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O lucro líquido ajustado do Bradesco de R$ 5,921 bilhões no primeiro semestre de 2013, que significa um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado, é o maior da história do banco. Mesmo assim, a segunda maior instituição financeira do país fechou 2.580 postos de trabalho nos últimos 12 meses, dos quais 1.434 somente no primeiro semestre deste ano. "Não é admissível que um banco que apresenta o maior lucro da sua história ao mesmo tempo demita trabalhadores. Junto com o aumento real de salário e com o combate ao assédio moral e às metas abusivas, a conferência nacional que acabamos de realizar definiu a defesa do emprego como uma das prioridades da campanha dos bancários deste ano", diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Clique aqui para ver os principais dados do balanço, conforme análise do Dieese. No trimestre, o lucro líquido do Bradesco foi de R$ 2,9 bilhões, um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. O lucro extraordinário do Bradesco deve-se, principalmente, ao maior resultado operacional de seguros (aumento de 19,3%) e das receitas de prestação de serviços (15,0%). A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio foi de 18,8% (1,8 pontos percentuais) abaixo da rentabilidade de junho de 2012 e 0,7 ponto percentual menor que a rentabilidade no primeiro trimestre de 2013). A carteira de crédito expandida cresceu 10,3% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 402,5 bilhões (2,8% no trimestre). As operações com pessoas físicas cresceram 10,1% no mesmo período, chegando a R$ 123,6 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 279 bilhões, com elevação de 10,4% comparado a junho de 2012. Inadimplência cai, mas PDD aumenta O índice de inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,7%, com queda de 0,5 ponto percentual em relação ao 1º semestre de 2012 e 0,3 no trimestre. Por sua vez, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) atingiram um montante de R$ 7,083 bilhões, com crescimento de 1,9% em relação a junho de 2012. Na comparação entre o trimestre anterior, cresceu 0,5%. "Essa é outra contradição incompreensível. Como pode o banco aumentar a provisão para devedores, que aliás é maior que o lucro líquido, se a inadimplência está caindo? É uma maquiagem contábil que vai impactar negativamente na distribuição dos lucros", critica Carlos Cordeiro. Corte de 2.580 empregos em um ano O número total de empregados da holding em junho de 2013 foi de 101.951, com fechamento de 2.580 postos de trabalho em relação a junho de 2012 (queda de 2,5% no quadro de funcionários). Apenas no primeiro semestre de 2013, a redução foi de 1.434 postos de trabalho. Isso colaborou para que as despesas de pessoal crescessem apenas 5,5% em 12 meses, abaixo do índice de reajuste dos bancários na última campanha nacional, e para que a cobertura dessas despesas pelas receitas de prestação de serviços mais renda de tarifas passasse de 137,9% para 150,3%. Fonte: Contraf-CUT

Federações e sindicatos se reuniram com o Banco do Brasil nesta terça-feira 16 para tratar de diversas questões de interesse dos bancários. A reunião ocorreu em Brasília e durou o dia todo. Na questão da reestruturação da Dirao (Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais), foram ouvidas as justificativas do banco e após a apresentação foram reivindicadas garantias para os trabalhadores que serão atingidos pelo processo. O banco alegou que as mudanças visam segmentar e especializar as operações, bem como centralizar o back office da área. Também afirmou que trabalhará em parceria com demais unidades do banco nas bases afetadas para minimizar impactos aos funcionários. Uma das alegações da direção do banco para a reestruturação chocou as entidades sindicais. O BB alegou que está fazendo mudanças porque aumentou muito a quantidade de operações no setor nos últimos anos: passou de 500 para 1.300 operações por mês. O que era para ser "Bom Pra Todos", porque o banco está sendo cobrado pelo governo federal para que atue mais na função de servir ao país fornecendo crédito, se tornou ruim para os bancários porque o banco está aumentando a terceirização de atividade-fim da categoria, e ruim para clientese o próprio banco porque está colocando em risco serviços que são feitos pelos funcionários com muita competência. Tanto