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Nova rodada está prevista para meados do mês de agosto, em data a ser definida nos próximos dias

Na rodada de negociações da Cassi desta segunda-feira, dia 1º de agosto, as entidades representantes do funcionalismo da ativa e aposentados novamente cobraram do BB medidas emergenciais para reforço de caixa na Cassi, bem como proposta que envolva a sustentabilidade do plano.

As entidades resgataram a fala do banco em mesas anteriores, de que não haveria falta de recursos para pagar prestadores, cobraram um posicionamento sobre a antecipação dos recursos do SiBet e também o andamento dos projetos de ações estruturantes.

Sobre a questão de não deixar faltar recursos, o BB afirmou que tem procurado estudar todas as possibilidades, como foi antecipação do 13º solicitada pelos representantes dos funcionários na mesa de negociações.

O banco informou que foi creditado um valor de 5 milhões referente a despesas de ressarcimento de PAS e outras rubricas, recursos que já foram tratados na mesa de negociação e cujo repasse de outros valores também já foi feito anteriormente.

Sobre a antecipação do SiBet e outras formas de antecipação, o BB informou que ainda não tem segurança acerca dos riscos contábeis e jurídicos dessas operações, mas que continua estudando as medidas.

O banco solicitou um tempo de cerca de duas semanas para concluir os estudos em andamento, quando apresentará mais respostas à Mesa de Negociação.

Nova rodada está prevista para meados do mês de agosto, em data a ser definida nos próximos dias.

Fonte: Contraf-CUT

Na segunda-feira, 01, o Sindicato dos Bancários em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, realizaram uma atividade na Mercedes Benz para denunciar os trabalhadores sobre as práticas antissindicais cometidas pelo banco Itaú que, com perseguições à organização dos trabalhadores, ferem os artigos da Organização Internacional do Trabalho - OIT

Nesta atividade foi distribuída uma carta aberta explicando sobre essa atitude do banco, que além de prejudicar os trabalhadores bancários, dificulta também a vida dos metalúrgicos que sofrem com as filas geradas pelo fechamento de postos de trabalho no banco.

Essa situação praticada pelo banco Itaú não leva em conta os Princípios de Responsabilidade Social dos Prestadores de Serviços das Empresas Metalúrgicas quando não respeita a organização dos trabalhadores, ferindo assim os princípios e a OIT, pois todos os fornecedores e terceiras devem garantir o respeito aos princípios de responsabilidade social e os mesmos tratamentos praticados pela tomadora, que não é o caso do Itaú.

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O banco Itaú dobrou o número de queixas e ocupa o segundo lugar no ranking de reclamações de clientes dirigidas ao Banco Central no primeiro semestre de 2016. Com mais de 60 milhões de clientes no Brasil, em junho, o Itaú registrava um índice de 59,05, o dobro do mesmo mês de 2015, que foi de 29,52.

O conglomerado BMG ficou em primeiro lugar no ranking de reclamações semestrais, embora tenha uma carteira de clientes trinta vezes menor, com pouco mais de dois milhões. O BMG ficou com um índice de 323,79.

O resultado representa o desempenho consolidado de bancos, financeiras e administradoras de consórcio. O índice é calculado com base no número de reclamações procedentes dividido pelo número de clientes e multiplicado por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada banco para cada grupo de um milhão de clientes.

A Caixa (79 milhões de clientes), ocupou a terceira posição, com índice de 50,74 de reclamações consideradas procedentes. Bradesco (77 milhões), com 47,80, e o Santander (34 milhões), com 35,88, completam a lista dos cinco conglomerados que tiveram mais demandas dirigidas ao Banco Central no primeiro semestre de 2016.

 Falta de funcionários nas agências reflete nas reclamações

Segundo o BC, a maior parte das reclamações ocorreu pela "oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada". Em seguida, ficaram as queixas relacionadas a irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito. Em terceiro lugar, outras irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços. Débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente e cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados completam a lista dos cinco principais problemas.

