Categoria bancária registrou 61,7% de aumento nos casos de transtornos mentais
O 28 de abril marca o Dia Mundial Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho. Infelizmente, o Brasil figura entre os países com grande incidência de casos, e na categoria bancária esse crescimento se reflete principalmente no adoecimento, com prevalência dos transtornos mentais. A data será lembrada em audiência pública que acontece no dia 29 na Assembleia Legislativa de São Paulo, a partir das 9h, tendo como abordagem as consequências dos retrocessos sociais no ambiente de trabalho.
Entre 2009 e 2017 a quantidade de trabalhadores de bancos afastados por transtornos mentais cresceu 61,5% e o total de afastados aumentou 30%. Mas o número pode ser maior, devido à subnotificação. “O Sindicato vem discutindo essa situação em mesas específicas e na elaboração de campanhas, como a Menos metas, mais saúde. Também a questão do avanço tecnológico está em nossa pauta, porque deve servir para apoiar os bancários em seu trabalho, e não para causar mais danos, com adoecimento e demissão”, aponta a secretária de Saúde do Sindicato, Adma Gomes, lembrando que a CCT da categoria traz itens importantes sobre assédio moral e organizacional, mas é preciso avançar mais, e o Sindicato em breve dará início a campanha em prol do trabalho digno e livre de adoecimentos.
Comparativamente, o aumento no total de afastados foi muito maior do que o crescimento de trabalhadores bancários. Em 2009 a categoria bancária somava 462 mil trabalhadores. Oito anos depois passou para 467 mil (1%). Já os bancos respondem por apenas 1% dos empregos no Brasil, mas foram os responsáveis por 5% do total de afastamentos por doença no País entre 2012 e 2017.