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Após entrega da pauta de reivindicações, primeira rodada de negociações já está definida para 8 de agosto

Durante encontro que ocorreu na terça-feira (30/07) entre Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), foi entregue a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2013, aprovada pela 15ª Conferência Nacional, realizada entre 19 e 21 de julho em São Paulo.

Para debater os temas que envolvem a categoria, a primeira rodada de negociações já está marcada para o dia 8 de agosto, sobre o bloco condições de trabalho, que envolve saúde do trabalhador, metas abusivas, assédio moral e segurança bancária.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Eric Nilson, os itens que constam na minuta, resultado de consultas, assembleias, encontros regionais e estaduais realizados com a categoria, são de fundamental importância. “Agora todos os pontos serão analisados nas negociações, buscando proporcionar cada vez mais conquistas para os trabalhadores bancários”, destacou.

Os bancários reivindicam:

Reajuste Salarial 11,93% (5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%)

PLR 3 salários + R$ 5.553,15

Verbas Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

Piso R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese)

Escriturário - R$ 2.860,21

Caixa - R$ 3.861

1º Comissionado - R$ 4.862

1º Gerente - R$ 6.435

Saúde e Condições de Trabalho Melhores condições com o fim das metas individuais e abusivas e do assédio moral que adoece os bancários

Emprego Fim das demissões em massa, ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate ao PL 4330, que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada)

Carreira Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários

Auxílio-educação Pagamento para graduação e Pós-Graduação

Segurança Mais segurança e proibição do porte das chaves de cofres e agências por bancários

Igualdade de oportunidades Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes

Pauta geral Fim do fator previdenciário, contra o PL 4330, pela reforma política, reforma tributária, pela democratização dos meios de comunicação, mais investimentos para a Saúde, para a Educação e transporte público de qualidade, além da regulamentação do Sistema Financeiro Nacional.

Assembleia realizada na noite desta segunda feira, 29/07, na sede do Sindicato dos Bancários do ABC, ratificou a minuta de reivindicações da categoria bancária 2013 aprovada na 15ª Conferência Nacional dos Bancários.

Entre os itens inclusos na minuta constam como eixos centrais o reajuste de 11,93% (inflação projetada do período mais aumento real de 5%), valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 2.860,21), defesa do emprego, fim da terceirização e combate às metas abusivas e ao assédio moral.

[highlight]Clique AQUI[/highlight] para ler a íntegra da minuta de reivindicações.

Realizada entre os dias 19 e 21 de julho, a 15ª Conferência Nacional reuniu 629 delegados representantes de trabalhadores de bancos públicos e privados de todo o país que aprovaram a pauta de reivindicações dos bancários para a Campanha Nacional Unificada 2013 – teve como base em torno de 37 mil consultas, além de assembleias e encontros regionais e estaduais realizados com a categoria.

No documento, que será entregue à federação dos bancos (Fenaban) no dia 30 de julho, consta como eixos centrais o reajuste de 11,93% (inflação projetada do período mais aumento real de 5%), valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 2.860,21), defesa do emprego, fim da terceirização e combate às metas abusivas e ao assédio moral. A categoria também quer aumento dos vales refeição, alimentação, da 13ª cesta e do auxílio-creche/babá para o valor de um salário mínimo mensal para cada (R$ 678).

Durante o encontro, também foram discutidas e aprovadas na Conferência as reivindicações da pauta geral da classe trabalhadora, como o fim do fator previdenciário que achata o valor das aposentadorias, luta por mais investimentos para a Saúde - 10% do orçamento, 10% do PIB na educação e transporte público de qualidade. Os trabalhadores querem, ainda, uma reforma política que acabe com a influência do poder econômico nas eleições, reforma tributária para corrigir injustiças, a democratização dos meios de comunicação para dar espaço e voz a todos os setores da sociedade brasileira - marco regulatório da mídia visando democratizar as comunicações. Além da necessidade de regulamentação do Sistema Financeiro Nacional.

