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A segunda rodada de negociação da Campanha 2013 entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban acontece nesta quinta-feira (15), a partir das 10h, em São Paulo, sobre as reivindicações acerca de emprego. Os debates continuarão na manhã desta sexta (16), quando também serão discutidas as demandas de igualdade de oportunidades. Estarão em discussão as propostas dos bancários, que incluem a proibição das demissões imotivadas, o fim da rotatividade, mais contratações, combate às terceirizações, ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho e tempo máximo de permanência nas filas, dentre outras. A categoria irá cobrar o atendimento das propostas de emprego da categoria, pois é inaceitável que o sistema financeiro, que aufere lucros astronômicos, continue demitindo e cortando postos de trabalho, com exceção da Caixa e alguns bancos públicos. A criação de empregos precisa ser encarada pelos bancos como forma de melhorar as condições de trabalho e uma contrapartida social para garantir um atendimento de qualidade para a população e contribuir para transformar crescimento econômico em desenvolvimento. Bancos cortam empregos, apesar dos lucros bilionários  Somente nos últimos 12 meses o Itaú, o Santander, o Bradesco e o BB cortaram 10.530 empregos. Entre os meses de junho de 2012 e de 2013, o Itaú eliminou 4.458 vagas. No mesmo período, o Santander cortou 3.216 postos; o Bradesco, 2.580; e o BB, 276. No primeiro semestre deste ano, eles obtiveram lucros gigantescos de R$ 26 bilhões. A Caixa ainda não publicou o balanço do primeiro semestre, mas entre março de 2012 e março de 2013 contratou 7.423, bem diferente dos outros quatro grandes bancos. O HSBC também não divulgou os números dos primeiros seis meses deste ano. Além da redução de postos de trabalho, os bancos demitiram milhares de funcionários, dentro da política de rotatividade, substituindo trabalhadores com salários maiores por outros com remunerações mais baixas. As instituições ainda mantêm empregados em desvio de função, numa lógica perversa de diminuir custos para turbinar os lucros. Terceirização precariza relações de trabalho A terceirização é outra estratégia dos bancos para redução dos custos. Eles transferem parte de suas atividades, que eram remuneradas de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários, para outras empresas, tendo como objetivo reduzir despesas de pessoal. Os trabalhadores terceirizados recebem um quarto do salário dos bancários, não dispõem dos mesmos direitos, trabalham em condições degradantes, cumprem metas elevadas, sofrem pressão e assédio moral e têm jornadas extenuantes. Além disso, não se sentem enquanto uma categoria profissional. Como se não bastasse, os bancos têm ampliado os correspondentes, onde não há bancários nem vigilantes, precarizando o atendimento aos clientes e à população. O número disparou nos últimos anos, sobretudo, nas grandes cidades. Já o total de agências e postos de atendimento está quase estagnado. E os bancos estão na linha de frente da pressão dos empresários para a aprovação do PL 4330 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) na Câmara dos Deputados, buscando terceirizar também caixas e gerentes. Os funcionários querem trabalho decente, a prevalência dos direitos humanos e uma nova ordem social pautada pelos princípios de justiça social e valorização do trabalho. Melhores condições de trabalho O Comando Nacional vai cobrar também uma resposta dos bancos para as reivindicações sobre saúde do trabalhador e segurança bancária que foram discutidas na primeira rodada de negociação da Campanha 2013, ocorrida nos últimos dias 8 e 9, na capital paulista. As propostas de melhoria das condições de trabalho são prioritárias na campanha deste ano e não será possível firmar acordo se não houver avanços e uma solução para o problema das metas abusivas. Esperamos uma posição dos bancos. Calendário de luta Agosto 15 e 16 - Segunda rodada de negociação entre Comando e Fenaban 22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Setembro 3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara Fonte: Contraf-CUT