é verdade que o BB é o banco que tem a menor taxa de inadimplência do mercado bancário (em torno de 2,0 % para 3,3 % no sistema) e tem muita qualidade na questão da recuperação de crédito. Mas isso é feito com a eficiência dos bancários. No entanto, a Contraf-CUT considera a reunião com a Dirao/BB muito importante porque o que as entidades sindicais cobram com frequência aos bancos é que respeitem princípios básicos da Convenção 158 da OIT no que diz respeito a informar aos representantes dos trabalhadores processos que envolvam reestruturações para que seja possível minimizar impactos e ou achar soluções que protejam os trabalhadores. Propostas das entidades sindicais - Aumentar o número de funcionários na Dirao, em vez de aumentar a terceirização, porque o banco está alegando que a reestruturação na diretoria de ativos de crédito deve-se se a grande aumento da quantidade de operações, de 500 para 1.300 operações por mês. Não tem sentido terceirizar atividade-fim, em vez invés de contratar mais funcionários com os direitos legais da categoria. - Garantir priorização para os funcionários da própria estrutura abrangida na reestruturação para o preenchimento de vagas na nova Dirao/Gecor. - Garantir priorização para realocação daqueles bancários que perderem a função em condições similares de remuneração no próprio município/região. - Ver a possibilidade de realocar funcionários que não fiquem na nova estrutura para locais de origem familiar ou onde estavam situados antes de irem para a rede Dirao. - Garantir que os comissionados de funções extintas de 8h (novas de 6h no plano de funções) que não quiseram reduzir os salários migrem para a nova estrutura Dirao com a função de 8h. Foi compromisso do banco em 28 de janeiro garantir este direito. Resposta do BB: O banco afirmou que as pessoas poderão manter sua opção de 8h tanto se forem para outras áreas como na própria estrutura da Dirao. Informou que os funcionários têm que solicitar a manutenção de 8h para a Gepes de sua região. Demais questionamentos - está garantida a hora extra para os optantes às funções de 6h até 2014 como o banco prometeu, mesmo se a pessoa mudar de prefixo nas reestruturações? Resposta do BB: O banco afirmou que sim, pois o direito de fazer hora extra é do funcionário, independente do prefixo em que ele estiver. - como se dará a questão da redução de 100 escriturários? E os assistentes, quantos serão na Dirao? Resposta do BB: Serão 215 assessores operacionais plenos. Os escriturários terão maior facilidade de realocação e também poderão concorrer normalmente. - se as Gepes e/ou Dipes nomearem em função de 6h, de forma equivocada, alguém que optou por ficar na Dirao/Gecor com a função de 8h ou que tenha ido para outra dependência optando por ser comissionado de 8h, o bancário pode pedir a correção? Resposta do BB: Sim, pode. - haverá redução da média salarial na estrutura nova? Resposta do BB: O banco não tem esses dados. - como será a trava de dois anos para concorrências após o processo de realocação das pessoas? Resposta do BB: Onde não foi promoção, foi lateralidade, não haverá mudança de contagem de tempo. Se for como ascensão, começa nova contagem de dois anos. - quanto tempo levará a reestruturação? Resposta do BB: Não tem prazo para finalizar. São ondas, e a próxima só ocorrerá quanto finalizar a anterior. As entidades sindicais alertaram ao banco que não tire a função dos bancários que já estão em funções comissionadas a mais de 10 anos, pois a Súmula 372 do TST garante a incorporação da comissão e os sindicatos entrarão na justiça caso isso ocorra. Nova GDP A direção do banco apresentou, através da Dipes, o novo sistema de avaliação dos funcionários - a nova GDP. A mudança é a inclusão do cumprimento de metas individuais (resultados) na composição das notas da GDP. O novo sistema permitirá que os gestores definam por conta própria e de forma subjetiva, metas diferentes para funcionários de suas dependências, o que pode acarretar distorções e aumentar a prática de assédio moral nos locais de trabalho. A direção do banco alegou que os aprimoramentos foram baseados nas boas práticas do mercado, nas demandas organizacionais, na percepção dos funcionários e na literatura especializada. Afirmou que antes o acordo era formalizado só coletivamente: gestor registrava único acordo para todos integrantes da equipe e agora