Segunda rodada de negociações aconteceu nesta quarta-feira, 24
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Caixa: reunião aborda negociações nesta quinta
Caixa ignora reivindicações em primeira rodada de negociações
Na primeira rodada específica de negociação realizada na manhã desta quarta-feira (17), em Brasília (DF), a CEE/Caixa (Comissão Executiva dos Empregados), que assessora o Comando Nacional dos Bancários durante a Campanha Nacional 2016, tinha como objetivo resolver pendências das negociações durante o ano e, em seguida, iniciar as discussões da pauta específica. No entanto, a Caixa novamente emperrou as discussões e ignorou diversas reivindicações.
“Além de ignorar diversas reivindicações da pauta específica da campanha deste ano como a contratação de mais bancários, o fim do caixa minuto, revogação da medida que estabelece a extinção da função de caixa e mais respeito aos tesoureiros, os representantes da Caixa também não quiseram resolver outras pendências de outras negociações, ou seja, não houve nenhum avanço nesta primeira rodada de negociações”, disse Jorge Furlan, diretor do Sindicato e representante da Fetec-SP na mesa de negociações com a Caixa.
Além das pendências do acordo anterior, um dos pontos centrais do debate foi a reestruturação que tem sido promovida pela empresa e suas consequências nas condições de trabalho dos empregados. A gerente da Gener (Gerencia Nacional de Negociação e Relações de Trabalho) Maria Emília Pereira, informou que a reestruturação está suspensa e que a “primeira onda” previa as mudanças na Matriz, Giris e Girec e que elas já aconteceram. “Nós solicitamos que o banco informe oficialmente por escrito a todas as suas gerências e aos empregados a decisão de suspender a reestruturação e que deixe claro que ela não pode ser usada mais como ferramenta de gestão”, disse Furlan.
Ainda a respeito de mudanças em relação ao pessoal da Caixa, a representação nacional dos empregados manifestou sua preocupação com a exposição dos tesoureiros que estão fazendo serviço de caixa, bem como técnicos bancários fazendo conferência de assinatura. Foi solicitada ainda o fim do caixa-minuto e a volta da função de caixa.
“A próxima reunião será realizada no dia 24, em São Paulo, quando começará a ser discutida a pauta da campanha salarial deste ano, e esperamos que seja mais produtiva e que os representantes da Caixa venham com disposição em debater nossas reivindicações e não tente emperrar novamente as negociações”, finaliza Furlan.
Confira abaixo outros pontos discutidos: SIPON - Um dos compromissos firmado pela Caixa e que corre risco de não ir à diante é a disponibilização de login único no ponto eletrônico (Sipon). A promessa da instituição na negociação da Campanha 2015 era de que seria adotado em todo o país a partir de janeiro de 2017. Na negociação, os interlocutores do banco disseram que o mecanismo começa a ser desenvolvido em janeiro de 2017 sem data para implantação. FUNCEF A CEE também cobrou a criação de comissão para discutir especificamente as questões do fundo de pensão (Funcef). Também na Campanha 2015, a empresa havia se comprometido em criar esse grupo, mas não levou adiante. Nesse caso os participantes reivindicam, por exemplo, que a Caixa se responsabilize integralmente pelo contencioso provocado por ações judiciais. O representante do banco não se posicionou sobre a criação desta comissão. SAÚDE CAIXA Também ficou sem resposta a utilização do superávit do Saúde Caixa. Uma das propostas dos empregados, que havia sido aceita pela Caixa no ano passado, é a redução da coparticipação dos bancários de 20% para 15%. Fato que até agora não ocorreu. Também não foi implantado - segundo a Caixa por problemas operacionais - a adoção do limite de R$ 2.400 para o reembolso nos casos de procedimentos médicos. Esse valor também foi conquistado na Campanha 2015. REESTRUTURAÇÃO SUSPENSA A CEE relatou que muitos gestores, como o da Centralizadora Nacional de Habitação e Garantia (Cehag) de São Paulo, têm promovido descomissionamento e ameaçado empregados, com a justificativa de reestruturação. Nessa questão, os interlocutores do banco afirmaram que as reestruturações no banco estão suspensas.
Campanha Nacional 2016: primeira negociação com a Caixa acontece nesta quarta-feira (17)
Entre os itens, há reivindicações referentes a condições de trabalho, retomada das contratações, Funcef e Saúde Caixa
Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas lança jornal e logotipo
O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas lança neste mês de abril a primeira edição de seu jornal, já com o logotipo da entidade. A publicação apresenta um balanço da atuação dos movimentos sindical, social e demais setores da sociedade civil que participaram ativamente da luta contra a aprovação do texto original do Projeto de Lei do Senado 555, uma resistência que resultou em avanços significativos no documento que agora segue para apreciação na Câmara dos Deputados.
Para a coordenadora do comitê nacional, Maria Rita Serrano, a avaliação é muito positiva, já que foi necessária uma grande organização para mobilizar participantes do País inteiro, envolvendo as mais diversas categorias de trabalhadores em defesa das empresas públicas. Representantes das seis centrais que participam da coordenação organizativa do comitê e entidades de apoio, como a Fenae e a Fup, também apresentam suas considerações na edição. Os próximos passos para as ações de resistência na Câmara dos Deputados, bem como orientações para a organização nacional, também estão disponíveis na publicação.
Logo – O logotipo do comitê foi elaborado por Lisarb Sena de Mello, que trabalhou com as cores do Brasil e o conceito de união e proteção de um bem maior; no caso, as estatais. A frase escolhida como slogan “Defender as empresas públicas é defender o Brasil” faz referência ao patrimônio dos brasileiros, e foi definida pensando-se a possibilidade de ser utilizada por outros parceiros, como já faz a Petrobras (Defender a Petrobras é defender o Brasil) e pode ser feito pela Caixa, Eletrobrás etc.