Os bancos negaram todas as reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança bancária apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, na manhã desta sexta-feira (9), na conclusão da primeira rodada de negociações da Campanha 2013, em São Paulo. As negociações começaram muito mal. Os banqueiros só estão preocupados com a gestão dos lucros e não com a gestão das pessoas e a proteção da vida. Mais uma vez foi deixado claro aos bancos que as más condições de trabalho, responsáveis pela epidemia de adoecimentos que atinge a categoria, e a proteção à vida são prioritárias e precisam ser resolvidas nesta Campanha Nacional. A postura intransigente dos bancos na mesa de negociação não deixa outra alternativa do que o crescimento da mobilização dos bancários em todo o país. Em 2012, segundo dados dos INSS, 21.144 bancários foram afastados do trabalho por adoecimento, dos quais 25,7% com estresse, depressão, síndrome de pânico, transtornos mentais relacionados diretamente ao trabalho. Outros 27% se afastaram em razão de lesões por esforços repetitivos (LER/Dort). Somente nos primeiros três meses deste ano, 4.387 bancários já haviam se afastado por adoecimento, sendo 25,8% por transtornos mentais e 25,4% por LER/Dort. Na recente consulta para a Campanha Nacional, 18% dos que responderam declararam ter se afastado do trabalho por motivos de doença nos 12 meses anteriores e 19% disseram usar medicação controlada. E em relação aos problemas de saúde, 66,4% dos bancários responderam na mesma consulta que as metas abusivas são o mais grave problema enfrentado hoje pela categoria. Outros 58,2% pedem o combate ao assédio moral, enquanto 27,4% assinalaram a falta de segurança contra assaltos e sequestros. Assédio moral/violência organizacional O Comando Nacional cobrou mais empenho dos bancos para coibir a prática da violência organizacional nos locais de trabalho e defendeu a necessidade de aprimorar o instrumento de combate ao assédio moral, conquistado na Campanha Nacional 2011, que depende da adesão de sindicatos e bancos. Um dos problemas é que o prazo de apuração das denúncias encaminhadas aos bancos é hoje de até 60 dias. Foi proposta uma redução para até 30 dias. Os dirigentes sindicais também reivindicaram que as empresas possibilitem que os sindicatos realizem palestras e reuniões nas agências e departamentos sobre prevenção ao assédio moral. E defenderam a garantia de estabilidade no emprego ao bancário ou bancária assediada durante o período de investigação da denúncia. Os negociadores não deram resposta para as demandas e sugeriram que essas questões sejam remetidas para aprofundamento na mesa temática de saúde e condições de trabalho. Retorno ao trabalho após licença-saúde O Comando Nacional denunciou que alguns bancos estão descumprindo a 43ª da convenção coletiva, pois estão chamando de volta para o trabalho bancários que estão afastados por licença-médica com benefício no INSS. É importante que o banco tenha um programa de retorno ao trabalho, a partir da alta do INSS, buscando reinserir o funcionário no trabalho, com apoio de equipe multidisciplinar. Além disso, os dirigentes sindicais apontaram a necessidade da prevenção. Disseram não concordar que o trabalhador deve ser adaptado ao ambiente que o adoeceu. Queremos discutir a prevenção, de modo que o bancário retorne ao trabalho, seja acolhido e não volte a adoecer. Foi proposto pelo Comando que seja realizado um estudo conjunto sobre o porquê do adoecimento no trabalho, a fim de discutir as causas do problema e buscar soluções eficazes para garantir um emprego saudável para todos. A Fenaban respondeu dizendo que não é possível assumir um compromisso de fazer esse estudo. Também foi defendido pelo Comando que seja garantida a manutenção do pagamento integral do salário e demais vantagens, sem perda da função e sem descomissionamento, para todo bancário que retorna ao trabalho após afastamento por motivo de saúde. E foi ainda reivindicado o pagamento do salário até o retorno ao trabalho para o bancário que recebe alta do INSS, mas é considerado inapto pelo banco. Hoje o prazo vai até 120 dias. Os bancos não aceitaram as propostas. Trabalhadores com deficiência O Comando Nacional propôs que os bancários com deficiência tenham direito ao abono das faltas em todas as ocasiões em que houver necessidade de conserto, reparo ou aquisição de prótese. Os bancos não aceitaram, alegando que o pleito já vem sendo atendido em cada empresa. Outras demandas de saúde O Comando Nacional discutiu ainda problemas envolvendo a realização de exames médicos. "Há práticas inadequadas dos bancos, como preenchimento antecipado do ASO", disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Foi denunciada a realização de exames demissionais no local de trabalho no ato do dispensa, o que é um absurdo. A Feanban disse que