 “Com muita ousadia, unidade e mobilização vamos batalhar para que todas as reivindicações, que são justas e merecidas, sejam conquistadas”, destacou Eric Nilson, presidente do Sindicato. ABC O Sindicato dos Bancários do ABC, que contou com a participação de 20 delegados, encabeçou uma moção de repúdio, ao qual foi aprovada por unanimidade pelos delegados na Conferência, contra o projeto de lei 4330/04 em tramitação na Câmara dos Deputados, que visa a terceirização, precarizando o trabalho. “Este PL torna-se uma grande ameaça a todos os trabalhadores, principalmente na categoria bancária. Temos de estar atentos, porque já é uma realidade em nosso cotidiano e todos os direitos conquistados pela categoria até o momento podem ser perdidos”, pontuou Eric Nilson. “Debater temas como este na Conferência, envolvendo bancários de todo o país, foi muito importante para nossa categoria”, concluiu. Confira as principais reivindicações da categoria  Remuneração - Reajuste salarial de 11,93%: 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%; - PLR: três salários mais R$ 5.553,15; - Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese); - Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional); Emprego - O combate à rotatividade nos bancos privados e à eliminação de empregos. - Contratação de mais funcionários para evitar a sobrecarga de trabalho nas agências - Redução da jornada para cinco horas diárias com a criação de dois turnos. A ideia é ampliar o horário de atendimento com uma jornada de trabalho menor e sem redução de salários, criando mais empregos. - Fortalecer as estratégias de luta em defesa da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe as demissões imotivadas, e o combate às terceirizações. - A luta contra o Projeto de Lei 4330/04 foi um dos destaques entre as reivindicações sobre emprego. Vale destacar que no dia 6 de agosto serão realizados atos contra a terceirização nas portas das federações patronais em todas as capitais do Brasil e também nas confederações de empresários em Brasília. O objetivo é pressionar os empresários a retirar da pauta da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4330/04, que amplia a terceirização da mão de obra, precarizando ainda mais as relações e as condições de trabalho. Condições de Trabalho - Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários; - Combate à política de metas, assédio moral e insegurança - Nova redação da cláusula 43, que trata do programa de reabilitação, para que fique assegurado o direito dos sindicatos acompanharem o processo de retorno do bancário. - participação na avaliação do trabalho da equipe multiprofissional responsável pela reinserção do trabalhador. Entre as novidades propostas a serem incluídas na minuta estão: - regulamentação do processo de obras para reformas nas agências e uma cláusula que garanta vagas de estacionamento para funcionários com deficiência - prorrogação da licença-maternidade para as bancárias gestantes e adotantes seja automática, depois de cumpridos os 120 dias obrigatórios previstos na CLT Reestruturação produtiva do Sistema Financeiro - Intensificar a luta por um sistema financeiro socialmente responsável, com atuação voltada para o desenvolvimento do país. - Defesa da universalização do atendimento bancário. O objetivo é assegurar a inclusão bancária com atendimento prestados exclusivamente por trabalhadores bancários - Instituição de comissão para negociar com os representantes dos bancos todos os casos de reestruturação administrativa e de introdução de novos equipamentos e tecnologias que possam afetar o emprego no setor. - Regulamentação do Artigo 192 da Constituição Federal, sobre o sistema financeiro, de forma a reduzir as taxas de juros e de fomentar investimentos dos bancos em obras e estruturas que contribuam com o desenvolvimento e inclusão social no Brasil. - Construção da Conferência Nacional do Sistema Financeiro, com realização de conferências regionais, garantindo assim a socialização do debate com a sociedade. Calendário de luta
A 15ª Conferência aprovou ainda um calendário de luta que mescla o engajamento da categoria tanto na Campanha Nacional dos Bancários quanto na pauta de reivindicações da CUT e demais centrais sindicais. Confira:
30/7 - Entrega da pauta de reivindicações à Fenaban.
6/8 - Dia Nacional de Luta contra o PL 4330/04.

12 e 13/8 - Mobilizações em Brasília para convencer os parlamentares a rejeitarem o PL 4330/04.

22/8 - Dia Nacional de Luta dos Bancários, com passeatas no final do dia.
28/8 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização. 30/8 – Paralisação de 24 horas, em defesa da pauta geral dos trabalhadores apresentada ao governo e ao Congresso Nacional apresentada pela CUT e demais centrais sindicais.

Os debates que acontecem na 15ª Conferência Nacional dos Bancários não deixam dúvida quanto à disposição da categoria em utilizar todo o seu potencial de luta para assegurar aumento real de salários na Campanha Nacional de 2013. Tal disposição foi evidenciada pelo tom e o conteúdo das intervenções dos integrantes do grupo que tratou do tema Remuneração na tarde deste sábado, segundo dia do evento, em São Paulo.

O propósito de buscar significativo reajuste acima da inflação esteve presente em todas as propostas formuladas, variando de 5% a 20% de aumento real. A decisão quanto ao índice será tomada pela plenária final da conferência, na manhã deste domingo.

