no telefone particular também são ações terminantemente proibidas pelo acordo. Mas o que vem acontecendo, denunciam os trabalhadores, é pura humilhação, com a exposição dos bancários submetidos a atitudes grosseiras. É assédio moral, que deve ser coibido em qualquer local.

Aliás, questiona o diretor sindical Ageu Ribeiro, se o próprio banco condena o assédio fica difícil entender por que alguns gestores insistem em praticá-lo. Outros problemas presentes são a extrapolação da jornada de trabalho, a discriminação aos que retornam de licença médica e a falta de orientação adequada. “O acordo representou um avanço nas relações de trabalho, com efeito muito positivo para os bancários. No entanto, se é desrespeitado, não cumpre sua função, que é a de propiciar um bom ambiente de trabalho. E um bom ambiente de trabalho é indispensável tanto para o bem-estar do funcionário quanto o de usuários e clientes do Santander”, conclui Ageu.

02-23-16-atividade-mercantil-1Está previsto para a próxima quinta-feira, 10, uma negociação entre os trabalhadores e o Banco Mercantil do Brasil sobre os vários problemas que os funcionários do banco vem enfrentando com sobrecarga e falta de condições de trabalho. “O banco promoveu demissões em nível nacional no ano passado deixando a situação, que já não era boa, pior ainda, pois a sobrecarga de trabalho dos funcionários está causando problemas, inclusive de saúde, dos bancários”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato. Essa situação piora ainda mais devido ao desvio de função. Além disso os funcionários também denunciam pressão e assédio moral. Outra situação preocupante que vem ocorrendo no banco é a falta de segurança que atinge principalmente o setor de auto atendimento, colocando em risco os funcionários, clientes e usuários do banco.  A questão da segurança é gravíssima, e já levou o banco a ser multado no começo desse ano. A área de autoatendimento fica sempre lotada e, sem estrutura de atendimento eficiente, vira uma bagunça que favorece os golpistas. O excesso de clonagem de cartões até levou o Mercantil a fechar o autoatendimento das 18h às 8h. Outro exemplo é a forma incorreta de abastecimento dos caixas, o que acaba colocando todos em perigo. “O movimento sindical tem reivindicado providências e denunciado a situação aos órgãos competentes e nessa semana, dia 10, nós vamos para essa negociação apresentar para o banco todos os problemas do Mercantil no ABC. Queremos que o banco tome providencias imediatas”, finaliza Belmiro. Atividade No dia 23 de fevereiro os diretores do Sindicato realizaram  atividades nas agências do Mercantil para alertar e cobrar providências sobre os problemas enfrentados por funcionários e clientes. A manifestação foi marcada pelo fechamento, durante todo o dia, das unidades que operam no Grande ABC – o banco está presente em seis das sete cidades da região, com exceção de Rio Grande da Serra. Durante o protesto foram distribuídos boletins informativos para esclarecer a população. Clique AQUI para ver mais fotos

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