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Proposta específica para o aditivo não aborda condições de trabalho, e melhorias no Saúde Caixa e carreira

Nada para mais contratações de bancários, carreira, respeito à jornada e sem garantias de pagamento da PLR Social. Essa foi a postura da direção da Caixa na quinta rodada de negociação específica da Campanha 2014 nesta quarta-feira 24, em Brasília.“Está claro que o banco não se preocupa com a situação de seus funcionários quando não se posciciona sobre o aumento do número de empregados, o pagamento de todas as horas extras, as melhorias nos serviços do Saúde-Caixa, e nem se compromete com o pagamento de uma das maiores conquistas, a PLR Social”, afirma o diretor Furlan, diretor do Sindicato e funcionário do banco.O banco pouco apresentou em sua proposta. Limitou-se a renovar cláusulas do atual acordo específico e ainda quer retroceder em alguns pontos. Isso mostra que os empregados terão de fazer forte greve a partir do dia 30 para conquistar acordo digno tanto na Caixa quanto na Fenaban. Proposta econômica – Os representantes da Caixa informaram que aplicarão o mesmo índice de reajuste a ser acordado entre a categoria e a federação dos bancos (Fenaban). Isenção de tarifas – O banco propôs incluir no acordo coletivo medida que já pratica entre os empregados: não cobrar tarifa de conta corrente para renovação de cheque especial, confecção de cadastro para início de relacionamento, fornecimento de 2ª via de cartão função débito, fornecimento de folhas de cheque, saque, DOC, TEV e extrato mensal. Saúde Caixa – Sobre o plano de saúde, o banco apresentou a possibilidade de manter como dependentes indiretos filhos e enteados com idade entre 21 e 27 anos incompletos que não possuam qualquer renda superior a R$ 1.800 – sem considerar pensão alimentícia. O convênio médico será assegurado aos filhos com deficiência permanente e incapazes com idade superior a 27 anos enquanto solteiros e sem renda proveniente de salário. Na ausência permitida para levar filho ou dependente menor ao médico, seria elevado o limite de idade de 14 anos para 18 anos. Essa possibilidade também seria estendida ao enteado. Também haveria a manutenção da garantia da titularidade de função gratificada ou cargo em comissão pelo período da licença para tratamento de saúde ou licença por acidente de trabalho até 180 dias.
Fonte: Seeb SP

A Caixa Econômica Federal não apresentou nenhuma proposta às reivindicações dos empregados para as questões relacionadas à carreira, jornada de trabalho, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) e organização do movimento. "Inviável" foi a resposta da empresa a todos os itens apresentados pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, durante a quarta rodada de negociação da pauta específica dos trabalhadores na Campanha 2014, ocorrida nesta sexta-feira (12), em Brasília. As reuniões com o banco estão ocorrendo concomitante às negociações com a Fenaban.

"Esse posicionamento da Caixa frustra mais uma vez os trabalhadores. Nós vamos insistir para buscar o atendimento às nossas reivindicações durante a Campanha Nacional", destacou Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando nas negociações com o banco. 

Fabiana, que também é diretora de Administração e Finanças da Fenae, atesta: "a Caixa não quer negociar. Nada foi apresentado nas quatro reuniões que tivemos até agora".

Jornada de seis horas

Os representantes dos trabalhadores cobraram da Caixa o cumprimento da jornada de seis horas e a adoção do login único para evitar fraudes no registro do ponto eletrônico. A estação única adotada pela empresa não impede que o empregado continue trabalhando após o término da jornada. 

Os negociadores do banco disseram que o fim das horas extras sistemáticas também é o desejo da Caixa e que a empresa tem envidado esforços para que isso ocorra.

No entanto, segundo o Comando, a realidade nas unidades de todo o país é bem diferente. A sobrecarga de trabalho força os empregados a trabalharem acima da jornada, e eles sofrem pressão para não fazer horas extras ou não registrar corretamente o ponto. Para os representantes dos trabalhadores, a carência de pessoal - problema que a Caixa diz não existir - é um dos fatores que geram toda esta situação.

A coordenadora da CEE-Caixa destacou as condições precárias em que estão trabalhando, por exemplo, os tesoureiros, por conta do excesso de atribuições. As dificuldades desse segmento já foram colocadas em mesas de negociação. A Caixa prometeu soluções, mas não as colocou em prática. "Esta é uma questão que nós esperamos resolver até o fechamento desta campanha", acrescentou Fabiana.