Texto PLS 555 – O texto final do PLS 555 aprovado em março na votação do Senado já está disponível no site do PLS 555. É importante conferir e se preparar para a nova etapa de enfrentamento ao projeto privatista, que agora também muda de nomenclatura, já que não se trata mais de projeto de elei do Senado (PLS). “Temos que evitar retrocessos no que já conquistamos e avançar mais. Vamos fortalecer nossa mobilização nas bases, municípios e estados e usar as redes sociais para divulgação”, destaca Rita Serrano.
O texto e o jornal podem ser acessados no sitewww.diganaoaopls555.com.br (downloads)
Caixa assina a acordo coletivo e PLR será depositada nesta sexta-feira
Durante a assinatura, a Caixa anunciou que pagará até 20 de novembro as diferenças relativas a salários e aos vales refeição e alimentação
A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram nesta terça-feira (3), em São Paulo, o acordo coletivo da Caixa Econômica Federal, aditivo à convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O documento inclui a aplicação do reajuste de 10% em todos os níveis das tabelas salariais, para a PLR e para o piso, reajuste de 14% para os vales refeição e alimentação, PLR adicional de 4% do lucro, distribuída igualmente. Durante a assinatura, a Caixa anunciou que até a sexta-feira (6) pagará os 60% do total da Participação nos Lucros e Resultados a quem têm direito e, até 20 de novembro, diferenças relativas a salários e vales refeição e alimentação.
Destacam-se no acordo também o atendimento às reivindicações pontuais dos empregados nas mesas de negociações com o banco durante toda a Campanha Nacional, como a suspensão da terceira onda do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), fim dos 15 minutos de pausa para mulheres antecedendo a jornada extraordinária (em localidades onde não existem ações judiciais), retorno do adiantamento odontológico (a partir de janeiro de 2016), devolução dos dias descontados em mobilizações em defesa da Caixa 100% Pública e contra a terceirização, e promoção por mérito para 2017, no plano de carreira.
Apesar da assinatura do acordo a luta dos empregados vai continuar . A Caixa deve contratação de mais 2 mil trabalhadores, do acordo do ano passado. A Caixa disse que cumpriu ao contratar este número, mas em contrapartida demitiu 4 mil trabalhadores. Está devendo também a substituição do efeito cascata, quando sai um gerente ou um gestor em férias ou licença, pois recentemente a Caixa cortou substituições e alguém tem que fazer este trabalho sem estar recebendo por isso. A Caixa nos deve também a suspenção da GDP-Gestão de Pessoas, para todos os níveis, porque os gerentes continuam enquadrados na GDP sem um debate com a categoria.
Os benefícios que preenchem ACT são fruto da luta histórica dos empregados da Caixa. Com o fim do processo negocial deste ano, os trabalhadores têm que ter a consciência de que a mobilização não pode ocorrer só durante a Campanha Nacional, já que o enfretamento aos problemas ocorre durante todo o ano. É preciso reforçar a luta contra o assédio moral, por melhores condições de trabalho e mais contratações.
Confira as principais conquistas específicas na Caixa:
Reajuste Salarial – A Caixa aplicará reajuste de 10% nos salários e pisos, mesmo percentual definido na mesa da Fenaban. Assim como, os 14% de reajuste nos vales refeição, alimentação e 13ª cesta.
Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
PLR Regra Fenaban
I - Regra Básica
90% da remuneração base ajustada em setembro de 2015, acrescido do valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92, de acordo com as regras estabelecidas em Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
II – Parcela Adicional
2,2% do lucro líquido apurado no exercício de 2015, distribuído igualmente para todos os empregados elegíveis, de acordo com as regras estabelecidas em ACT.
PLR adicional da Caixa
4% do lucro líquido no exercício de 2015, distribuído igualmente para todos os empregados elegíveis, de acordo com as regras estabelecidas em ACT.
PLR Parcela Complementar
A Caixa garantirá no mínimo uma remuneração base a todos os empregados, ainda que a soma da PLR Fenaban e PLR adicional não atinja este limite.
Antecipação da PLR
60% do valor total da PLR devida, a ser paga em até 10 dias após assinatura do ACT.
Horas extras - Manutenção da cláusula referente à prorrogação da jornada de trabalho, assegurando-se o pagamento, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, ou a compensação das horas extraordinárias, realizadas na proporção de 1 hora realizada para 1 hora compensada e igual fração de minutos e pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 20 (vinte) empregados.
Incentivo à elevação da escolaridade - Serão oferecidas 1600 bolsas de incentivo à elevação da escolaridade, na seguinte forma: até 300 para graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas.
Ausências permitidas - Para efeito de ausência permitida para levar cônjuge, companheiro(a), pai, mãe, filho(a), enteado(a) ou dependente menor de 18 anos, ao médico. A Caixa propõe alterar de até 2 dias, para 12 ou 16 horas, conforme a jornada do empregado, de 6 ou 8 horas.
Promoção por mérito - ano base 2016 - Realizará sistemática avaliação em 2016, para promoção por mérito em 2017, referente ao ano base de 2016, dos empregados ativos em 31.12.2016, com, no mínimo, 180 dias de efetivo exercício em 2016.
Comissões de Conciliação - A Caixa se compromete a renovar a assinatura do ACT que regulamenta a Comissão de Conciliação por ocasião do seu vencimento.
Além da manutenção dos temas Jornada de Trabalho e Auxílio-Alimentação, terá a inclusão do tema Natureza Salarial do Auxílio-Alimentação, dentre os assuntos passíveis a serem conciliados, a partir de janeiro de 2016