O grupo apontou também a defesa da valorização do piso salarial da categoria como questão abordada com ênfase pelos delegados à conferência. "Este será, com certeza, um dos grandes eixos da nossa campanha neste ano", disse o coordenador das discussões no grupo de Remuneração, Carlos de Souza.

O piso salarial defendido pelos bancários tem por referência o mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cujo valor era em junho R$ 2.860,21.

O grupo sobre Remuneração tratou ainda de itens como proteção salarial, 14º salário, auxílios cesta alimentação, creche/babá e transporte, gratificação de caixa, participação nos lucros e resultados (PLR), entre outros.

A melhoria da PLR desponta também como fator de grande potencial para a mobilização em busca de avanços nas conquistas dos bancários. "Temos conseguido ano a ano a valorização da PLR e essa será outra batalha das mais importantes este ano", salientou Carlos Souza.

Rede de Comunicação dos Bancários Evando Peixoto

Com a participação de 629 delegados credenciados de todo o país, a 15ª Conferência Nacional dos Bancários aprova na plenária final deste domingo, 21/7, a estratégia e a pauta de reivindicações da campanha deste ano.

As propostas que vão à votação passaram por ampla discussão neste sábado, 20/7, nos grupos de trabalho divididos pelos temas Emprego; Remuneração; Saúde, Condições de Trabalho e Segurança Bancária; e Sistema Financeiro Nacional.

Para Eric Nilson, presidente do Sindicato, “os participantes presenciaram debates importantes envolvendo bancários de todo o país. Agora é definir as reivindicações da campanha deste ano”.

O combate à política de metas, assédio moral e insegurança foi o principal foco de discussão do grupo de trabalho sobre Condições de Trabalho, que debateu neste sábado 20 os temas saúde, igualdade de oportunidades e segurança bancária, durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorre em São Paulo. As propostas serão submetidas à plenária final na manhã deste domingo 21. A novidade é a proposta - vinda de uma conferência estadual - de incluir na minuta a regulamentação do processo de obras para reformas nas agências. Os participantes do grupo entenderam que a Convenção Coletiva deve tratar do assunto, definindo que os funcionários da agência a ser reformada sejam remanejados para outros locais de trabalho. Foi proposto também que os bancos fiquem obrigados a informar a realização da obra com 30 dias de antecedência ao sindicato dos bancários, ao CREA e ao Corpo de Bombeiros. Ficou definido que a cláusula 43, que trata do programa de reabilitação, tenha nova redação para que fique assegurado o direito de os sindicatos acompanharem o processo de retorno do bancário. Os delegados e as delegadas também vão reivindicar a participação na avaliação do trabalho da equipe multiprofissional responsável pela reinserção do trabalhador. Para o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Walcir Previtale, apesar da complexidade das questões apresentadas, o grupo correspondeu com um debate bastante rico e com muito mais detalhes e informações sobre os temas discutidos. "Isso demonstra que a saúde e condições de trabalho são um campo de forte atuação sindical. A discussão sobre as reais consequências desse tema está cada vez mais em nossas mãos. Para os bancos, está tudo muito bom. No entanto, precisamos estabelecer um processo negocial com seriedade junto aos bancos para reduzirmos o adoecimento, melhorarmos as condições de saúde e trabalho e a política de metas, entre outras questões", destaca Walcir. Igualdade de oportunidades Na minuta, a novidade do tema é a inclusão de uma cláusula que garanta vagas de estacionamento para funcionários com deficiência. O texto prevê que, caso não seja possível oferecer o espaço na dependência, o banco deve arcar com a despesa de estacionamento em outro local. Para as bancárias gestantes e adotantes, a novidade na minuta é a reivindicação de que a prorrogação da licença-maternidade seja automática, depois de cumpridos os 120 dias obrigatórios previstos na CLT. Para Adma Gomes, secretária de Saúde da Fetec/SP e dirigente do Sindicato dos Bancários do ABC, a tarde foi produtiva: "Realizamos um rico debate sobre o tema da igualdade, que é transversal em todas as discussões. É o caso do tema do emprego, já que as demissões e a redução dos postos de trabalho geram sobrecarga, o que leva o trabalhador ao adoecimento", diz a sindicalista. "Um dos maiores problemas que identificamos atualmente é a gestão e a violência organizacional, que preocupam o movimento sindical como um todo", ressalta Adma. Rede de Comunicação dos Bancários Junior Barreto e Renata Silver