Ainda com relação à jornada, o Comando defendeu o pagamento de horas extras a todos os trabalhadores e o fim da compensação. "Nosso entendimento é de que, se houver necessidade de fazer hora extra, que ela seja paga", enfatizou Dionísio Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Carreira

A Caixa voltou a rejeitar a adoção de critérios para descomissionamentos. Os representantes dos trabalhadores criticaram o banco por não deixar claro as regras utilizadas e por tomar a medida de forma unilateral, deixando a cargo do gestor a retirada de função. 

Outra proposta recusada pela Caixa é a criação de comitê paritário - integrado por representantes dos empregados e da empresa - para acompanhar o PSI (Processo Seletivo Interno).

Outro ponto cobrado na negociação foi o retorno do incentivo à graduação. Os representantes da empresa alegaram que o programa está suspenso temporariamente para reavaliação e ficaram de apresentar uma posição sobre esse benefício durante a campanha salarial.

O Comando reivindicou também atenção da empresa aos supervisores de canais. Estes trabalhadores são cobrados como gerentes, mas têm remuneração inferior. Além disso, são obrigados a arcar com despesas como combustível e telefone para exercer suas atividades. A Caixa alega que o salário é compatível com as atribuições e solicitou à área responsável a demanda sobre o ressarcimento das despesas.

Foi debatida também a implantação do plano de carreira próprio para os empregados do setor de tecnologia. Em reunião realizada na semana passada, o vice-presidente de Tecnologia da Informação da Caixa, Joaquim Lima, prometeu apresentar na quinta-feira (11) proposta de encarreiramento da TI, o que não aconteceu. 

A informação dada aos trabalhadores foi a de que o projeto seria apresentado nesta sexta, na negociação específica da Campanha 2014. Mas a Caixa, mais uma vez, frustrou os empregados da área, ao informar que o assunto será tratado posteriormente, na mesa de negociação permanente.

Organização do movimento

A Caixa também negou as reivindicações relativas à organização do movimento como ampliação à inamovibilidade dos delegados sindicais durante a estabilidade. 

Quanto à participação do suplente de representante dos empregados nas reuniões do Conselho de Administração (CA), os negociadores da empresa alegaram que esta decisão compete ao CA.

Mobilização

"Diante da intransigência da Caixa, a melhor resposta dos trabalhadores é a mobilização", defende Fabiana. Para ela, os avanços na negociação só virão com a participação dos empregados nas reuniões dos sindicatos e locais de trabalho e o envolvimento com a Campanha 2014. "É hora de lutar por nossas reivindicações".

A coordenadora da CEE/Caixa pediu uma nova reunião com o banco para aprofundar o debate de algumas reivindicações. A data da negociação será definida no início da próxima semana, quando a Fenaban confirmará se vai apresentar uma proposta global à categoria bancária na sexta-feira (19).

Dia Nacional de Luta

Nesta segunda-feira (15), o Comando orienta os sindicatos e federações a realizarem um dia nacional de luta, conforme deliberação da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida de 25 a 27 de julho em Atibaia (SP), buscando pressionar os bancos a atender a pauta de reivindicações da categoria.

Os protestos serão realizados em defesa do emprego, contra os projetos de terceirização, pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, por mais segurança para trabalhadores e clientes, e por igualdade de oportunidades.


