Área restrita

Entre os itens, há reivindicações referentes a condições de trabalho, retomada das contratações, Funcef e Saúde Caixa

A primeira negociação da Campanha Nacional 2016 com a Caixa Econômica Federal acontece nesta quarta-feira (17). A reunião será em Brasília (DF), a partir das 10h. O Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE), entregou a pauta de reivindicações específica dos trabalhadores na terça-feira (9) à direção do banco. A minuta contém propostas aprovadas no 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), realizado em São Paulo, de 17 a 19 de junho. As reivindicações são referentes às condições de trabalho, retomada das contrações, Funcef, Saúde Caixa, entre outros pontos. Reunião preparatória - Nesta terça-feira (16), os representantes das federações e sindicatos que integram a comissão dos empregados debatarem e definiram os pontos da pauta da primeira negociação com a Caixa, durante encontro será na sede da Fenae. Clique aqui e confira a pauta de reivindicações específicas dos empregados da Caixa.  

O banco eliminou 2.710 postos de trabalho em 12 meses

No primeiro semestre de 2016 o lucro líquido do Banco do Brasil foi de R$ 4,824 bilhões, o que significou uma expressiva queda de 45,3% em relação ao mesmo período de 2015. Mas, segundo o próprio banco, o resultado decorreu, principalmente, da provisão relacionada ao caso específico do segmento empresarial de óleo e gás.

O lucro líquido ajustado, que exclui resultados extraordinários, alcançou R$ 3,087 bilhões, tendo queda também expressiva de 49,1%. Análise feita pelo Dieese também ressalta que o patrimônio líquido ajustado totalizou R$ 83,4 bilhões, com alta de 15,1% no período. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio foi de 10,4%, com queda de 10,5 pontos percentuais em doze meses.

"Apesar desse lucro gigante do BB, o banco continua com a redução de postos de trabalho não se preocupando com os bancários, que são sos responsáveis por esse lucro e nem com os clientes, pois com a redução de funcionários, o atendimento fica prejudicado", disse Otoni Lima, diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil.

Corte de empregos

O banco seguiu reduzindo postos de trabalho, conforme evidenciado pelo balanço da instituição. Foram registrados 109.615 trabalhadores em junho de 2016, totalizando 2.710 a menos que em junho de 2015.

Quanto à rede de atendimento, o banco somou 5.428 agências em junho de 2016, 116 a menos que no mesmo mês em 2015. A Rede Mais BB (correspondentes bancários e Banco Postal) somou 14.110 unidades, sendo 464 unidades a menos, em 12 meses. Mas o banco ampliou em 1,152 milhão o número de clientes no mesmo período, somando 64,2 milhões de correntistas.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 767,8 bilhões, com queda de 1,3% em 12 meses, e de 3,1% no trimestre. A carteira pessoa física somou R$ 197 bilhões, com crescimento de 5,7% em 12 meses. O segmento de pessoas jurídica totalizou R$ 333,9 bilhões, com queda de 5,5%, já a carteira de agronegócio teve alta de 9,6%, com resultado de R$ 184,5 bilhões.

Inadimplência

O índice de inadimplência foi de 3,27% em junho de 2016 e registrou alta de 1,4 ponto percentual em 12 meses, sob impacto do segmento de óleo e gás. Com esse resultado, a inadimplência no banco ficou bem próxima à média do Sistema Financeiro Nacional no período, que foi de 3,50%. As despesas com provisões somaram R$ 14,2 bilhões, com alta de 30,4% em 12 meses.

Receita X Pessoal

Entre os resultados do banco destacam-se as receitas de R$ 23,8 bilhões com Títulos e Valores Mobiliários (TVM), que tiveram queda de 16,3% em 12 meses. As receitas com serviços e tarifas totalizaram R$ 11,6 bilhões com elevação de 7,6%, enquanto as despesas com pessoal (inclusive PLR) somaram R$ 11,1 bilhões, com alta de 1,6%, o que resultou num índice de cobertura de 104,3% em junho de 2016.

O Sindicato realizará no próximo dia 18 uma plenária sobre a incorporação do HSBC pelo Bradesco com o objetivo de discutir a garantia de direitos e isonomia.

A incorporação do HSBC pelo Bradesco é um ponto que preocupa os bancários. "Os trabalhadores de ambos os bancos estão apreensivos com a incorporação. A perda do emprego é uma das maiores preocupaçãoes dos funcionários, por isso é muito importante a participação dos bancários desses bancos nesta plenária para que possamos discutir sobre essa venda e traçar estratégias de luta", disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e funcionário do HSBC.

Outro ponto importante é a necessidade de luta pela manutenção das conquistas específicas dos funcionários do HSBC, como a bolsa-educação, o parcelamento de férias e planos de saúde. “Temos de estar preparados para essa luta também. Temos um histórico de lutas e conquistas e isso não será esquecido e nem vencido”, afirmou Belmiro.

O evento será na sede social, rua Xavier de Toledo, 268 - Centro de Santo André à partir das 18h30.

Decisão foi tomada durante reunião realizada ontem (11) em Brasília; item já faz parte da estratégia de lutas de bancários e petroleiros

O encontro do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, realizado ontem (11) em Brasília, reuniu representantes de várias categorias e entidades sindicais que apresentaram propostas para as ações neste segundo semestre e fizeram um balanço das realizadas até agora, desde o início da luta contra o PLS 555 (Estatuto das Estatais), no ano passado. Entre as propostas, ganha destaque a incorporação da campanha “Se é público, é para todos” nas campanhas salariais em curso, como já estão fazendo bancários e petroleiros em suas estratégias de lutas.