pode ser formalizado individual ou coletivamente, a critério do gestor. Agora serão dois parâmetros avaliados: COMPETÊNCIAS: indicar as competências a serem enfatizadas ou aprimoradas e ações de capacitação recomendadas. METAS: indicar as ações esperadas, prazos e metas individuais negociadas. Segundo o banco, quanto mais anotações houver, melhor para todos, inclusive os funcionários. Ao ser questionado pelas entidades sindicais sobre a questão de avaliações em 360º, o banco informou que a parte de competências segue em 360 graus, mas as metas "não!". Avaliação e observações das entidades sindicais Após várias críticas e questionamentos feitos pelas representações, a coordenação deixou claro que o banco vem tomando medidas unilaterais desde 2012 em relação aos parâmetros que avaliavam os funcionários e os resultados das dependências do banco. A GDP era um sistema interno do banco com caráter formativo, pois avaliava os funcionários através de competências esperadas e sugeria melhorias através de retornos e avaliações periódicas (feedbacks). A inclusão de resultados de metas na GDP descaracteriza completamente o caráter que ela tinha. Essa mudança se soma à implantação do programa Sinergia BB em 2012, que substituiu o parâmetro ATB das dependências da rede de agências. O Novo Sinergia BB também veio com a individualização das metas nas carteiras de relacionamento das agências. Não fosse a luta do funcionalismo em 2012 e o banco instituiria o pagamento de Módulo Bônus individual por resultado de carteira em dependências, destruindo um sistema de distribuição de PLR conquistado no BB desde 2003 com o advento da campanha unificada dos bancários. O Novo Sinergia BB nas agências somado à GDP baseada em cumprimento de metas individuais destrói a lógica do trabalho em equipe e aumenta a disputa interna nos locais de trabalho. Outras cobranças das entidades sindicais  - FALTAS DE GREVE COM CÓDIGO 308 - foi reivindicado ao banco novamente que sejam estornadas as faltas descontadas dos bancários no primeiro semestre devido aos dias nacionais de luta contra as mudanças unilaterais ao plano de funções comissionadas. Os problemas ainda não foram resolvidos e os funcionários querem mudanças no plano. O BB ainda não tem resposta, mas está avaliando o pleito. As faltas das lutas do segundo semestre, com as de julho, serão debatidas na campanha nacional. - IN 383 DE CONTROLE DISCIPLINAR - em relação às mudanças reivindicadas pelas entidades sindicais em 19/06, o banco afirmou que está avaliando internamente com as áreas responsáveis, mas adiantou que está buscando formas de atender aos pedidos de mudanças solicitadas pelos representantes do funcionalismo. - ACORDO MARCO UNI AMÉRICAS - a Contraf-CUT apontou dificuldades enfrentadas por entidades sindicais nos EUA para terem acesso aos trabalhadores do BB naquele país, o que contraria o Acordo Marco recém renovado. Foi pedido solução ao banco e a empresa ficou de verificar. - BB NO PARAGUAI - A Contraf-CUT também reivindicou ao banco uma agenda em conjunto com a UNI AMÉRICAS e o Sindicato dos Bancários do Banco do Brasil do Paraguai para se buscar solução sobre a renovação de acordo coletivo porque não se logrou assinatura de acordo nos últimos anos e a situação dos bancários está bem ruim, enquanto a situação do BB naquela país avançou muito nos últimos anos. - PSO - as entidades sindicais reivindicaram uma mesa específica para tratar de questões deste setor do banco, pois desde que o BB estendeu para todo o país as PSO os problemas só aumentaram. Também é necessário atualizar a redação do regulamento de delegados sindicais para que o mesmo abranja a especificidade das PSO. - CARREIRA DE MÉRITO - foi cobrado mais uma vez o cumprimento da conquista da Carreira de Mérito aos caixas que estão em mandatos sindicais ou foram dirigentes sindicais a partir de 1º/09/06. O direito dos caixas foi conquistado na campanha 2012 e até o momento alguns bancários não o receberam. Os bancários devem receber 0,5 ponto por dia de exercício de caixa. Também foi cobrado que o banco pague o mérito para os funcionários B-Zero que estão nas carreiras comissionadas porque o Mérito é pago por dia de exercício de função e não tem porque excluir nenhum trabalhador. O banco informou que vai resolver o problema e pagar o que deve aos bancários caixas executivos que estão ou estiveram em mandato