Fonte: Contraf-CUT

 
Na terceira negociação específica, banco não reconhece sobrecarga de trabalho A Caixa Econômica Federal voltou a negar as reivindicações dos trabalhadores, a exemplo do que ocorreu nas duas primeiras rodadas de negociações específicas da Campanha Nacional 2014, na reunião ocorrida nesta segunda-feira (8), em Brasília.Ao ser cobrada pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, quanto à contratação de mais empregados por setor para melhorar as condições de trabalho nas unidades, que sofrem com o número reduzido de pessoal, a empresa manteve posição intransigente ao não reconhecer a existência de problemas como sobrecarga de trabalho e ao continuar com a metodologia que vem utilizando para definir o quantitativo de empregados para a abertura de novas agências.Abaixo-assinado Antes do início dos debates sobre condições de trabalho e contratações, dois dos quatro pontos previstos para a terceira rodada de negociação, o diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Dionísio Reis, que também é membro da Comissão Executiva de Empregados (CEE-Caixa), entregou aos negociadores da empresa abaixo-assinados com mais de mil assinaturas de clientes e usuários que, insatisfeitos com o número reduzido de empregados nas unidades, reivindicam mais contratações. As adesões foram colhidas em manifestações realizadas pelo Sindicato e pela Apcef/SP em unidades inauguradas há pouco mais de um ano. "Esse abaixo-assinado foi entregue também às superintendências regionais, mas até agora não tivemos medidas para minimizar a sobrecarga dos trabalhadores", destacou Dionísio. Abertura de novas agências A CEE/Caixa, que assessora a Comando nas negociações com o banco, argumentou que desde 2010 houve um aumento considerável na abertura de agências, e que as contratações não acompanharam o mesmo ritmo. Já os interlocutores da empresa informaram que em 2005 a Caixa possuía 68.257 empregados, e que até agosto de 2014 o quadro de pessoal atingiu 99.969. A previsão, segundo eles, é de que em setembro seja atingida a marca de 100 mil empregados. De acordo com os representantes da Caixa, as contratações vão continuar. Eles lembraram, no entanto, que elas estão atreladas à abertura de unidades, por determinação do órgão controlador, o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. O DEST autorizou o banco a atingir, até o final desse ano, o contingente de 103 mil empregados. Mais contratações A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Matheus, reivindicou que a empresa desvincule da abertura de novas agências as três mil contratações que ainda pode fazer em 2014, o que foi negado pelos negociadores do banco. "Por mais que a Caixa contrate, isso não tem sido suficiente para atender o aumento da demanda e do volume de operações. Ela precisa de mais pessoal para continuar crescendo e cumprindo seu papel de banco público, alavancando o desenvolvimento econômico e social do país", destacou. Fabiana Matheus lembrou ainda que a Caixa tem média de 17 empregados por unidade, abaixo do número de outros bancos. "O volume de trabalho e de atribuições dos trabalhadores é superior aos de outras instituições", enfatizou. Confira os outros pontos da terceira rodada de negociação: Segurança Bancária A Caixa recusou a reivindicação dos trabalhadores de instalar portas giratórias antes do autoatendimento nas agências. Segundo a empresa, a área técnica não recomenda essa medida. Para a categoria bancária, é fundamental que nenhum trabalhador atue além dos limites desse mecanismo de segurança. Os representantes da empresa ficaram de solicitar nova avaliação do setor responsável. Os interlocutores da Caixa informaram que todas as agências são monitoradas 24 horas durante os sete dias da semana. Disseram ainda que a abertura remota, feita por uma empresa de segurança, já foi implantada em 90% das unidades, e que a marca de 100% deve ser atingida ainda esse ano. Outro ponto de segurança debatido foi o descumprimento da cláusula 27 do Acordo Coletivo de Trabalho, que prevê a abertura imediata da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), em casos de assaltos. A Caixa ficou de apurar a denúncia. Terceirização A CEE/Caixa cobrou da Caixa o fim da terceirização e dos correspondentes bancários e habitacionais. Para os trabalhadores, essas unidades fragilizam a qualidade do atendimento e podem comprometer a imagem do banco. Os representantes da empresa, porém, defenderam a manutenção dos correspondentes. Próxima negociação Está confirmada para sexta-feira (12) uma nova rodada de negociações com a Caixa, a partir das 10h, em Brasília. Estarão na pauta os temas carreira, jornada/Sipon e organização do movimento. A coordenadora da CEE/Caixa solicitou que nesta reunião a empresa apresente informações sobre o projeto de reestruturação da Gipso (responsável pela área social do banco). Mobilização Fabiana Matheus ressaltou também a importância da participação dos trabalhadores. "A postura da Caixa segue a linha da Fenaban na mesa geral. Os bancos apostam no conflito. É fundamental que os empregados participem de todas as ações propostas pelas entidades, pois somente com mobilização e união conseguiremos avançar", diz. A coordenadora da CEE/Caixa lembrou que a primeira atividade ocorre nesta quinta-feira (11), o Dia Nacional de Luta por Isonomia. Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Acontece nesta segunda-feira, 8, às 14h, em Brasília, a terceira rodada de negociações específicas da Campanha Nacional 2014, entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Caixa Econômica Federal. Na pauta estarão os temas condições de trabalho, contratação, segurança bancária e terceirização.

