Doenças mentais já superam lesões por esforços repetitivos em função das metas, mas sobrecarga de trabalho ainda gera muitos casos de problemas físicos
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, é o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). A data foi escolhida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A categoria bancária está entre as que mais sofrem com a doença.
"Apesar do crescimento exponencial das doenças mentais, em função da política desumana de metas dos bancos, um grande número de bancários e bancárias ainda sofre com as LER/Dorts, devido à sobrecarga de trabalho. A data é um momento propício para reflexão sobre este problema. Com lucros bilionários, o setor financeiro tem todas as condições de garantir a saúde de seus funcionários e nós, do movimento sindical, vamos continuar lutando para garantir mais saúde e qualidade de vida para a nossa categoria", destacou o diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato do Rio, Edelson Figueiredo.
"Os bancos privados exploram e adoecem um número cada vez maior de trabalhadores e depois descartam os funcionários com demissões. Junto com o Departamento Jurídico do Sindicato temos garantido a reintegração de dezenas de bancários e bancárias dispensados. Por isso é muito importante a sindicalização de mais companheiros e companheiras e tornar nossa entidade representativa cada vez mais forte", aacrescentou o dirigente sindical.
Relação com o trabalho
As LER/Dorts são doenças que têm uma relação direta com o trabalho e que atingem milhões de brasileiros.
Os principais sintomas são: Dor crônica; alterações em tendões, músculos e nervos periféricos e manifestações principalmente no pescoço, cintura escapular e/ou membros superiores.
"Vamos juntos combater as LER/Dorts e todas as doenças ocupacionais e a saúde certamente será uma das prioridades da campanha nacional da categoria em 2025", concluiu Edelson.
Medidas de prevenção
- Cobrar dos bancos melhores condições de saúde e de trabalho.
- Locais de trabalho projetados de forma ergonômica.
- Promover pausas regulares.
- Alternar tarefas.
- Criar campanhas para educar os trabalhadores sobre posturas corretas.
- Utilizar ferramentas e equipamentos ergonômicos.
- Realizar avaliações regulares dos riscos ergonômicos.
- Incentivar um estilo de vida saudável, inclusive exigindo dos bancos ambientes saudáveis no trabalho.
Fonte: Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários do Município do Rio de Janeiro