essas questões também devem ser discutidas na mesa temática de saúde. Os dirigentes sindicais ressaltaram também a necessidade de manutenção do plano de saúde para o bancário na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na estava na ativa. Segurança Bancária O Comando Nacional reafirmou a necessidade de proteger a vida das pessoas e cobrou prevenção contra assaltos e sequestros, bem como a melhoria da assistência às vítimas. Os bancos, no entanto, negaram o atendimento das reivindicações por mais segurança, mostrando que a gestão do lucro está acima da preservação da vida. Foi ressaltada a necessidade de prevenção contra sequestros. O número de ocorrências vem crescendo assustadoramente. Nos últimos sete dias, segundo levantamento do Comando, dez bancários foram vítimas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Pará, atingindo gerentes e tesoureiros, os que levam as chaves do banco para casa. Os bancos recusaram a proposta do fim da guarda das chaves pelos bancários, alegando que não é a causa dos sequestros. Defendemos a abertura das agências e postos de atendimento por empresas de segurança, como sendo feito por vários bancos, como a Caixa Econômica Federal. Também é possível utilizar novas tecnologias, como o controle remoto, mas infelizmente o foco dos bancos vem sido a gestão do lucro e não a proteção da vida. Além da prevenção, o Comando defendeu estabilidade no emprego e maior assistência para vítimas de assaltos, sequestros e extorsões. Foi proposta a emissão da CAT, a liberação dos funcionários do trabalho e o fechamento das agências e postos no dia da ocorrência, dentre outras demandas. Mas nada foi aceito pelos bancos. Os dirigentes sindicais denunciaram o descumprimento da cláusula 30ª da convenção coletiva, que determina a adoção de providências pela Fenaban, juntamente com os bancos, para coibir o transporte de valores feito por bancários. Na última reunião da CCASP na Polícia Federal, uma agência do Bradesco em Rio Branco foi multada em 41 processos por ter mandado uma gerente transportar numerário, em vez de contratar um carro-forte. Outra agência do Bradesco, no Pará, utilizou este ano um bancário para levar dinheiro a um posto de atendimento e foi autuada pela Polícia Federal. Foi também abordado o projeto-piloto de segurança bancária em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. A lista das agências, onde serão instalados os equipamentos previstos, está sendo concluída e, depois, serão definidos os nomes do grupo de acompanhamento e agendada a primeira reunião de trabalho. Trata-se de um importante avanço, fruto da Campanha Nacional 2012, e esperamos que os equipamentos de prevenção contra assaltos, ali previstos, sejam depois estendidos para todo o Brasil. Só a mobilização garante avanços Deixamos claro nesta primeira rodada de negociação que as condições de trabalho são prioritárias na campanha deste ano e que não será possível acordo se não houver avanços e uma solução para o problema das metas abusivas. Esperamos uma resposta dos bancos já próxima rodada. A segunda rodada de negociação foi marcada para quinta e sexta-feira, dias 15 e 16, quando será tratado o tema do emprego. Mas para avançar a negociação, é preciso ter ousadia, unidade e mobilização. Por isso, além da pressão contra o PL 4330 da terceirização na próxima terça e quarta-feira, dias 13 e 14, em Brasília, onde é essencial a presença de dirigentes sindicais de todo Brasil, é necessário organizar desde já o dia nacional de luta, a ser realizado no dia 22, com passeatas em todo o país. Vem pra luta, bancário e bancária! Calendário de mobilização 13 e 14 - Mobilização em Brasília contra PL 4330 14 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Banco do Brasil 15 e 16 - Segunda rodada de negociação com a Fenaban sobre o tema Emprego 19 - Primeira rodada de negociação entre o Comando e o Banco da Amazônia 22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários 22 - Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, deixou claro aos bancos, na primeira rodada de negociação da Campanha 2013, realizada nesta quinta-feira 8 em São Paulo para discutir o tema saúde e condições de trabalho, que não será possível haver acordo este ano sem solucionar o problema das metas abusivas - apontadas por dois terços dos bancários como o principal problema existente hoje nos bancos, segundo a consulta nacional realizada pela Contraf-CUT, federações e sindicatos entre maio e julho. Os bancos falam muito em gestão de pessoas, mas o