“Nossa sugestão é que todas as categorias em campanha salarial adotem esse debate, primordial nesse momento, vez que o governo golpista já declarou sua intenção de privatizar o que for possível, o que é inadmissível”, destaca a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, diretora do Sindicato e que também é empregada da Caixa e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) do banco. Todo o material da campanha pelos bens, empresas e serviços públicos, lançada em junho passado, já está disponível na internet para utilização das categorias interessadas, no facebook do comitê.

Pré-sal e PEC - Outra decisão do encontro foi o apoio do Comitê ao plebiscito sobre o pré-sal. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos querem que o povo brasileiro decida se os recursos do pré-sal devem ser aplicados em benefício da sociedade ou ficar nas mãos de multinacionais, como almeja o governo golpista. “Além do impeachment, a questão do pré-sal está em evidência nesse momento, e o comitê vai apoiar, defender e divulgar a ideia de realização do plebiscito”, explica Rita. O repúdio à PEC 241, que congela gastos públicos federais por 20 anos, sem respeitar percentuais estabelecidos para saúde e educação, foi outra proposta aprovada no encontro.

Ainda sem data definida, mas já agendado para o mês de setembro, também haverá o lançamento da campanha “Se é público, é para todos” no Congresso Nacional. Intensificar o debate com os políticos, estreitar os laços com a base aliada e buscar formas diversas de sensibilizar a sociedade sobre a importância dos serviços e empresas públicas foram outros itens estabelecidos na reunião, que reforçou decisão anterior de se ingressar com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) para questionar a lei 13.303, oriunda do PLS 555 e que traz contradições legais como o impedimento de sindicalistas participarem dos conselhos das empresas públicas.

Balanço e expansão - “Foi um encontro muito produtivo, que certamente resultará em atividades por todo o Brasil contra as privatizações”, afirma Rita, destacando a unidade como ponto positivo no balanço das ações realizadas até agora. “A união de diferentes entidades e categorias para travar o debate no Congresso foi fundamental para atingir o resultado no caso do PLS 555, e nasceu de uma necessidade concreta de articulação. Agora, vamos fortalecer essa unidade e expandir nossas ações na luta contra as privatizações”, destaca.

Já o representante da Contraf-CUT, Ernesto Izumi, também participante do encontro, lembra que “o mais importante é o comitê manter-se mobilizado. A luta contra a lei 13.303 ainda não acabou e uma Adin está sendo analisada. Outros projetos que ameaçam os trabalhadores estão em pauta e vamos continuar a mobilização junto aos parlamentes e nas ruas. Se é público é para todos, e só a luta nos garante”.

O banco ficou de avaliar uma nova proposta sobre os endividamentos dos trabalhadores ainda neste mês

comissao-de-organizacao-dos-empregados-coe-do-itau-cobra-do-_2ae9555b43ada834f434dc30fb04ade8Em reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e Condições de Trabalho, realizada na tarde desta quinta-feira (11), em São Paulo, entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco, os representantes dos trabalhadores cobraram do banco o retorno das principais pendências apontadas pelos bancários sobre os assuntos relacionados a saúde e condições de trabalho.

Segundo Adma Gomes, diretora do Sindicato e integrante do GT de Saúde, o banco havia se comprometido trazer devolutivas efetivas sobre as questões que afligem os trabalhadores no local de trabalho. “Esta mesa é muito importante para o movimento sindical, pois trata da saúde do trabalhador bancário e a nossa categoria é a que mais vem se afastando por adoecimentos como a LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), além dos afastamentos por problemas psíquicos. Por isso, precisamos respostas concretas do banco”, explicou.

O Itaú havia se comprometido, em reunião passada, a trazer devolutivas sobre as questões pendentes, bem como uma solução para a questão do endividamento do trabalhador, além de apresentar dados reais referentes à saúde do trabalhador no ambiente bancário.

Em relação aos endividamentos, os casos onde houve um atraso ou equívoco no cadastramento ou afastamento do funcionário, que acarretou na cobrança indevida, o banco ficou de fazer uma revisão referente ao assunto e se comprometeu, mais uma vez, a acertar as pendências.

“O banco já apresentou alguns programas, só que além de apresenta-los é preciso de fato debater os assuntos e as propostas concretas, que irão melhorar o dia a dia do trabalhador bancário”, acrescentou Adma.

Outra questão pendente é referente aos dados reais sobre a saúde e os números de adoecimento dos trabalhadores no local de trabalho. O banco complementou os dados nesta reunião, estratificados por Estado e ficou de dar continuidade ao assunto na próxima ocasião. Esses dados são importantes para se ter a compreensão real do nível de adoecimento dos bancários do Itaú.

O banco ficou de avaliar uma nova proposta sobre os endividamentos ainda neste mês. A próxima reunião ainda não tem data marcada.

Fonte: Contraf-CUT

A minuta contempla as propostas aprovadas no 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil

A minuta de reivindicações específicas dos funcionários do Banco do Brasil foi entregue, na tarde desta quinta-feira (11), ao presidente do BB, Paulo Cafarelli, em São Paulo. A pauta contempla as propostas aprovadas no 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, que aconteceu  entre os dias 17 e 19 de junho, na capital paulista, e reuniu 323 delegados e delegadas (212 homens e 111 mulheres).

Além das preocupações com remuneração, emprego, igualdade, saúde e condições de trabalho, os bancários estão preocupados com a defesa dos direitos gerais dos trabalhadores, com a defesa da democracia e com a defesa dos bancos públicos. A manutenção da mesa única e a garantia das mesas concomitantes são pontos que devem ser continuados.

Agora, os bancários devem definir calendário de negociações entre o Comando Nacional, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários, e o banco.

Clique aqui para ver a minuta de reivindicações do Banco do Brasil

Clique aqui para ver a minuta de reivindicações dos Bancários

Fonte: Contraf-CUT

Mais Artigos...