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Inflação pelo IPCA sobe 0,96% em julho; INPC acelera para 1,02%

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Acumulado do IPCA nos últimos 12 meses é de 8,99%; indicadores confirmam decisão acertada pelo acordo de dois anos da categoria bancária, que garante aumento real

InflaçãoA inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que computa o reajuste nos preços para as famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos, subiu 0,96% em julho, o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta foi de 1,19%. Os dados foram divulgados dia 10 passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, o indicador acumula alta de 4,76% e, em 12 meses, 8,99%, ficando acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (8,35%). É a maior taxa desde maio de 2016, quando o IPCA ficou em 9,32% em 12 meses. Em julho do ano passado, a taxa mensal foi de 0,36% e, em junho de 2021, de 0,53%.
“Os preços de produtos e serviços estão mais caros, e se tivéssemos que negociar índices nesse momento certamente teríamos grande dificuldade para correção acima da inflação. Como nosso acordo é de dois anos, temos garantido o aumento real de 0,5%”, afirma o secretário de comunicação do Sindicato, Belmiro Moreira.

Segundo análise feita pelo Dieese, 60% dos reajustes salariais de abril ficaram abaixo de 6,94%, como resultado da inflação acumulada em 12 meses. Com isso, ao conquistar 0,5% de aumento real, a categoria bancária figura entre 17% das que tiveram reajuste acima do índice inflacionário, o que confirma a decisão acertada pelo acordo de dois anos.

Para este ano os bancários vão receber a reposição do INPC acumulado (de 1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) e o aumento real de 0,5% nos salários e demais verbas, tais como os vales alimentação e refeição e os valores fixos e tetos da PLR.

Energia e transportes - Segundo o IBGE, oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta no mês, com o maior impacto vindo do aumento de 3,10% na habitação, grupo pressionado pela alta de 7,88% na energia elétrica. Por região, o reajuste tarifário da energia elétrica foi de 11,38% em São Paulo, 8,97% em Curitiba e 9,08% em uma das concessionárias de Porto Alegre. Em 12 meses, a energia elétrica acumula reajuste de 20,09%.

Além dos reajustes nos preços das tarifas em algumas áreas de abrangência do índice, houve o aumento de 52% no valor adicional da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em todo o País. Antes, o acréscimo nessa bandeira era de, aproximadamente, R$ 6,24 a cada 100kWh consumidos e, a partir de julho, esse acréscimo passou a ser de R$ 9,49.

No grupo dos transportes o aumento foi de 1,52%, puxado pelas passagens aéreas, que aumentaram 35,22% depois da queda de 5,57% em junho. O transporte por aplicativo passou de -0,95% para 9,31% de um mês para o outro e o aluguel de veículo foi de 3,99% em junho para 9,34% em julho.
Já os combustíveis aceleraram 1,24% em julho, depois de subirem 0,87% em junho. A gasolina teve alta de 1,55% no mês e acumula nada menos do que um reajuste de 39,65% em 12 meses. O etanol caiu 0,75% no mês, mas teve aumento de 57,27% em 12 meses. O óleo diesel subiu 0,96% no mês e 36,35% em 12 meses.

Alimentos e bebidas - O grupo alimentos e bebidas subiu 0,60%, acima da taxa de junho (0,43%). O item alimentação no domicílio passou de 0,33% em junho para 0,78% em julho, puxado pela alta do tomate (18,65%), do frango em pedaços (4,28%), do leite longa vida (3,71%) e das carnes (0,77%). As quedas no mês foram verificadas no preço da cebola (-13,51%), batata-inglesa (-12,03%) e arroz (-2,35%).

O acumulado em 12 meses ficou em 42,96% para o tomate, 34,28% nas carnes, 21,88% no frango em pedaços e 11,29% para o leite longa vida. A cebola teve queda de 40,38% em 12 meses e a batata-inglesa diminuiu 19,71%. O arroz, apesar da queda no mês, tem alta de 39,69% em 12 meses. Segundo Almeida, vários fatores contribuíram para a alta da inflação.

O único grupo que teve queda nos preços em julho foi o de saúde e cuidados pessoais. Ficou 0,65% mais barato com a redução dos preços dos planos de saúde (-1,36%), após a autorização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) do reajuste negativo de -8,19%, justificada pela diminuição da utilização de serviços de saúde suplementar durante a pandemia.

Por região, entre as 16 capitais pesquisadas, o maior índice foi anotado em Curitiba (1,60%) e o menor resultado foi o de Aracaju (0,53%).
INPC acelera 1,02% - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias com rendimentos de um a cinco salários-mínimos, acelerou para 1,02% em julho, após a alta de 0,60% em junho. A alta acumulada em 12 meses é de 9,85%, acima dos 9,22% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho do ano passado, o indicador ficou em 0,44%. O acumulado de 12 anos no INPC vem numa curva crescente desde julho de 2020, quando a taxa acumulada estava em 2,69%.

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