que se vê é apenas a gestão do lucro, o que é muito diferente. As metas abusivas, que incentivam o assédio moral, são as principais responsáveis pela epidemia de adoecimentos que existe hoje na categoria, pelo uso crescente de remédios tarja preta, pelo sofrimento e até pelas mortes que já começam a ocorrer. Os dirigentes sindicais, que usaram fitas pretas na mesa de negociação em sinal de respeito aos mortos, mostraram os números que revelam a tragédia enfrentada pela categoria em função das más condições de trabalho. Em 2012, segundo dados dos INSS, 21.144 bancários foram afastados do trabalho por adoecimento, dos quais 25,7% com estresse, depressão, síndrome de pânico, transtornos mentais relacionados diretamente ao trabalho. Outros 27% se afastaram em razão de lesões por esforços repetitivos (LER/Dort). E somente nos primeiros três meses deste ano, 4.387 bancários já haviam se afastado por adoecimento, sendo 25,8% por transtornos mentais e 25,4% por LER/Dort. Na recente consulta nacional, 18% dos que responderam declararam ter se afastado do trabalho por motivos de doença nos 12 meses anteriores e 19% disseram usar medicação controlada. E em relação aos problemas de saúde, 66,4% dos bancários responderam na mesma consulta que as metas abusivas são o mais grave problema enfrentado hoje pela categoria. Outros 58,2% pedem o combate ao assédio moral, enquanto 27,4% assinalaram a falta de segurança contra assaltos e sequestros. Fim das metas abusivas A proposta sobre metas abusivas apresentada pelo Comando Nacional estabelece que os bancos devem garantir a participação de todos os seus trabalhadores na estipulação de metas e respectivos mecanismos de aferição, sendo obrigatoriamente de caráter coletivo (e não individual) e definidas por departamentos e agências. Deve-se ainda levar em consideração o porte da unidade, a região de localização, o número de bancários, a carteira de clientes, o perfil econômico local, a abordagem e o tempo de execução das tarefas. Os bancários reivindicam ainda o fim da cobrança diária das metas e que elas deixem de ser mensais e passem a ser semestrais. O problema não é a meta em si, mas a gestão das metas, o que envolve a organização do trabalho. É preciso que haja um olhar mais coletivo do processo de trabalho. A gestão atual das metas virou fator de risco para os trabalhadores. Os negociadores da Fenaban, no entanto, alegaram que as metas seguem orientações técnicas universais para que sejam eficientes e que não é possível os sindicatos discutirem o modelo de gestão, pois é estratégico para cada banco. O Comando ainda denunciou que a cláusula 35ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que proíbe a exposição do ranking individual dos funcionários, está sendo descumprida pelos bancos. A Fenaban se comprometeu a verificar a situação, a fim de que os rankings não sejam mais tornados públicos. A vida acima do lucro O Comando também abriu os debates sobre segurança bancária, focando o conceito da proteção da vida das pessoas e apresentando as principais preocupações da categoria. Verificamos um aumento dos assaltos, sequestros e arrombamentos nos últimos anos, bem como dos casos de "saidinha de banco", mostrando a fragilidade da segurança dos estabelecimentos. No primeiro semestre deste ano, 30 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos, conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com apoio do Dieese. O número de sequestros também cresceu assustadoramente. Nos últimos sete dias, segundo levantamento do Comando, dez bancários foram vítimas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Pará, atingindo gerentes e tesoureiros, os que levam as chaves do banco para casa. É preciso acabar com a guarda das chaves pelos bancários. A abertura das agências e postos deve ser feita por empresas de segurança ou por controle remoto. Além da prevenção contra assaltos e sequestros, precisamos garantir assistência médica, psicológica e medicamentosa, bem como estabilidade ao empregado que foi vítima dessa violência. A vida deve ser colocada acima do lucro. Foi também discutido o andamento do projeto-piloto de segurança bancária em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. A lista das agências, onde serão instalados os equipamentos previstos, está sendo concluída e, depois, serão definidos os nomes do grupo de acompanhamento e agendada a primeira reunião de trabalho. Só a mobilização garante avanços Deixamos claro que a saúde do trabalhador e as condições de trabalho são