 Número de reclamações é muito maior – BC fixa taxa de juros e regula cobrança de tarifas, mas não protege consumidor

 O ranking de reclamações do Banco Central não contabiliza as queixas feitassem outros órgãos de defesa do consumidor como o Procon de cada estado. Por exemplo, de acordo com o do site do Peocon SP, tendo como fonte o SINDEC (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor) e atualização datada em 31 de dezembro de 2015, o Itaú recebeu 16.672 reclamações somente neste estado.

No site do Banco Central, no campo para registro da reclamação há a seguinte mensagem:

“Qualquer cidadão pode registrar, no Banco Central do Brasil (BCB), reclamações sobre os serviços oferecidos pelas instituições financeiras. Elas ajudam no processo de regulação e fiscalização do sistema financeiro. Entretanto, o BCB não tem competência legal para atuar sobre o caso individual do cidadão. Em caso de conflito com a instituição financeira, o cidadão deve procurar:

  1. O local do atendimento ou o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da própria instituição;
  2. A ouvidoria da instituição financeira;
  3. Os órgãos de defesa do consumidor.”

Fonte: Contraf/CUT

O Banco Bradesco obteve lucro líquido ajustado de R$ 8,274 bilhões, no 1º semestre de 2016. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), este resultado significou uma redução de 5,7% em relação ao 1º semestre de 2015. No 2º trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 4,161 bilhões, com crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. O retorno anual sobre o Patrimônio Líquido médio foi de 17,4% e registrou redução de 3,4 p.p. em doze meses.

Segundo o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco e diretor do Sindicato, Gheorge Vitti, o lucro continua exorbitante e os postos de trabalho diminuindo, o que significa um contrassenso. “Vamos continuar cobrando do banco sua responsabilidade social, pois o setor financeiro continua com os lucros nas alturas e com uma postura intransigente, pois ao invés de contratar mais, desemprega”, destacou.

Ainda de acordo com a análise do Dieese, as Operações de Crédito diminuíram 3,43% tanto em doze meses quanto em relação ao trimestre anterior, alcançando um montante de R$ 447,6 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 0,8% frente ao trimestre anterior e 3,8% em doze meses, chegando a R$ 148,9 bilhões, enquanto as operações com pessoas jurídicas alcançaram a cifra de R$ 298,5 bilhões, o que representa uma redução de 5,3% em relação ao trimestre anterior e 6,7% em doze meses.

Inadimplência

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 4,6% com alta de 0,9 p.p. no período. Mesmo assim, o banco elevou de maneira expressiva suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 33,3% que alcançaram o patamar de R$ 10,6 bilhões.

Outros resultados

O resultado com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) teve alta de 4,2% em doze meses, perfazendo um total de R$ 20,4 bilhões. Esse movimento pode ser explicado, em parte, pela estabilização da taxa Selic em 14,25% a.a., desde 29 de julho de 2015, após uma série de altas desde 2014.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 10,4% em doze meses, totalizando aproximadamente R$ 13 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 8,1%, chegando a R$ 7,6 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 170,7% no 1º semestre de 2015 (3,5 p.p. a mais que em junho de 2015).

Cortes em postos de trabalho

Mesmo com o lucro nas alturas, o número de empregados na holding em 30 de junho de 2016 foi de 89.424, com corte de 4.478 postos de trabalho. O que significa uma queda de 4,8% em doze meses. Foram fechadas 145 agências e 9.590 correspondentes denominados Bradesco Expresso, contudo, abertos 22 Postos de Atendimento (PA’s).

Clique aqui para ver a íntegra da análise do balanço do Bradesco feita pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT e Dieese

O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$3,466 bilhões no primeiro semestre de 2016, crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro obtido no Brasil representou 19% do lucro global da Instituição, que foi de € 2,911 bilhões. A carteira de clientes cresceu 1,6 milhão em um ano. Mas mesmo apresentando este bom resultado, em um período em que a recessão se aprofunda no país, o banco cortou 1.368 postos de trabalho, sendo 1.265 apenas neste último trimestre.

