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Atividade acontece nesta terça, 9, em agências do Bradesco da rua Marechal Deodoro, em São Bernardo O Sindicato realiza nesta terça, 9, atividade em defesa dos direitos de clientes e usuários de bancos em agências do Bradesco na rua Marechal Deodoro, em São Bernardo. A manifestação denuncia a postura adotada pela instituição financeira de tentar ´empurrar´ os usuários para o autoatendimento em caso de movimentação de valores considerados baixos. Ou seja: um verdadeiro apartheid social e econômico. A prática, que fere resolução do Banco Central, não é exclusiva do Bradesco, mas o banco foi escolhido porque ali a situação é ainda mais grave, com a colocação de barreiras (balcões e/ou funcionários) para tentar impedir o acesso. Durante a atividade, a reportagem acompanhou o relato de várias pessoas aos diretores sindicais. Cliente do banco há mais de 20 anos, um homem reclamava de que não queriam lhe deixar pagar o IPVA no caixa. Outro havia sido mandado para o autoatendimento para quitar uma taxa de R$ 10. “Estou encerrando minha conta”, afirmou. Já uma senhora tinha dificuldade em fazer um depósito dentro da agência, e outra cliente contou que todas as vezes em que tenta depositar menos de R$ 1 mil é mandada para as Casas Bahia (correspondente bancário). Nos casos em que os usuários desejavam fazer as transações diretamente com os caixas o Sindicato interveio, com sucesso. “É um direto dos clientes e usuários que não pode ser desrespeitado”, afirmou o secretário de Finanças do Sindicato Belmiro Moreira. Funcionários – A manifestação, dentro das premissas do Sindicato-cidadão – preocupado não somente com as questões da categoria bancária, mas de toda a sociedade – também chamou a atenção dos bancários para a questão do emprego e condições de trabalho. Quanto mais demissões, mais clientes serão ´empurrados´ para fora das agências, e pior serão as condições de trabalho e de atendimento. Esta é a segunda atividade em defesa dos consumidores bancários promovida pela entidade nessa semana (a primeira ocorreu no dia 2, em Santo André). Além da participação de atores, que conversam com a população durante performance, há a distribuição do Jornal do Cliente, produzido pelo Sindicato e que orienta sobre direitos e canais de denúncia e proteção do consumidor.

Mesmo obtendo um lucro líquido ajustado de R$ 11,227 bilhões nos primeiros nove meses de 2014, um crescimento de 24,7% em relação ao mesmo período do ano passado, o Bradesco cortou 1.640 empregos, o que é totalmente injustificável. A redução de postos de trabalho mostra que o banco anda na contramão da economia brasileira que entre janeiro e setembro deste ano gerou 904.913 novos empregos com carteira assinada. 

Se forem comparados os últimos 12 meses, o banco promoveu o fechamento de 2.561 vagas. Assim, o número de empregados da holding em setembro de 2014 caiu para 98.849 ante 101.410 em setembro de 2013, o que representa uma queda de 2,5%, segundo análise da Subseção do Dieese da Contraf-CUT com base no balanço do Bradesco, divulgado nesta quinta-feira (30).

Clique aqui para ver a análise do Dieese.

Menos agências e PAs, mais correspondentes

O banco também fechou as portas de 38 agências e 263 postos de atendimento (PAs) nos últimos 12 meses, sendo 15 agências e 89 PAs entre janeiro e setembro de 2014. 

Ao mesmo tempo, a terceirização se intensificou através da ampliação das unidades do Bradesco Expresso. O número desses correspondentes bancários cresceu em 3.406 dependências, dos quais 2.156 somente este ano, totalizando 49.020 em setembro. 

O fechamento de agências e PAs mostra a política equivocada de redução de custos e de precarização do atendimento, com o objetivo de aumentar ainda mais os lucros do banco. 

Mais operações de crédito

As operações de crédito cresceram 7,7% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 442,2 bilhões. As operações com pessoas físicas evoluíram 8,6% em relação a setembro de 2013, chegando a R$ 138 bilhões, o que representa 31% do total das operações de crédito.  Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 306,2 bilhões, com elevação de 7,2% em comparação ao 1º trimestre de 2013, totalizando 69% do total do crédito.