prioritárias na campanha deste ano e que não será possível acordo se não houver uma solução para a questão das metas abusivas. O Comando espera um retorno sobre essa reivindicação na próxima rodada de negociação. As negociações sobre saúde, condições de trabalho e segurança bancária continuam nesta sexta-feira 9, às 9h30. A segunda rodada de negociação foi marcada para os dias 15 e 16, quando será tratado o tema do emprego. Mas para avançar a negociação, a ousadia, a unidade e a mobilização são fundamentais. Além da pressão contra o PL 4330 da terceirização nos próximos dias 13 e 14 em Brasília, onde é essencial a presença de dirigentes sindicais de todo Brasil, é necessário organizar desde já o dia nacional de luta, a ser realizado no dia 22, com passeatas em todo o país. Vem pra luta, bancário e bancária! Calendário de mobilização 9 - Continuidade da primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Fenaban 9 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Caixa Econômica Federal 13 e 14 - Mobilização em Brasília contra PL 4330 14 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Banco do Brasil 15 e 16 - Segunda rodada de negociação com a Fenaban sobre o tema Emprego. 22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários 22 - Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Fonte: Contraf-CUT

Começa nesta quinta-feira (8), às 10h, a primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban, em São Paulo. Estarão na mesa o bloco de reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança bancária. Os debates continuam na manhã desta sexta-feira (9). Nessa negociação serão tratadas as precárias condições de trabalho, que estão angustiando, estressando e adoecendo os bancários, muitos utilizando remédios de tarja preta, outros se afastando do trabalho e vários já perderam suas vidas. Saúde do trabalhador O diagnóstico da médica e pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, é preocupante. O sistema financeiro, que pressupõe venda de produtos com metas cada vez mais elevadas, vem causando quadros de desgaste físico e psíquico aos trabalhadores, com muito sofrimento para suas famílias, com grande ônus para o sistema de seguridade social e para a sociedade como um todo. A organização e o sentido do trabalho precisam ser repensados para que as metas abusivas e o assédio moral sejam combatidos, segundo avaliação do professor Laerte Idal Sznelwar, do Departamento de Engenharia da Produção da Escola Politécnica da USP. "O problema das metas está em como ela é definida. As metas abusivas são impostas de cima para baixo e o trabalhador que faz o contato com o cliente, que realiza a negociação, praticamente não é ouvido. A empresa em muitos casos tem uma determinada estratégia e não considera outras dimensões do trabalho revestidas de diferentes realidades. Sabemos que quando atingimos a meta, a tendência é que ela aumente", explica Laerte. Segurança bancária Além de um ambiente saudável, é preciso também segurança no trabalho, com prevenção contra assaltos e sequestros, a fim de proteger a vida das pessoas. No primeiro semestre deste ano, 30 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos, conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com apoio do Dieese. Mais do que prevenção, é necessário garantir assistência médica, psicológica e medicamentosa, bem como estabilidade ao empregado que foi vítima de assaltos, sequestros e extorsões. Bancos federais A primeira negociação da pauta específica com a Caixa Econômica Federal acontece nesta sexta-feira, dia 9, às 15h, em Brasília. Com o Banco do Brasil, a primeira rodada foi marcada para o dia 14, às 13h, também em Brasília. Em ambas, o tema inicial será igualmente saúde e condições de trabalho. Calendário de mobilização 8 e 9 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Fenaban 9 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Caixa Econômica Federal 13 e 14 - Mobilização em Brasília contra PL 4330 14 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Banco do Brasil 22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários 22 - Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora "Vem pra luta, bancário e bancária", convoca o presidente da Contraf-CUT. Fonte: Contraf-CUT