de representação sindical. O pagamento será retroativo a 1º/09/12 (data da conquista do direito). Em relação aos funcionários comissionados que são B-Zero, o banco vai avaliar internamente o pagamento do Mérito. - SESMT - em relação à cobrança de preenchimento das vagas do SESMT pelos concursados, feita na mesa de 19/06, o banco informou que ainda faltam 23 vagas no país para serem ocupadas. O maior problema está nas vagas de médicos: são 16 vagas com dificuldades de preenchimento. Os concursados entram e depois saem e o processo de posse recomeça. Muitos concursados não tomam posse após a qualificação. O salário destes profissionais varia de R$ 6.235,33 a 7.898,76 para jornada de 4h. - FALTA DE FUNCIONÁRIOS - o problema é generalizado no país. Existem concursos de escriturários em aberto em várias regiões do país. O BB não está fora de seu teto autorizado pelo governo. Os próprios gestores das dependências reclamam da falta de funcionários para preencher as vagas na dotação. Para piorar a situação, ao invés de contratar, o banco cria programas de incentivo à aposentadoria (o que agrava o quadro). - SACR (Remoção automática, Cláusula 48ª, §1º do ACT/BB) - também foi cobrado que a remoção automática (SACR) funcione em todas as dependências do banco - tanto em área meio quanto na rede de agências - porque em vários locais as remoções estão travadas e não estão rodando. - REESTRUTURAÇÃO SURPRESA NO SAC - a direção do SAC em SP iniciou uma reestruturação nesta segunda-feira 15 de forma unilateral, com comissionamentos em novas funções gerenciais sem processo de seleção interna. A Contraf-CUT e o BB acabaram de sair de uma mesa de Ascensão Profissional e Comissionamento onde o que mais se discutiu foi haver transparência e regras claras de seleção de candidatos para novos comissionamentos nas "oportunidades" e reivindicou que o banco cobre isso de seus gestores. - AUSÊNCIAS PARA PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS E CONFERÊNCIAS - as entidades sindicais estão reivindicando que o banco respeite a tradição democrática conquistada há décadas de liberar os bancários que forem eleitos em suas bases para participarem desses fóruns. - BOLSA GRADUAÇÃO E PÓS - os funcionários com licença saúde e em QS-disponibilidade não puderam participar do processo. Foi reivindicado que se verifique isso e corrija o problema. - SANTA CATARINA - no processo de incorporação do Besc, o BB se comprometeu a cumprir diversas questões locais por se tratar da aquisição de um banco público estadual. As entidades sindicais questionaram se o banco está tratando da renovação deste contrato de prestação de serviços com o Estado, o contrato vence em outubro. Saúde e Previdência - PLANO DE SAÚDE SIM (BESC) - atualmente, os bancários não podem aderir ao plano de saúde do banco incorporado e nem à Cassi. Foi cobrado que o banco abra uma mesa com as entidades sindicais para apresentar proposta sobre a adesão de todos à Cassi e à Previ. - ECONOMUS - foram apontadas dificuldades que as entidades sindicais encontram em obter retorno da direção da entidade ou, ao menos, de serem atendidas pelo Economus. Nem os ofícios remetidos a ele são respondidos. - CASSI E PREVI PRA TODOS - a Contraf-CUT fez um apelo ao Banco do Brasil para que neste ano seja instalada uma mesa de solução para acabar com a discriminação aos funcionários oriundos de bancos incorporados e para que todos possam ter direito à Cassi e à Previ. Fortalecer as mobilizações para uma campanha vitoriosa A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil convoca a categoria a participar ativamente da Campanha Nacional dos Bancários 2013 e buscar com muita unidade novos direitos e a manutenção das conquistas arrancadas na luta das últimas campanhas. Fonte: Contraf-CUT