Serão negociados itens como contratação de novos empregados para suprir as necessidades reais de funcionamento das unidades, chegando ao quantitativo mínimo de 130 mil empregados até o fim de 2014. Também será exigida da Caixa a apresentação da metodologia utilizada para definição de número para a contratação de empregados, além de mais empregados por setor.

Outras reivindicações são a abertura de novas unidades apenas com estrutura física de segurança e ergonomia necessárias para o atendimento adequado da população, a elevação do valor da indenização por assalto/sequestro para o equivalente a 100 salários mínimos calculados pelo Dieese, a universalização dos serviços bancários, com abertura de novas agências e contratação de pessoal, e o fim da parceria da Caixa com os correspondentes bancários e habitacionais, entre outras questões.

Avaliação

Até agora, no entanto, ocorreram duas rodadas de negociações específicas da Campanha 2014, mas a Caixa sequer apresentou uma proposta global para as reivindicações de seus trabalhadores.

Na rodada do último dia 29 de agosto, por exemplo, foram negados itens sobre Funcef, aposentados e isonomia. Houve ainda a recusa para a maioria das demandas de saúde do trabalhador e Saúde Caixa, durante debate ocorrido na primeira reunião, no dia 21 de agosto.

A hora, portanto, é de ampliar a mobilização. Para Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Comando nas negociações com o banco, a mobilização é o caminho mais adequado para forçar a direção da empresa a avançar nas negociações específicas. 

Ela, que é também diretora da Fenae, convoca todos os trabalhadores da Caixa a participarem das atividades da Campanha 2014. Queremos mais!


Fonte: Contraf-CUT

Presidentes de Apcefs receberam informações sobre falta de avanços nas negociações. Funcef, Jogos da Fenae e Eu Faço Cultura também foram temas dos debates

O primeiro dia de reunião do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae foi marcado pelo debate sobre a campanha salarial 2014, iniciada em 11 de agosto, quando o Comando Nacional dos Bancários entregou à Fenaban a pauta geral de reivindicações da categoria bancária e a minuta específica à direção da Caixa Econômica Federal.

A coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa-Contraf/CUT), Fabiana Matheus, repassou aos presidentes de Apcefs informações sobre as negociações da mesa unificada e da mesa com a Caixa. “Ambas foram marcadas pela falta de avanços em relação às nossas reivindicações. A Caixa sequer apresentou uma proposta global. Temos que ampliar a mobilização, convocando todos a participarem da campanha”, avisou.

Na reunião conduzida pela presidente do CDN, Gisele Menezes, Fabiana Matheus informou também que duas deliberações do Conecef já foram encaminhadas pela Comissão Executiva de Empregados. A primeira foi o encontro de esclarecimento sobre a Funcef com dois representantes de cada força política que compõem o movimento dos empregados da Caixa, no dia 25 agosto. Para ela, a discussão foi positiva e demonstrou que todas elas estão unidas na defesa da Fundação.

A outra deliberação do Conecef foi o Encontro Nacional de Isonomia, realizado no dia 30 de agosto, em Brasília (DF). Entre várias propostas, os 110 delegados presentes aprovaram a realização de um Dia Nacional de Luta pela Isonomia, agendado para a quinta-feira da próxima semana, 11 de setembro. “É fundamental que haja a mobilização de todos, a fim de colocarmos fim a injustiças criadas no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso”, alertou o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. A luta por isonomia vai priorizar, neste momento, o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) e a licença-prêmio.

Funcef

O CDN da Fenae debateu outros pontos nesta quarta-feira. Um deles foi Funcef. A discussão contou com a participação do presidente da Fundação, Carlos Caser, que apresentou dados sobre os resultados e os investimentos do fundo de pensão dos empregados da Caixa.

Caser informou que o processo de incorporação do REB ao Novo Plano está avançado. Foram feitas adequações técnicas solicitadas pela Previc, e um novo deve ser elaborado com as alterações para ser encaminhado à Diretoria e ao Conselho Deliberativo da Funcef.

