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Democracia sempre

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O domingo foi de manifestações pelo País. Rivais no esporte, torcidas organizadas de pelo menos quatro grandes times (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) uniram-se em atos pró-democracia na avenida Paulista, em São Paulo, e, no Rio, o protesto reuniu torcedores do Flamengo em Copacabana. Apoiadores de Jair Bolsonaro também foram às ruas, mas não para defender a democracia, e sim o presidente, que por sua vez não defende o Brasil ou a sociedade, mas sua família, como já deixou claro em vídeo recentemente divulgado.

Bolsonaro também participou de atividades: contra o STF e a favor da intervenção militar; ou seja, numa agenda totalmente antidemocracia novamente quebrou regras de isolamento social e deixou bem claro que os meio milhão de brasileiros com covid-19 e mais de 29 mil mortos não são problema dele. Um cenário lamentável para um país que, até alguns anos, era visto como uma grande promessa de desenvolvimento, reconhecido internacionalmente por suas ações em prol da igualdade social. E, como não podia deixar de ser para quem ajudou a cunhar o termo “gabinete do ódio” e fez emergir símbolos e inspirações nazifascistas, houve confronto e violência entre os grupos opositores. Quem adivinhar de onde partiu ganha o direito de votar na próxima eleição.

O Sindicato apoia totalmente as ações em defesa de democracia brasileira. Lembra que vivemos anos de chumbo marcados pela tortura, desaparecimento e assassinato dos que não aceitavam a ditadura civil-militar instaurada em 1964 e que só teve fim em 1985. Nesse longo período, centenas de sindicatos (entre muitas outras instituições da sociedade civil) sofreram intervenções, com suas lideranças sendo perseguidas e mortas e os trabalhadores despojados de direitos básicos, como por exemplo a segurança no local de trabalho. Não queremos de forma alguma que isso se repita, assim como não queremos o crescimento do desemprego, da desigualdade social, do descaso com as vítimas do coronavírus, que já são inúmeras e podem aumentar pela irresponsabilidade do presidente da República.

Democracia, sim, sempre. Violência e ditadura – que bem poderiam ser sinônimos -, jamais.

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