O modelo de gestão do Santander permanece desrespeitando os trabalhadores. As demissões imotivadas aumentaram no primeiro semestre, superando os números do mesmo período do ano passado. As condições de trabalho pioraram com a falta de funcionários, as metas abusivas, o assédio moral, a insegurança e o adoecimento de muitos colegas. E as práticas antissindicais e as terceirizações não param, deixando indignados os representantes dos bancários. Em vez de apostar no diálogo e na negociação coletiva, o Santander entrou em contato com a Contraf-CUT na tarde desta quarta-feira (17) para comunicar que estava adiada a reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) marcada para a próxima segunda-feira (22), às 14 horas. O banco alegou problemas de agenda e não anunciou nova data. Na reunião adiada estava prevista a discussão da pauta específica de reivindicações, aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários e entregue ao banco no dia 26 de junho, que não chegou a ser debatida na reunião do CRT no último dia 4. O novo superintendente de relações sindicais do Santander, Luiz Cláudio Xavier, que assumiu o cargo no início de maio, disse que ainda não tinha conseguido examinar todas as demandas. A pauta contém propostas de emprego, condições de trabalho, remuneração, saúde suplementar e previdência complementar, além de várias pendências de reuniões anteriores do CRT. Essa medida unilateral do banco repete a da última sexta-feira (12), quando cancelou a reunião específica para tratar das demandas dos funcionários com deficiências (PCDs), que foi igualmente agendada na reunião do CRT. Nos meses anteriores, o banco já havia suspenso as reuniões sobre o Grupo de Trabalho (GT) do Call Center e a apresentação sobre a agência Select. O banco limitou-se a agendar o Fórum de Saúde e Condições do Trabalho para a próxima quinta-feira (25), às 14 horas, bem como o GT do Call Center a ser realizado no dia 29, às 14 horas. As duas reuniões não tem local confirmado. E nada foi agendado para retomar o GT sobre o processo eleitoral do SantanderPrevi, previsto no acordo aditivo à convenção coletiva. "O Banco aposta no impasse, ao se recusar negociar eleições democráticas para eleger os representantes dos trabalhadores no Santanderprevi. Fizemos propostas concretas nesse sentido, e não tivemos nenhum retorno. Nesse ínterim as ações que promovemos correm na Justiça, onde os trabalhadores já obtiveram sentenças iniciais favoráveis", esclarece Orlando Puccetti Jr., diretor do Sindicato dos Bancários do ABC.
Nova enrolação
Trata-se de nova enrolação do movimento sindical e dos funcionários. O banco não quer negociar os problemas de emprego, condições de trabalho e remuneração, e apela a práticas antissindicais, como as recentes ações judiciais movidas contra várias entidades sindicais, além das terceirizações ilegais, como a contratação de prepostos para fazer as homologações nos sindicatos. Segundo informações da maioria dos sindicatos para a Confederação, o banco espanhol demitiu 2.604 funcionários no 1º semestre deste ano, dos quais 1.820 sem justa causa. Enquanto isso, cada diretor do banco vai receber, em média, R$ 5,6 milhões por ano, o que corresponde a 118,4 vezes o que vai ganhar um caixa no mesmo período, conforme projeções do Dieese com base no manual da assembleia de acionistas e na convenção coletiva dos bancários. Os trabalhadores, principais responsáveis pelo lucro do banco, que representa 26% do resultado global do Santander, não podem ser tratados como se fossem de segunda categoria. Esses sucessivos cancelamentos são injustificáveis. A situação nas agências é caótica. O banco, além de não parar com as demissões como temos reivindicado, fez uma reestruturação, na qual retirou os coordenadores das agências menores, classificadas como C e D. Essa função agora é exercida por caixas, gerentes. Ou seja, além de não darem conta do próprio trabalho, esses funcionários são obrigados a acumular mais essa função. Esses problemas não podem continuar e exigimos que o Santander trate o processo negocial com a mesma seriedade do movimento sindical. Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

As demissões sem freio no Santander, além de jogar trabalhadores no desemprego, cortar empregos e piorar as condições de trabalho, levaram o banco espanhol a liderar pelo quinto mês consecutivo em junho o ranking de reclamações contra os bancos com mais de um milhão de clientes no Banco Central. O Santander teve 557 reclamações procedentes e contava com 23,1 milhão clientes sob as garantias do FGC. Com isso, seu índice fechou junho em 2,41. O banco desligou 2.604 funcionários no primeiro semestre deste ano, dos quais 1.820 foram demissões sem justa causa, segundo informações da maioria dos sindicatos filiados à Contraf-CUT. Segundo o Dieese, esse número supera as dispensas ocorridas no mesmo período do ano passado, conforme dados do Caged, que apurou 2.449 demissões, sendo 1.175 sem justa causa. Esse