Modelo não traz nenhuma vantagem e ainda pode resultar em perdas
“Bancos têm muitos nomes sedutores para vender título de capitalização; fuja”. O que você acha dessa orientação? Ela foi publicada num dos principais sites de economia do País, e destaca logo nas primeiras linhas: o rendimento da capitalização é pífio, a chance de ser sorteado é muito baixa e ao resgatar o título antes do vencimento o investidor vai levar menos do que aplicou.
No entanto, é essa mesma capitalização que o governo Bolsonaro ameaça aplicar à Previdência. Um sistema no qual o trabalhador paga uma parcela do salário para uma empresa que administra esses recursos até sua aposentadoria. O sistema já foi testado em países como o Chile, por exemplo, e o resultado é uma perda de 70% da renda dos aposentados - as aposentadorias pagas hoje naquele País são 30% do que se ganhava antes de o modelo ser implantado.
A capitalização, no Brasil, é oferecida pelos bancos como um “excelente investimento”, e os bancários muitas vezes são obrigados a ofertá-la aos clientes dentro de uma política absurda de metas que condiciona seu emprego. Mas as respostas dos clientes são quase sempre negativas, e basta uma pesquisa nos sites de auxílio ao consumidor (como o Reclame Aqui, por exemplo) para verificar o descontentamento daqueles que a adquirem.
“Os bancos estão preocupados unicamente em ganhar dinheiro, sua meta é o lucro acima de tudo e todos, sejam clientes ou funcionários. E querem ganhar mais ainda agora, porque se a capitalização chegar à Previdência serão seus administradores”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.
E então? Não é melhor lutar para defender uma Previdência Pública e justa para todos e fugir da armadilha da capitalização, entre outras que estão embutidas nessa reforma? Faça sua parte, nas ruas, no trabalho, nas redes sociais – no site do Sindicato você encontra vídeos, links para estudos e contatos com parlamentares e até o ´aposentômetro´, para calcular o tamanho do prejuízo com as mudanças propostas.