O Dia Mundial da Médica e do Médico de Família e Comunidade é celebrado em 19 de maio, e foi criado pela Organização Mundial de Médicos de Família (Wonca) em 2010. A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica e tem sua atuação baseada na relação médico-paciente, individualizada para cada pessoa.
Ela está na base de sustentação da Atenção Primária à Saúde (APS) no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo estimativas do Ministério da Saúde, a APS envolve cerca de 80% dos problemas de saúde no País, incluindo os mais frequentes, como diabetes, hipertensão e tuberculose.
Esse profissional também ganha relevância por conhecer mais profundamente a comunidade em que atua, detectando problemas que podem afetar a saúde de forma coletiva. Infelizmente, o Brasil tem poucos médicos que atuam em medicina de família e comunidade (no SUS eram pouco mais de 6 mil em 2020).
Até 2018 esse contingente foi reforçado pelos médicos cubanos por intermédio do programa Mais Médicos, criado em 2013, mas quando Bolsonaro foi eleito disse que não aceitaria mais o acordo negociado com o governo de Cuba durante a gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), e o programa acabou. O Mais Médicos objetivava suprir a carência de médicos em cidades distantes dos grandes centros, áreas indígenas e periferias, e contou com cerca de 15 mil profissionais.
No Brasil ainda é comum haver uma confusão entre médico de família e clínico geral, mas são funções diferentes e complementares. O clínico foca especificamente na doença, e o de família na pessoa, numa abordagem biopsicossocial, porque muitos fatores podem estar relacionados à saúde.