No entanto, segundo o presidente da Fundação, o processo não deve ser concluído este ano, porque além das instâncias da Funcef, deve passar novamente pelos órgãos controladores. A coordenadora da CEE/Caixa-Contraf/CUT solicitou a Carlos Caser que a proposta de incorporação seja pautada também pela Comissão de Empregados. O presidente da Funcef assumiu compromisso de consultar a CEE.

Jogos da Fenae 2014

Outro tema da reunião do CDN foi um balanço dos Jogos da Fenae 2014. Foram apresentados dados da competição, realizada em Goiânia (GO) de 16 a 23 de agosto, como de atletas, diárias em hotéis, alimentação, investimentos, entre outros. “Os números mostram que essa foi uma das melhores edições dos Jogos da Fenae”, disse o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. O diretor de Esportes da Federação, Paulo Cesar Cotrim, comemorou: “a sensação é de dever cumprido”.

Segundo pesquisa de opinião respondida por 377 dos 2.157 atletas que participaram da 11ª edição do evento, locais de provas, transporte, alimentação, hospedagem e atendimento prestado pela Secretaria foram considerados bons ou muito bons pela maioria. Durante a reunião do CDN, os presidentes das Apcefs também fizeram muitos elogios aos Jogos. Confira a matéria com os números do levantamento.

MCPC e EFC

Coube ao diretor de Cultura da Fenae, Moacir Carneiro, fazer uma apresentação sobre o Movimento Cultural do Pessoal da Caixa e o Eu Faço Cultura. Ele detalhou as ações do EFC 2014, que já percorreu quatro cidades e vai passar por mais nove até o final do ano, e a nova modelagem da edição de 2015. “Vamos iniciar em breve o prazo para doações de empregados da Caixa, com possibilidade de dedução no Imposto de Renda de Pessoa Física. É fundamental que as Apcefs participem dessa mobilização por mais recursos”, afirmou.

Outros pontos

Os Jogos Regionais 2015 também constaram na pauta de discussões do Conselho Deliberativo Nacional. Foi informado aos presidentes das Apcefs que as sedes dos eventos devem ser informadas na próxima reunião do CDN, previsto para o início de dezembro. Já em relação ao Música Fenae 2015, as candidaturas das associações interessadas em receber o evento devem ser apresentadas, com os respectivos projetos, até 31 de outubro desse ano.

Nesta quinta-feira, os presidentes de Apcefs participam do seminário “A Caixa que a gente quer”.

A intransigência da Caixa Econômica Federal marcou a segunda rodada de negociação da pauta específica de reivindicações da Campanha 2014 com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa). 

A reunião foi realizada na sexta-feira (29), em Brasília, ocasião em que o banco não apresentou contraproposta para solucionar demandas relativas à Funcef, aposentados e isonomia de direitos. 

Desde a primeira rodada de negociações, em 21 de agosto, os trabalhadores têm feito propostas detalhadas para cada reivindicação da pauta específica com a expectativa de que os negociadores da Caixa trouxessem soluções para itens como saúde do trabalhador, Saúde Caixa, programa de Desempenho de Gestão de Pessoas (GDP), Funcef, aposentados e isonomia.  No entanto, isto não só não aconteceu, como o resultado da negociação desta sexta-feira foi frustrante, sobretudo por não registrar avanços satisfatórios.

Funcef

As negativas da Caixa começaram pelas demandas sobre a Funcef. De início, o banco recusou-se a reconhecer o CTVA como verba salarial para fins de aporte à Fundação, tanto para os que saldaram quanto para os que permaneceram no REG/Replan não-saldado. O banco argumentou não ser viável o reconhecimento do CTVA, informando que o assunto poderá ainda ser avaliado.

Também foi negado o fim da discriminação ao pessoal do REG/Replan não-saldado, de forma a que seja garantido aos participantes deste plano de benefícios da Funcef o direito de migrarem para o PCS 2008 e para o PFG 2010. O entendimento das entidades sindicais é de que a postura da empresa se constitui em retaliação a esses empregados, pelo fato dos mesmos terem simplesmente optado por não aderir ao Novo Plano, algo que lhes foi facultado à época do saldamento. Foi reivindicado ainda o fim da discriminação aos trabalhadores que possuem ações trabalhistas contra a Caixa. 

