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Iniciativa também foi tomada por outras entidades, entre as quais a Apcef-SP O Sindicato entrou com ação na Justiça para impedir que a Caixa desconte de seus empregados o dia de greve geral no País, em 28 de abril passado. A iniciativa também foi tomada pela Apcef-SP, que ingressou com pedido liminar de tutela de urgência contra o banco. “A greve é um direito e o Sindicato cumpriu todos os trâmites legais necessários. A paralisação não pode ser considerada falta injustificada”, alerta o diretor sindical Jorge Furlan. Outras entidades que também recorreram à Justiça conseguiram resultado favorável aos empregados. Caso o banco insista nessa postura arbitrária, o fato deve ser denunciado imediatamente ao Sindicato.

Na avaliação de dirigentes de entidades que participaram da festa de posse da nova diretoria, a Federação terá papel fundamental na defesa da Caixa 100% pública e dos direitos dos trabalhadores   Representantes de centrais sindicais, sindicatos, federações, movimentos sociais e lideranças políticas participaram, na noite da última quinta-feira, 4,  da festa de posse da Diretoria da Fenae para o triênio 2017/2020, na sede da Apcef/DF, em Brasília. Em seus discursos, dirigentes de entidades destacaram a importância da Federação na luta em defesa da Caixa 100% pública e dos direitos dos seus empregados. O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, reafirmou o compromisso da nova Diretoria de manter a atuação política, sem abrir mão dos projetos de esporte, cultura, lazer e educação voltados para o bem-estar dos associados às Apcefs. “Temos um grande desafio pela frente. Garantir os direitos dos trabalhadores e intensificar a luta por um país melhor e mais justo. Queremos uma Caixa cada vez mais forte e estratégica para o desenvolvimento do Brasil”, disse. A diretora do Sindicato e representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, também integra a nova diretoria eleita.   Fonte: Fenae, com Redação

A Contraf-CUT e a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa enviaram ofício à direção do banco nesta terça-feira (2) para pedir esclarecimentos sobre os procedimentos relativos às paralisações dos dias 15 e do dia 28, realizadas em conjunto com diversas categorias profissionais e que tiveram forte adesão em todo o país.  No ofício, também é solicitado o agendamento imediato  de reunião da mesa de negociação permanente, para buscar respostas e soluções aos debates anteriores (verticalizaçao, RH 184, trabalhados em dia de repouso semanal remunerado, dentre outros).

Greve legítima

No dia 27, a Contraf-CUT informou a Caixa sobre a greve geral do dia 28, quando reafirmou que se trata movimento nacional, que visa a defesa dos trabalhadores em face das reformas trabalhista e previdenciária, em andamento no Congresso Nacional e também em defesa da Caixa 100% pública.

Prossegue até 5 de maio o prazo para inscrições de delegados sindicais na Caixa, cujas eleições serão realizadas de 8 a 10 de maio. São eleições extraordinárias, que não interferem no mandato dos eleitos no ano passado, e que têm como objetivo atingir locais de trabalho que ainda não contam com esse representante. A inscrição deve ser feita no Sindicato. A função do Delegado Sindical é fiscalizar as condições de trabalho, propor soluções e atuar junto ao Sindicato para garantir e ampliar direitos da categoria bancária. Justamente por isso, nesse momento em que há grande ataque aos direitos dos trabalhadores e do banco público é fundamental ampliar o quadro de delegados sindicais na Caixa. O mandato será encerrado junto com o dos delegados sindicais já eleitos, em 29 de julho de 2017. Há garantias de emprego (até um ano após o fim do mandato) e de que o delegado só será transferido do local onde foi eleito se concordar. Para ser candidato é preciso ser sócio do Sindicato e ter cumprido o prazo de experiência contratual na empresa. Para mais detalhes acesse o boletim específico sobre a eleição clicando aqui.

Termo destacado por Gilberto Occhi representa na prática a diminuição de empregados, corte de direitos, privatizações e fim do papel social do banco. Mobilização dos trabalhadores é cada dia mais essencial

Melhorar a eficiência. Com esse discurso, o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, vem tentando associar a redução dos lucros do banco ao crescimento dos gastos com pessoal e despesas administrativas, cuja alta ano passado seria de, respectivamente, 6,3% e 5,6%. O que Occhi não diz claramente é que essa “eficiência” representa na prática cortes de direitos e de empregados, privatizações e uma Caixa totalmente desvinculada de seu papel promotor do desenvolvimento social do Brasil.