Esse crescimento das operações traz mais serviços e, com a redução de funcionários, aumenta ainda mais a sobrecarga e a pressão no trabalho, afetando a saúde dos bancários e a qualidade de atendimento dos clientes. 

O índice de inadimplência superior a 90 dias manteve-se estável em relação ao terceiro trimestre de 2013, ficando em 3,6% (subindo 0,1 ponto percentual no trimestre). O banco elevou as suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 3,2% em 12 meses, atingindo R$ 10,7 bilhões.

Receitas de tarifas x Despesas de pessoal

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 11,9% em 12 meses, totalizando R$ 16 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 12,3%, chegando a R$ 10,8 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 148,46% no 3º trimestre de 2014. 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

O Bradesco comunicou na tarde desta segunda-feira (14) que efetuará o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na próxima sexta-feira (17). Já as diferenças de salário e de vales refeição e alimentação serão acertadas na folha de outubro.

Pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assinada nesta segunda-feira entre as entidades sindicais e a Fenaban, os bancos têm prazo de até 10 dias para pagar a primeira parcela da PLR, isto é, até o dia 23 de outubro. 

PLR

A antecipação da PLR é formada por regra básica e parcela adicional. 

A regra básica da PLR corresponde a 54% do salário mais valor fixo de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco no primeiro semestre de 2014, o que ocorrer primeiro. 

Já a parcela adicional da PLR corresponde a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre com distribuição linear entre os funcionários, limitado a R$ 1.837,99.

A segunda parcela da PLR deve ser paga até o dia 2 de março de 2015.

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Fonte: Contraf-CUT

Balanços do 1º semestre mostram que bancos estão na contramão da economia

Os bancos privados continuam lucrando muito, mas seguem fechando empregos. O Bradesco e o Santander, que divulgaram na última quinta-feira (31) os seus balanços do primeiro semestre de 2014, lucraram juntos R$ 10,2 bilhões. No entanto, ambos fecharam 2.323 postos de trabalho no mesmo período, andando na contramão da economia brasileira, que nos primeiros seis meses do ano gerou 588,6 mil novos empregos com carteira assinada.

Bradesco -  Análise do Dieese aponta que o Bradesco lucrou R$ 7,3 bilhões, o que significa um crescimento de 22,9% em relação ao mesmo período do ano passado e 9,7% no segundo trimestre. Entretanto, o banco cortou 1.462 vagas no primeiro semestre.

O fechamento de vagas foi ainda maior se comparados os últimos 12 meses: 2.924 empregos a menos. Assim, o número de empregados da holding em junho de 2014 caiu para 99.027 ante 101.951 em junho de 2013 (queda de 2,9%).

Clique aqui para ver a análise do Dieese. Santander

Já o Santander Brasil obteve lucro de R$ 2,9 bilhões, o que representa uma redução de 2,2% em comparação ao mesmo período do ano passado e evolução de 0,6% no segundo trimestre. O banco espanhol eliminou 861 postos de trabalho no primeiro semestre.

O corte também foi ainda maior nos últimos 12 meses, quando o banco fechou 2.942 postos de trabalho. Com isso, o número de empregados da holding em junho de 2014 baixou para 48.760 diante de 51.702 em junho de 2013 (redução de 5,7%), Em doze meses, houve extinção de 2.942 vagas.

Clique aqui para ver a análise do Dieese.

Na avaliação do movimento sindical os bancos brasileiros têm a mais alta rentabilidade da economia brasileira e de todo o sistema financeiro internacional, e cortar empregos nesse cenário amplamente favorável é boicotar o crescimento com desenvolvimento econômico e social do País. Além disso, com todo esse lucro, Bradesco e o Santander não terão dificuldades em atender a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2014, que será entregue para a Fenaban no próximo dia 1, às 11 horas, em São Paulo.  Mas a ousadia, a unidade e a mobilização serão novamente fundamentais para garantir novas conquistas. "Queremos mais empregos e melhores salários e condições de trabalho, além das demais demandas, como forma de valorização dos funcionários, principais responsáveis pelos resultados atingidos e pelos bancos", enfatiza o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

O Bradesco fechou o segundo trimestre com lucro líquido contábil de R$ 3,778 bilhões, o que representou aumento de 28,1% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro ajustado, que exclui itens extraordinários, subiu 27,7% e alcançou R$ 3,804 bilhões, superando as projeções. 