O Comando considera importante o avanço que o GT na Funcef conquistou em itens como auxílio e cesta-alimentação, abono e Pams, cabendo à Caixa a responsabilidade integral por essas demandas. Diante disso, o movimento sindical reivindica que essa mesma situação se reflita também nas questões relacionadas a CTVA, horas extras e outras reivindicações dessa natureza. 

Há aproximadamente 14.652 processos e, até maio deste ano, o provisionamento para perda era de R$ 1,69 bilhão, cujo principal objeto é de caráter trabalhista. Como patrocinadora, a Caixa não pode impor o custo desse contencioso nas costas da Funcef e de seus participantes.

A Caixa, por outro lado, mostrou-se disposta a dar continuidade a esse debate, com o intuito de buscar resolver o problema, apesar de considerar difícil uma solução satisfatória, dada a magnitude da situação.

O fim do voto de Minerva, outro ponto crucial defendido pela representação nacional dos empregados, foi negado ainda pelo banco. A Caixa recusou-se também a atender o item da obrigatoriedade de que os indicados para cargos de direção da Funcef sejam empregados em atividade ou aposentados, participantes da Fundação. A alegação é de que essas reivindicações se referem a prerrogativas conferidas pela legislação às patrocinadoras dos fundos de pensão. 

Inicialmente irredutível para a exigência de corrigir as verbas salariais das mulheres pré-79, que se aposentaram antes do ano de 1979 ganhando menos que os homens, a Caixa acenou com a proposta de levar novamente esse assunto para uma reavaliação. Atualmente, existem 4.700 mulheres nessa situação a um custo atuarial e financeiro que totalizam R$ 48 milhões, com base nos números de abril deste ano. São mulheres que se aposentaram proporcionalmente. 

Os dirigentes sindicais cobraram informações a respeito do processo de incorporação do REB pelo Novo Plano. Em resposta ao pedido, os representantes da Caixa comunicaram que o assunto está sob apreciação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e das áreas técnicas da própria empresa e da Funcef. 

Aposentados

O debate sobre as reivindicações relativas aos aposentados foi iniciado com dois registros. Um deles diz respeito à participação de Edgar Antonio Lima, que assume a presidência da Fenacef com a morte recente de Décio da Carvalho, passando a integrar a CEE/Caixa.

O outro registro esteve relacionado ao Dia do Bancário, comemorado na data de 28 de agosto. Foi ressaltada, nesse particular, a força da categoria bancária, uma das únicas no país que possui uma Convenção Coletiva de Trabalho válida para todos os bancários (públicos e privados). 

Na Caixa, o reconhecimento do empregado como integrante da categoria se deu a partir da greve de 1985, quando em 30 de outubro daquele ano os trabalhadores fecharam 100% das agências e unidades da empresa em todo o país, para exigir jornada de trabalho de seis horas e o reconhecimento à condição de bancários, o que implicava em direito à sindicalização. 

Uma das demandas para os aposentados na pauta de reivindicação específica é a extensão do Saúde Caixa aos trabalhadores que se aposentaram por meio de Programa de Apoio à Demissão Voluntária (PADV). A Caixa mostra-se disposta a debater o assunto, caso haja uma nova variável a respeito do tema. 

No momento, porém, a posição é de não atendimento da reivindicação, considerada pela empresa financeiramente inviável. 
O fim dessa injustiça e discriminação contra 4.765 pessoas é um dos itens da pauta específica da Campanha 2004. Para reafirmar essa luta, o Comando tem reunido dados para realizar estudo com o objetivo de apresentar uma nova variável ao banco. 

A Caixa não avançou também no quesito da extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas, inclusive aos desligados por PADV. Ficou, porém, de apresentar o quantitativo de ações transitadas em julgado com decisões desfavoráveis aos empregados. Foi negado ainda o pagamento de abonos e PLR aos aposentados e pensionistas. 

Em relação à criação de um programa de renegociação de dívidas, com taxa de juros que viabilize o pagamento do débito, sem comprometer a sobrevivência de todos os empregados nessa situação, os representantes do banco informaram que estão realizando um programa-piloto, devendo apresentá-lo até março de 2015. O Comando solicitou mais informações a esse respeito, para que possa contribuir com essa discussão. 

Ficou mantida a isenção de taxas e tarifas aos aposentados e pensionistas, na mesma proporção oferecida aos empregados em atividade. A luta, agora, é para garantir que o benefício esteja em acordo coletivo. 