Os resultados do balanço demonstram que o Santander tem plenas condições de atender às reivindicações que estão sendo colocadas por seus empregados mas, ao contrário disso, vem apresentando uma postura intransigente e desrespeitosa.

O banco teve um bom desempenho, mas no lugar de contratar mais e melhorar as condições de trabalho, demite e reduz postos de trabalho.  Ao mesmo tempo, o Santander se nega a apresentar proposta para o Acordo Aditivo ao Contrato Coletivo de Trabalho, o que tem causado revolta e indignação. O banco não reconhece que são os funcionários, com seu trabalho, que constroem o lucro que o banco apresenta.

Segundo a análise feita pelo Dieese, outro dado, que chama a atenção para o bom desempenho do Santander, é que a receita com prestação de serviços mais tarifas bancárias cresceu 11,9% em doze meses e passou a cobrir as despesas de pessoal em 152,33%. As despesas com pessoal cresceram 11%.

Para o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, o lucro do Santander é uma demonstração de que os bancos são o setor da economia menos afetado pela crise e por isso têm plenas condições de atender ás reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2016:  “Os bancos não têm do que reclamar, no momento em que todo o país sofre com a recessão, eles continuam lucrando e muito.  Não podem usar a crise econômica como desculpa para demitir e não valorizar o trabalho dos seus funcionários”, destacou.

Veja aqui a íntegra da análise do balanço do Santander feita pelo Dieese

O Conselho Deliberativo da Fundação Itaú-Unibanco aprovou, na terça-feira (26), a distribuição do percentual de 11,22% aos participantes do Plano Itaubanco CD, além das alterações sobre a criação do fundo de administração e judicial. O valor a ser distribuído entre os participantes, que em março somava R$ 695 milhões, está sendo corrigido, e agora chega a R$ 721 milhões. O processo de aprovação segue para a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), e tão logo seja aprovado, os valores serão creditados nas contas dos participantes.

O Plano Itaubanco CD, um dos vários planos de previdência complementar do Itaú, teve um excedente de R$ 1,418 bilhão no fundo previdencial. Esse excedente foi gerado por acontecimentos como rentabilidade acima da inflação e ganho de uma ação judicial referente à imunidade tributária. Do total excedente, a Fundação e os representantes dos sindicatos e conselheiros negociaram a criação de um fundo administrativo e de contingências judiciais, num total de R$ 259 milhões.

O saldo restante é de R$ 1.159 bilhão. Desse montante, os trabalhadores conquistaram 60%, que será distribuído entre os 21.189 participantes do plano, sendo 10.421 ativos, 4.428 assistidos (aposentados) e 6.340 entre auto patrocinados (funcionários que saíram do banco, mas que continuaram contribuindo para o fundo) e BPD (Benefício Proporcional Diferido). Isso representará um acréscimo médio de 11% sobre o saldo total das contas individuais dos participantes. As contas individuais dos participantes desse plano são alimentadas mensalmente com recursos originários do fundo previdencial.

Mais de 10 anos de luta

Em 2008, a Contraf-CUT e os conselheiros eleitos iniciaram um processo negocial visando resolver as distorções existentes nos diferentes planos Plano de Aposentadoria Complementar (PAC). A negociação foi concluída em 2010, quando foi feito o processo de migração e adesão ao novo plano: Itaubanco CD.

Na época as reservas foram proporcionalizadas e individualizadas para todos que fizeram a adesão. Instituiu-se o direito à pensão, inexistente nos planos PAC. Garantiu-se também a contribuição de um valor extra por parte da patrocinadora nas contas individualizadas. Com isso, instituiu-se um benefício mínimo, o que não existia no PAC, visto que em muitos casos o benefício no PAC era zero.

Mais de 20 mil trabalhadores fizeram a adesão ao Itaubanco CD e com isso abriu-se a possibilidade de também fazerem contribuições para esse novo plano, incrementando assim suas reservas individuais.

Com a individualização das reservas surgiu também a possibilidade do mecanismo de portabilidade, onde o participante, ao desligar-se da empresa, pode optar por levar suas reservas para outro fundo.

Fonte: Contraf-CUT

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