O presidente do Santander, Jesús Zabalza, anunciou finalmente que vai receber os representantes dos trabalhadores. A carta enviada pelo banco propõe 14 de julho como data do encontro. Os dirigentes sindicais querem discutir com Zabalza as demissões e do futuro da instituição no Brasil.
O Santander demite e fecha postos de trabalho na mesma velocidade em que se destaca nas reclamações de clientes e usuários. De março de 2013 ao mesmo mês de 2014, o número total de funcionários da instituição foi reduzido em 10%, caindo de 53.484 para 48.651, mas os correntistas aumentaram de 27,3 milhões para 30 milhões de 2012 a 2013. Com isso o banco teve, em maio, o índice mais alto de reclamações de clientes junto ao Banco Central. Em 2013, foi o campeão de reclamações durante oito dos doze meses.
A conquista da reunião foi fruto de diversas manifestações por mais contratações e melhores condições de trabalho. Muitas delas aconteceram na região do Grande ABC.
Uma Jornada Internacional de Luta contra as Demissões também foi lançada. Atos de sindicatos bancários da CUT apoiados pela UNI Américas Finanças – braço sindical global que representa três milhões de trabalhadores de bancos em todo o mundo – cobraram do Santander no Brasil a reunião com Zabalza para reivindicar fim das demissões, a contratação de mais funcionários e melhores condições de trabalho.
Santander
Contraf-CUT condena terrorismo do Santander contra a economia e o Brasil
Movimento sindical bancário reunido em Atibaia reage à atitude do banco, que será denunciado à OCDE
A Contraf-CUT, que representa os sindicatos bancários cutistas, entre eles o Sindicato dos Bancários do ABC, condenou com veemência o terrorismo do Santander, que enviou neste mês de julho um texto aos seus clientes de alta renda onde afirma que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil. A notícia foi divulgada nesta sexta-feira (25) pelo blog de Fernando Rodrigues no portal UOL.A análise do banco espanhol foi impressa na última página do extrato dos clientes na categoria "Select", com renda mensal superior a R$ 10 mil. O Santander diz que se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros e o dólar vão subir e a Bolsa, cair. Nunca antes uma avaliação como essa foi feita de maneira institucional por um grande banco no País.
"Trata-se de terrorismo puro que o Santander faz não somente com os seus clientes de alta renda, mas com a economia e o povo brasileiro. Um banco estrangeiro, que veio ao Brasil e adquiriu bancos, sobretudo, na era das privatizações do governo FHC, revela um profundo desrespeito com o Brasil e os brasileiros, piorando ainda mais a sua imagem junto aos trabalhadores e à população", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
"Não permitiremos que atos terroristas de bancos, como o Santander, coloquem em risco a democracia no Brasil, que foi duramente conquistada após muita luta e sangue nos últimos 50 anos", salienta o dirigente sindical.
Para ele, "mais do que pedir desculpas aos seus clientes, o Santander tem que passar a respeitar os clientes, os bancários e o Brasil, bem como mudar a sua gestão equivocada no País, onde o banco obteve 20% do lucro mundial no primeiro trimestre deste ano, mas os trabalhadores e os clientes não são ouvidos nem valorizados".
Corte de empregos
Somente no Brasil o banco lucrou R$ 1,428 bilhão no primeiro trimestre de 2014, mas a contrapartida para os trabalhadores têm sido demissões, rotatividade e corte de empregos. O banco espanhol cortou 4.833 postos de trabalho entre março de 2013 e março deste ano no País, sendo 970 nos primeiros três meses do ano, o que é totalmente injustificável.
"O Santander também fechou dezenas de agências nos últimos meses em todo o país e liderou em oito dos 12 meses de 2013 e em cinco dos seis meses de 2014 o ranking de reclamações de clientes no Banco Central", lembra o dirigente da Contraf-CUT. "E agora, como se não bastasse, o banco vem com esse terrorismo inaceitável, mostrando que está de costas para os esforços da sociedade brasileira para aumentar o crescimento econômico e social com distribuição de renda".
Denúncia para a OCDE
Cordeiro anuncia que esse terrorismo do Santander viola as diretrizes para empresas multinacionais, estabelecidas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), da qual a Espanha é signatária. "Vamos fazer uma denúncia para a OCDE, pois é inaceitável que o banco espanhol trate assim a economia e o povo brasileiro", enfatiza o dirigente sindical.
O Santander está sendo muito criticado por delegados e delegadas da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, que foi aberta nesta sexta-feira, em Atibaia (SP). "A categoria está indignada e a resposta será o aumento da mobilização para que o banco espanhol respeite o Brasil e os brasileiros", conclui Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT
Presidente do Santander deve conversar com representantes sindicais nesta segunda, 14
Objetivo principal é discutir demissões que estão ocorrendo no banco.
UNI Global Union repercute campanha contra demissões no Santander Brasil

Sindicato promove atividade no Santander e lança campanha internacional contra demissões no banco

Liminar obriga Cabesp a mostrar documentos do reajuste do Plano Família
A juíza Maria Rita Rebello Pinho Dias, da 30ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, deferiu nesta segunda-feira, dia 9 de junho, liminar determinando que a Cabesp apresente os documentos que nortearam o aumento de 30,44% no Plano Cabesp Família, em vigor desde 1º de maio. A caixa beneficente tem prazo de 30 dias para encaminhar a resposta à Justiça.
A ação cautelar ajuizada pela Afubesp em nome de usuários do plano busca o acesso ao estudo atuarial integral, ata da diretoria que definiu o reajuste, ata do Conselho Fiscal que aprovou o aumento e atas da diretoria que determinaram as premissas para elaboração do estudo atuarial.
O despacho da juíza cita o artigo 6º do capítulo VIII do Código de Defesa do Consumidor, que estabelece que é direito básico do consumidor a facilitação de seu direito de defesa, inclusive com a inversão do ônus da prova, se necessário for.
Clique aqui para ler a íntegra do despacho judicial.
"Vislumbro existência de fundado receio de dano irreparável, uma vez que os autores necessitam ter acesso a tais documentos para que possam analisar se existem argumentos que respaldem, do ponto de vista legal, o reajuste praticado e, consequentemente, para que, em caso negativo, possam adotar as medidas judiciais cabíveis. O exercício de tal direito e faculdade deve ser o mais rápido possível, visto que os autores já estão obrigados ao pagamento das mensalidades reajustadas e, se se tornarem inadimplentes, podem ensejar a rescisão do contrato", diz a juíza.
Fonte: Afubesp