“A cada dia fica mais evidente a diferença entre dois modelos de Caixa. Um, iniciado em 2002, tem como foco o investimento na habitação e na infraestrutura do país, entre outros programas sociais. Outro, que limita o crédito, enxuga o quadro de pessoal e unidades do banco e diminui o tamanho da empresa, inclusive com privatizações”, compara a diretora do Sindicato Maria Rita Serrano, que também é representante eleita dos empregados no Conselho de Administração do banco e que participou, nesta quarta-feira (19) de reunião do CA, em Brasília (DF). Atualmente suplente, Rita deve assumir a titularidade do cargo no CA no mês de maio.

Ela, que também coordena Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, lembra que o maior patrimônio da Caixa hoje é o compromisso dos empregados com o atendimento da população, que faz com que banco figure entre as marcas mais lembradas pelos brasileiros (Top of Mind - Instituto Datafolha, 2016). “Com a tal ‘eficiência’ traduzida em ações, o impacto já é sentido em duas frentes. A primeira, na redução dos investimentos sociais. Em habitação, por exemplo, a tendência de crescimento elevado verificada em exercícios anteriores se alterou em 2015 e mais acentuadamente no ano passado. O crescimento esperado, entre 7% e 10%, resume-se a 5,6%. É a Caixa mais distante dos brasileiros”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

A outra frente impactada por esse modelo está diretamente vinculada aos direitos dos trabalhadores. Mudanças negativas já foram anunciadas para o Saúde Caixa, um PDVE foi aberto e de 100 a 150 unidades do banco poderão ser fechadas. “A nova gestão também endureceu no relacionamento com os empregados e suas entidades representativas, impondo desconto de dias em que ocorreram paralisações para defender o banco público. O que se vê é uma volta aos anos 1990, ao modelo neoliberal, tanto no interesse pela privatização quanto nos processos negociais com as entidades que representam a categoria”, afirma Rita Serrano.

Nos últimos anos, a Caixa teve forte expansão no número de agências e postos de atendimento, passando de 2,3 mil unidades em 2010 para 4,2 mil. Mas este é um crescimento plenamente justificável quando se observa a importância do banco na vida de milhões de brasileiros, desde pequenas cidades desprovidas de atendimento bancário até as grandes concentrações que recebem diariamente clientes e usuários de programas sociais - tais como, nesse momento, a retirada de contas inativas do FGTS, que movimenta não só um vultoso volume de dinheiro como milhares de empregados do banco.

“Há uma recessão agudizada no país, e não são os empregados que causaram queda no lucro da Caixa, como aponta Occhi. É preciso entender que a realidade mudou e o que se propõe para o banco hoje descaracteriza seu papel e propicia seu desmonte. São mudanças que vêm ocorrendo rapidamente, por isso temos que resistir e participar de manifestações como a de hoje, em defesa dos bancos públicos brasileiros, e nos preparar para a greve geral do dia 28. Os empregados da Caixa têm uma rica história de lutas, e vamos conseguir vencer novamente”, destaca a representante dos empregados no CA da Caixa.

Fontes: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas/Fenae

Vote na Chapa 1 - Nossa Luta, Resistir e Avançar
Nesta quarta, 19, tem eleição na Apcef-SP, e é fundamental que os associados exerçam seu direito ao voto. O Sindicato e a representante dos empregados eleita para o CA da Caixa, Rita Serrano, apoiam e indicam o voto na Chapa 1 – Nossa Luta, Resistir e Avançar. Os integrantes da Chapa 1 defendem a Caixa 100% pública e os direitos dos empregados do banco. Entre eles estão dois representantes do Grande ABC: a diretora sindical Inez Galardniovic, da agência Senador Fláquer, em Santo André (para ocupar a secretaria de Mulheres Trabalhadoras) e o delegado sindical Benedito Pereira de Matos (Benê), da agência Matriz, em Mauá (Conselho Deliberativo – suplência). [caption id="attachment_13183" align="alignright" width="300"]benecandidato Benê[/caption] [caption id="attachment_13152" align="alignright" width="199"]inez Inez[/caption] A presença de representantes da região é fundamental, já que a Apcef-SP está entre as parceiras do Sindicato na mobilização contra os desmontes dos bancos públicos. As urnas estarão disponíveis nas agências da Caixa.  

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