Isonomia de direitos

O Comando voltou a cobrar equiparação de direitos de todos os empregados em relação à licença-prêmio e ao Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Ambas as reivindicações foram consideradas complexas pela Caixa, que alegou a falta de autorização por parte dos controladores para tratar desses temas nas negociações específicas. Houve protesto e o Comando insistiu para que o banco apresente os números a respeito de eventuais impactos, caso a extensão desse direito seja concedida aos demais bancários. Cobrada a esse respeito, a Caixa se comprometeu a fazer esse estudo. 

No debate sobre a revisão da Estrutura Salarial Unificada (ESU) e do Plano de Cargos e Salários (PCS) da carreira administrativa com valorização salarial, o Comando reivindicou um plano similar ao que foi feito para a carreira profissional, mas o banco alegou dificuldade financeira e quantidade de empregados para atender ao pedido. 

Foi pleiteada uma avaliação do PCS de 2008, tendo em vista que esse plano completou seis anos. O entendimento é de que seria importante fazer essa avaliação com base no quadro de pessoal e outras questões igualmente pertinentes. A Caixa se comprometeu a analisar essa possibilidade. 

O Comando voltou a cobrar da Caixa a participação irrestrita em PSI para optantes do REG/Replan, assim como a eliminação de toda e qualquer discriminação em processos seletivos internos, estágio probatório ou qualquer outra situação, em razão de idade, pessoas com deficiência, orientação sexual, gênero, etnia ou qualquer outra condição, incluindo empregados aposentados pelo INSS que permanecem em atividade. 

A resposta da Caixa foi de que não existe orientação para que ocorra qualquer tipo de discriminação. Na ocasião, inclusive, foi formalizada a denúncia de que, Brasil afora, mulheres gestantes com funções gratificadas vêm perdendo esses cargos sumariamente pelo simples fato de estarem grávidas. 

A Caixa ainda recusou-se a manter as gratificações dos empregados envolvidos em processos de apuração sumária, até que a situação seja concluída. Os dirigentes sindicais reivindicaram o direito à ampla defesa para esses empregados, o que vem sendo negado peremptoriamente pelo banco. 

Para reforçar o pedido de manutenção das gratificações, os representantes dos empregados relataram um caso ocorrido em Curitiba (PR), na agência Comendador, pelo qual o empregado Airton Malaski foi punido com a perda da função devido a ter sido testemunha em ação perpetrada por uma bancária aposentada. A Caixa ficou de apurar a denúncia, alegando que tal procedimento não possui amparo nos normativos da empresa. 

Foram pontuados ainda os problemas vivenciados pelos dirigentes sindicais liberados e a empresa ficou de retornar com uma posição. 

Vale-Cultura

A representação nacional dos empregados reivindicou a concessão do vale-cultura a todos os trabalhadores. O benefício é uma conquista da Campanha 2013, mas contempla apenas os empregados que recebem até cinco salários mínimos, o que representa menos de 25% do quadro total de empregados do banco. 

A proposta do Comando prevê, no entanto, desconto zero para quem ganha até cinco salários mínimos e desconto variando de 10% a 60% para faixas salariais acima desse valor. A Caixa ficou de analisar essa proposta. 

Avaliação 

O Comando avalia que a Caixa precisa apresentar uma proposta decente para o desfecho das negociações específicas da Campanha 2014. Isto é visto como fundamental para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às reivindicações específicas como quanto às demandas gerais tratados na mesa única de negociações da categoria com a Fenaban.

Novas rodadas

Nas próximas rodadas, que ocorrerão nos dias 8 e 12 de setembro, serão negociados os temas segurança bancária e terceirização, que seriam discutidos na reunião desta sexta-feira. Nessas ocasiões, haverá ainda debates sobre carreira, contratação de pessoal, condições de trabalho, jornada de trabalho/Sipon e organização do movimento. 

Mobilização 

O Comando reforça a orientação às entidades sindicais de todo o país para que intensifiquem a mobilização e realizem na próxima semana em todos os locais de trabalho o plebiscito popular sobre o sistema político, que acontecerá de 1º a 7 de setembro.

Uma das formas de garantir a participação dos empregados é a utilização pelos sindicatos das mesmas urnas e dos mesmos roteiros usados por ocasião das eleições sindicais.


Fonte: Contraf-CUT

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