pentacampeonato do Santander é fruto do enorme descaso com o emprego, pois a falta de funcionários nas agências é alarmante e nenhuma providência vem sendo tomada para mudar essa situação. Por isso, o aumento das reclamações não surpreende. As propostas de fim das demissões e da rotatividade, mais contratações e melhores condições de trabalho, serão reforçadas na próxima negociação com o banco, que ocorre na segunda-feira (22), durante o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), em São Paulo. Em segundo lugar no ranking de reclamações está o conglomerado Itaú Unibanco, com índice de 1,47 - foram 383 reclamações para 25,9 milhões de clientes. Em terceiro lugar, aparece o Banco do Brasil, com índice de 1,24. O banco estatal teve 433 reclamações divididas entre 34,6 milhões de clientes. A Caixa Econômica Federal vem na sequência, com índice de 0,95 --foram computadas 509 reclamações para um universo de 53,2 milhões de correntistas. Encerrando o "top five" está o Banrisul, que mostrou índice de 0,78. Foram 18 reclamações para 2,3 milhões de clientes. No ranking sobre o tipo de reclamações, os débitos não autorizados lideram a lista, com 413 ocorrências. Nesse caso, o Santander também é líder, acumulando 114 dessas reclamações, seguido pela Caixa (97) e BB (88). O segundo maior número de reclamações foi quanto a prestação irregular de conta-salário, com 311 queixas. A cobrança de tarifas irregulares, por serviço não contratado, teve 170 ocorrências. Depois de registrar uma diminuição entre abril e maio, o número de reclamações contra os bancos voltou a subir no mês passado. De acordo com levantamento do BC, foram registadas 2.406 reclamações procedentes, um aumento de 1,9% em comparação com as 2.361 registradas em maio. Bancos de médio porte Entre os bancos com menos de um milhão de clientes, o Bonsucesso lidera o ranking de reclamações desde fevereiro e também é pentacampeão. No mês passado, o índice da instituição ficou em 6.382. Na sequência aparecem o BMG, BNP Paribas, J.Malucelli e PanAmericano. Entre as administradoras de consórcio, o BC computou 26 reclamações no mês passado, ante 19 em maio. A principal reclamação envolve o descumprimento de prazos. Fonte: Contraf-CUT com UOL

Federações e sindicatos se reúnem nesta terça-feira (16) com a direção do Banco do Brasil, em Brasília, para discutir dois temas graves e relevantes para o conjunto do funcionalismo: a reestruturação da Dirao/Gerat, que está atingindo centenas de bancários, e a nova GDP, que segundo boletim interno com entrevista do vice-presidente e do diretor da Dipes passa a incluir o resultado de metas individuais na avaliação de desempenho, mudando completamente a lógica que vigorava até então. As entidades sindicais vão cobrar explicações e questionar as mudanças. Desafios O funcionalismo deve se preparar para a maior mobilização dos últimos anos pelo conjunto de ataques que vem sofrendo por parte dessa direção do banco. Primeiro foi o novo plano de funções alterando unilateralmente o direito e a remuneração dos bancários. Depois as seguidas reestruturações prejudicando milhares de funcionários com aumento da terceirização, como a recente mudança na Dirao. O banco mexeu nas regras da PLR módulo bônus em 2012 também de forma unilateral, mudando na rede o modelo ATB para o Sinergia, que não respeita minimamente acordos de trabalho mensuráveis semestralmente para as dependências do banco. E agora estabelece uma avaliação de desempenho baseada em cumprimento de metas individuais e abre perspectivas para o aumento do descomissionamento para o maior segmento de funcionários com funções, pois hoje temos cerca de 60 mil bancários que ficarão à mercê de seus gestores imediatos. Espera-se muito envolvimento do conjunto do funcionalismo na campanha deste ano porque o banco segue piorando as condições de trabalho e desrespeitando o funcionalismo, que deveria ser tratado com o respeito que merece por lutar diariamente para ajudar o povo brasileiro como um banco público e não consegue devido às ordens e diretrizes que vêm da direção geral. Fonte: Contraf-CUT

Federações e sindicatos obtiveram na sexta-feira (12), em rodada das negociações permanentes, assessorados pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), em Brasília, o compromisso da empresa de apresentar posicionamento a respeito de uma série de reivindicações ainda pendentes de respostas. Os assuntos vão desde condições de trabalho até questões de interesse dos aposentados. As respostas deverão ser encaminhadas pela Caixa à Contraf-CUT antes da próxima rodada de negociações, quando já será colocada sobre a mesa a pauta de reivindicações específicas dos empregados para a Campanha Nacional dos Bancários de 2013. Aposentados As discussões foram abertas com a apresentação dos pleitos dos aposentados por Décio de Carvalho, presidente da Fenacef e representante do segmento na CEE/Caixa. Foram cobradas soluções para os problemas relacionados ao PMPP, plano que conta ainda com 846 participantes da Funcef, e também a inclusão no Saúde Caixa de 4.765 aposentados por PADV, como tem sido assegurado nos PAAs. Décio ressaltou que os participantes do PMPP, todos já acima de 80 anos de idade, estão há quase duas décadas com seus proventos praticamente congelados, sofrendo sérias dificuldades por conta do descaso com que foram tratados ao longo dos anos. Ele frisou ainda que a falta de assistência pelo Saúde Caixa compromete seriamente também as condições de vida dos aposentados por PADV, uma vez que não conseguem arcar com plano de saúde oferecido pelo mercado. O dirigente da Fenacef cobrou da empresa informes permanentes sobre o andamento da questão dos excluídos do Saúde Caixa. A empresa disse que ouvirá a área técnica sobre as implicações e possíveis soluções e dará os informes a cada rodada das negociações permanentes. Décio lembrou que os desassistidos representam apenas 3,6% dos 130.046 usuários do plano. Condições de trabalho O tema condições de trabalho envolveu questões relacionadas aos tesoureiros, compensação de horas extras, ranqueamento de empregados, assédio moral/descomissionamento, login único e trabalho aos sábados. Tesoureiros  Os representantes dos empregados ressaltaram os problemas enfrentados pelo chamado tesoureiro solitário (único na unidade), a começar pelo não-recebimento de horas extras, sem que, em muitos casos, sequer ocorra compensação, já que não há substituto. A Caixa foi lembrada do fato de ela já ter se comprometido em tomar providência para acabar com a figura do tesoureiro solitário com a contratação de um segundo, mas que a medida acabou sendo descaracteriza pela lotação dos contratados em agências que foram abertas. A CEE-Caixa condenou ainda o fato de o Termo de Verificação de Ambiência (TVA) ter passado a fazer parte das atribuições dos tesoureiros. Compensação  A compensação de horas trabalhadas foi caracterizada pelas representações dos empregados como prática em desacordo com o previsto no acordo coletivo. Além de se dar de forma cada vez mais ostensiva, não há sequer o aviso de cinco dias de antecedência, conforme exige o acordo. A compensação só deveria ocorrer em comum acordo, mas raramente o empregado é consultado. Ranqueamento A denúncia é também de desrespeito ao acordo coletivo, que não permite o raqueamento de empregados nas unidades. Há registros do uso de mecanismos de disfarce, como no caso de campanhas de premiações e da formação de "galeria de notáveis" da unidade. Assédio moral/descomissionamento  A retirada de comissão passou a ameaçar até mesmo os caixas executivos, uma função para a qual a Caixa sempre teve dificuldade para atrair interessados. Os representantes dos empregados reafirmaram o entendimento de que a retirada de comissão por exclusiva iniciativa do gestor implica dar vez à pratica de assédio moral, tendo por consequência a tensão e o medo entre os empregados. A CEE/Caixa cobrou da empresa a revisão de seu posicionamento em relação a critérios que evitem decisões unilaterais por parte dos gestores. Trabalho aos sábados  Os representantes dos bancários condenaram a convocação de empregados para trabalhar aos sábados sem comunicação aos sindicatos e cobraram o controle de jornada dos gestores para pagamento integral das horas extras realizadas durantes feirões e outras atividades para as quais sejam convocados. Login único  A Caixa foi alertada para o fato de haver locais em que não está sendo possível marcar o ponto, pelo fato de não aparecer no sistema o relógio de registro. A empresa ficou de verificar o problema e assegurou que será cumprido o cronograma de implantação da Estação Única, que vai até o dia 31 de agosto. Fonte: Contraf-CUT com Fenae

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