Analistas consultados pelo jornal Valor Econômico esperavam que o banco tivesse lucrado R$ 3,561 bilhões de abril a junho. 

O Bradesco abriu a temporada de divulgação de resultados dos bancos brasileiros. O balanço foi divulgado na manhã desta quinta-feira (31).

A margem financeira de crédito líquida atingiu R$ 4,826 bilhões no segundo trimestre, com alta de 6 ,3%, enquanto a carteira de crédito ampliada do Bradesco mostrou crescimento de 8,1% em 12 meses, para R$ 435,2 bilhões. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 135,1 bilhões, com alta de 9,6%, enquanto o crédito para pessoas jurídicas atingiu R$ 300,2 bilhões, após crescimento de 7,5% no período.

Sob a estratégia do banco de se concentrar em linhas de menor risco, os empréstimos a pessoas físicas e grandes empresas vêm ganhado espaço e representaram 31% e 43,2% da carteira total, respectivamente. 

Quando comparada com o fim do primeiro trimestre, a carteira de crédito do Bradesco mostrou tímido crescimento de 0,7%, que foi sustentado, principalmente, pelas operações a pessoas físicas, que aumentaram 1,8%.

A taxa de inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, foi de 3,5%, ante 3,7% no segundo trimestre de 2013 e 3,4% no primeiro trimestre deste ano. As despesas com provisões para crédito de liquidação duvidosa (PDD) somaram R$ 3,141 bilhões, com alta de 1,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado e expansão de 9,8% em relação ao primeiro trimestre. 

O banco não informou nenhuma alteração em seus diretrizes. Sua expectativa para este ano é de crescimento de 10% a 14% da carteira de crédito expandida. A margem financeira de juros deve ficar entre 6% e 10%.

Fonte: Contraf-CUT

[caption id="attachment_6028" align="alignright" width="251"]fotobradesco O diretor Yasuki Niiuchi (segundo à esq, sentado), participa do encontro que discutiu as mudanças no plano previdenciário[/caption] Alterações foram apresentadas pelo banco nesta semana, mas ainda há pontos a esclarecer O Bradesco anunciou no último dia 21, durante reunião com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, mudanças no plano de previdência complementar dos funcionários. As entidades sindicais consideraram positiva a iniciativa de dialogar, mas criticaram o fato de o banco não abrir espaço para negociação sobre as alterações. O diretor do Sindicato e funcionário do banco Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. participou do encontro, realizado na Cidade de Deus, em Osasco. Os representantes do Bradesco apresentaram os pontos centrais do novo plano. Porém restaram muitas dúvidas, e as entidades sindicais solicitaram o regulamento do novo plano, que o banco ficou de entregar nos próximos dias. A instituição quer começar a divulgar as mudanças para os funcionários já na próxima semana, estabelecendo a validade a partir de outubro deste ano. Mas o movimento sindical alerta que é preciso cautela para evitar prejuízos. “Apenas com o regulamento em mãos poderá ser feita uma análise mais precisa das alterações. Precisamos verificar se realmente a mudança será positiva para o bancário, como alega o Bradesco, ou não. Assim que o movimento sindical fizer a avaliação ela será divulgada aos trabalhadores”, afirma o diretor sindical Yasuki. Também participou da reunião em Osasco o especialista em Previdência Complementar José Ricardo Sasseron, vice-presidente da Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão (Anapar), ex-diretor eleito da Previ e diretor da Contraf-CUT. “É fundamental a abertura de um processo de negociação com o movimento sindical para garantir aos trabalhadores a possibilidade de optar pelas melhores condições para o seu plano de previdência complementar”, enfatizou Sasseron, que deverá elaborar parecer técnico sobre o novo plano. Por enquanto, a principal orientação do movimento sindical é de precaução: os bancários não devem tomar nenhuma iniciativa relacionada ao plano de previdência até que todas as dúvidas sejam sanadas.

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