Acontece na próxima quinta e sexta-feira, dias 8 e 9, a primeira rodada de negociação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, com a Fenaban, em São Paulo. Nessa primeira etapa, será discutido o bloco de reivindicações sobre condições de trabalho, que envolve saúde do trabalhador, fim das metas abusivas e do assédio moral, e segurança bancária. A Campanha Nacional dos Bancários deste ano tem como eixos centrais reajuste de 11,93% (inflação projetada do período mais aumento real de 5%), elevação do piso salarial ao valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 2.860,21), defesa do emprego, fim da terceirização e melhores condições de trabalho. BB e Caixa O Comando Nacional também entregou as pautas de reivindicações específicas às direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A primeira rodada de negociações com o BB foi marcada para o dia 14, às 13h, em Brasília. Com a Caixa, as negociações começam na próxima sexta-feira, dia 9, às 15h, também em Brasília. Em ambas, o tema inicial será saúde e condições de trabalho. Bancos privados obtêm lucros astronômicos Os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) publicaram nos últimos dias os balanços do primeiro semestre de 2013, somando lucros de R$ 15,905 bilhões. O lucro líquido do Itaú atingiu R$ 7,055 bilhões, o segundo maior lucro semestral da história dos bancos brasileiros, só ficando atrás de outro recorde do próprio banco no ano de 2011 (R$ 7,133 bilhões). O Bradesco obteve lucro líquido de R$ 5,921 bilhões, o maior da história do banco, e o Santander apurou um lucro gerencial de R$ 2,929 bilhões. No entanto, eles continuaram demitindo milhares de bancários, praticando rotatividade para reduzir custos e eliminando juntos 5.988 empregos no semestre. Já nos últimos 12 meses os três bancos fecharam 10.254 empregos. Isso é inaceitável. Eles estão andando na contramão do emprego, uma vez que o país gerou 826.168 novos postos de trabalho no período. Vem pra luta, bancário e bancária! Esses lucros, frutos do trabalho dos bancários, estimulam ainda mais a participação nas atividades de mobilização dos bancários. Chegou a hora de ir à luta para conquistar aumento real de salário, emprego decente e distribuição de renda. Somente com ousadia, unidade e mobilização, vamos arrancar o atendimento das reivindicações da categoria. Fonte: Contraf-CUT

"Tenho colegas que entram para trabalhar as 8h da manhã e só conseguem sair às 9h da noite todos os dias. Tem muitas pessoas saindo do banco sendo demitidas ou pedindo demissão por não aguentarem mais. E, para piorar, não entra ninguém no lugar. Temos de trabalhar por três e até quatro pessoas." O relato é de um bancário que acompanhava atentamente os discursos do ato na Praça do Patriarca que lançou a Campanha Nacional 2013, nesta terça-feira 30, no centro de São Paulo. O funcionário figura entre os cerca de 9 mil trabalhadores que responderam à consulta do Sindicato para saber as prioridades deste ano e está inserido no percentual de 17,9% que responderam que usam medicamento controlado e nos 13,8% que precisaram se afastar do trabalho por motivo de doença. "Fiquei afastado por alguns meses pelo INSS por conta de problemas psicológicos que contraí devido à rotina pesada de trabalho. E hoje ainda tenho de ingerir medicamento controlado, pois não consigo me recuperar totalmente", desabafa o trabalhador. Campanha na rua É para mudar a realidade desse e de inúmeros trabalhadores da categoria em todo o país que o Sindicato levou às ruas do Centro o mote da Campanha 2013: #Vem pra luta vem! Hoje os bancários de todos os bancos sofrem com a cobrança de metas. O sufoco é tão grande que há casos de bancários que sofrem enfarte devido à pressão diária que têm de enfrentar. Nessa campanha vamos insistir que os bancos mudem essa lógica já na negociação que teremos no dia 8, para discutir saúde e condições de trabalho. Os bancários exigem menos metas para terem mais saúde. Nas ruas  Trabalhadores de vários municípios do estado e de sindicatos filiados à Fetec-CUT/SP (federação dos bancários do estado de São Paulo, filiada à CUT) percorreram as ruas 15 de Novembro, Alvares Penteado e Quitanda. No trajeto, acompanhados pelo ritmo do samba, personagens com pernas de pau e performance de malabares, os dirigentes sindicais paravam para mandar o recado à população e aos trabalhadores da categoria, enquanto era distribuído informativo contendo as principais reivindicações da categoria em agências do Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, entre outros. A manifestação também contou com representantes da Apcef-SP, Contraf-CUT, Afubesp e do ex-presidente do Sindicato e deputado estadual (PT), Luiz Cláudio Marcolino. Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo