Área restrita

A Contraf-CUT enviou ofício à direção do Itaú na sexta-feira 7 solicitando reunião urgente para discutir a implementação do novo modelo de "agências de negócios", onde trabalham bancários, funcionam caixas eletrônicos, mas não existem vigilantes nem equipamentos de segurança.

Segundo a Contraf/CUT já há conhecimento de que algumas dessas agências, inclusive localizadas em shopping, foram assaltadas, trazendo medo e insegurança para funcionários e clientes do banco, o que é bastante preocupante.

Na quinta-feira 6, a Contraf-CUT denunciou essa iniciativa do Itaú ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal, solicitando que tomem providências "para fiscalizar essas agências e fazer com que o banco adote procedimentos de segurança para proteger a vida das pessoas".

Os bancários estão trabalhando em estabelecimentos completamente inseguros, colocando diariamente em risco as suas vidas. Esse modelo vulnerável de agências descumpre a lei federal nº 7.102/83, na medida em que há movimentação de numerário diante da existência de caixas eletrônicos, onde ocorrem operações de abastecimento e saques em dinheiro.

Para a Confederação, a instalação da porta de segurança e a presença de vigilantes são hoje indispensáveis para trazer segurança aos bancários e clientes. "É inadmissível que um banco, que apresentou lucro recorde de R$ 15,8 bilhões em 2013, coloque em risco a vida de trabalhadores e clientes", denuncia a Contraf-CUT no ofício.

Veja aqui o documento enviado pela Contraf-CUT ao Ministério da Justiça. Fonte: Contraf/CUT

A reestruturação do Banco Mercantil do Brasil que estava em curso e que foi responsável pelo fechamento de algumas agências, mudança de perfil de outras e a demissão de bancários por todo o país, foi cancelada graças a força e mobilização dos trabalhadores. Essa informação foi dada pelo banco na segunda-feira, dia 3, em reunião realizada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais.

Durante a reunião, os dirigentes sindicais cobraram transparência da direção do Mercantil em relação à situação de seus funcionários e mais respeito para com os milhares de correntistas prejudicados pelo encerramento das atividades nas agências atingidas pela reestruturação.

Apesar de ter anunciado o fim da reestruturação, o Mercantil alegou que ainda será necessário o fechamento das agências Carioca e Cinelândia, no Rio de Janeiro. O banco garantiu que não realizará demissão em massa e que seu objetivo agora é ampliar o número de agências, principalmente as de uso exclusivo para beneficiários do INSS.

No entanto, segundo os trabalhadores, o anúncio do banco ainda não traz tranquilidade aos bancários e clientes da instituição, pois ainda se espera outras atitudes do Mercantil do Brasil, como mais contratações e mais transparência nas relações com os trabalhadores e sindicatos, com o fim de projetos mirabolantes que tanto aterrorizam clientes e funcionários.

A pressão dos trabalhadores, sindicatos e da Contraf-CUT foram fundamentais para o recuo do banco em relação ao processo de reestruturação e demissão em massa, mas os funcionários devem continuar mobilizados e atentos em relação à extrapolação da jornada de trabalho e à cobrança por metas absurdas devido à redução de funcionários nas dependências atingidas.

bradesco_diadema

Nesta quinta-feira, 06, os diretores do Sindicato estiveram presentes na agência do Bradesco no Centro de Diadema para conversarem com os bancários sobre as condições de trabalho e as recentes conquistas dos trabalhadores.

Na ocasião foram detalhadas duas das recentes conquistas da categoria, o vale-cultura e o abono assiduidade. “Os bancários têm que saber que essas conquistas são fruto da luta e organização dos trabalhadores e, que se não fosse essa união e garra dos bancários”, não haveria esses benefícios”, disse Genilson Ferreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

O abono assiduidade representa um dia de ausência remunerada para o bancário que não tenha nenhuma falta injustificada entre setembro de 2012 e agosto de 2013, no entanto, alguns gestores estão criando dificuldades na concessão deste benefício. “Os bancos assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho, portanto eles têm que manter os direitos conquistados, mas é preciso também, que o trabalhador se aproprie dos seus direitos e denunciem quando o mesmo não é respeitado”, disse Gheorge Vitti, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

Outro assunto abordado foi a Cláusula do Assédio Moral, também conquista da categoria. A diretora da FetecCUT/SP, Malu, falou sobre a importância do bancário utilizar o canal de denúncia do Sindicato. “Há funcionários que estão sofrendo de depressão devido ao Assédio Moral. Não podemos nos calar diante dessa situação e, por isso, é preciso denunciar ao Sindicato para que seja apurado. O nome do denunciante é mantido em sigilo durante a apuração”, explica Malu, que também é funcionária do Bradesco.

Estiveram presentes também nessa reunião os diretores do Sindicato e funcionários do Bradesco, Elson Siraque e Yasuki Niiuchi.

O Itaú anunciou nesta terça-feira 4 lucro líquido recorrente de R$ 15,836 bilhões em 2013, o maior resultado da história do sistema financeiro nacional, que representa crescimento de 12,8% em relação ao ano anterior. A lucratividade (lucro líquido sobre patrimônio líquido) foi de 20,7%, o dobro da média do sistema financeiro mundial. Apesar disso, o Itaú fechou 2.734 postos de trabalho em 2013, quando a economia brasileira gerou 1,1 milhão de novos empregos com carteira assinada.

Esse resultado, somado com o do Bradesco e do Santander, mostra que os três maiores bancos privados que operam no país lucraram R$ 34 bilhões e fecharam 10.001 postos de trabalho em 2013.

"Esse tipo de comportamento não pode mais ser tolerado pela sociedade brasileira. Os bancos são os mais rentáveis de toda a economia brasileira e de todo o sistema financeiro internacional. E dentre os bancos, o Itaú é um dos que tem a maior rentabilidade. Fechar postos de trabalho nesse cenário amplamente favorável é boicotar o desenvolvimento econômico e social do país e jogar contra o país", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

O principal desafio dos bancários em 2014 é lutar contra as demissões, por mais contratações e pelo fim da rotatividade e das terceirizações, como forma de proteger e ampliar o emprego.

Para o presidente da Contraf-CUT, além do fechamento de postos de trabalho, há outros fatos a indicar que o Itaú joga contra o desenvolvimento econômico e social do país, entre os quais o de liderar a campanha de terrorismo econômico para forçar o Banco Central a elevar a taxa Selic e impor a agenda neoliberal ao governo federal.

Os mais recentes exemplos vêm do economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn. Além de defender, em artigos de jornais, que o governo tome medidas de austeridade para provocar demissões e reduzir a massa salarial, durante o recém-concluído Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, disse ao jornal Financial Times que o Brasil não tem uma economia estável e sustentável. "É essa economia instável que permite aos seus patrões embolsarem R$ 15,8 bilhões esfolando a população com os mais altos juros e spread do mundo?", questiona Cordeiro.

O balanço

O lucro recorde do Itaú em 2013 foi consolidado pelo resultado do quarto trimestre do ano, que atingiu 4,646 bilhões, aumento de 16,4% em relação ao terceiro trimestre e de 33,05% sobre igual período de 2012. Se a rentabilidade no ano todo ficou em 20,7%, com alta de 2,3 pontos percentuais, no trimestre chegou a 23,7%, segundo análise do Dieese sobre o balanço.

Tomando-se isoladamente os últimos três meses de 2013, a evolução do estoque de emprego foi positivo, com criação de 149 postos de trabalho. No consolidado do ano, porém, o banco fechou 2.734 vagas.

A carteira de crédito atingiu R$ 509,9 bilhões, com crescimento de 13,5% no ano e 6,0% no quarto trimestre. No segmento de pessoa física, o crescimento foi de 12,2% no ano, totalizando R$ 168,7 bilhões, com destaque para o crédito consignado (alta de 66,6%), o crédito imobiliário (+34,1%) e o cartão de crédito (+33,5%). Já no crédito para pessoa jurídica, que atingiu R$ 275,6 bilhões, houve um crescimento de 11,6% no ano, com destaque para as grandes empresas (20,4%).

Cai a inadimplência

O resultado foi impactado pelo crescimento das receitas de prestação de serviço e tarifas e, em especial, pela redução das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa, manobra contábil que em anos anteriores permitiu aos bancos maquiar os balanços e reduzir a PLR dos bancários.

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou recuo de 1,1 ponto percentual, fechando 2013 em 3,7%, o menor nível histórico desde a fusão entre Itaú e Unibanco, em novembro de 2008. No trimestre, esse índice caiu 0,2 ponto percentual. As despesas de provisão para devedores duvidosos sofreram uma significativa redução de 30,5% em relação a 2012, totalizando R$ 13,5 bilhões.

As despesas de pessoal cresceram 9,3%, totalizando R$ 15,3 bilhões, enquanto as receitas de prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 18,5%, atingindo R$ 24,1 bilhões. Com isso, o banco cobre as despesas de pessoal com essas receitas secundárias, com um excedente equivalente a 57% dessas despesas (em 2012, esse excedente foi de 44,8%).

Veja aqui os principais dados do balanço analisados pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

MovfimentoSaude

A Chapa 1 "Movimento pela Saúde", apoiada pelo Sindicato, venceu a eleição para o Conselho de Usuários do Saúde Caixa com 42,97% dos votos válidos. O resultado foi proclamado nesta terça-feira 4, em Brasília (DF). Todo o processo de apuração dos votos foi feito eletronicamente.

A Chapa 4, "Novo Rumo Saúde Caixa", ficou em segundo lugar com 19,22% do total de votantes, seguida pelas outras concorrentes: 17,12% (Chapa 5 - "Saúde Caixa - Nosso Bem-Estar"); 11,10% (Chapa 2 - "Saúde Caixa Padrão Fifa"); e 9,59% (Chapa 3 - "Levando Saúde para Todo o Brasil").

A chapa "Movimento pela Saúde", também apoiada pela Contraf, Fenae e pela maioria dos sindicatos e federações de bancários, é formada pelos seguintes membros: titulares (Adeir José da Silva/MG (aposentado), Alexandro Tadeu do Livramento/SP, Ivanilde Moreira de Miranda/SP, Paulo Roberto Borges de Lima/CE e Vanessa Sobreira Pereira/DF) e suplentes (Álvaro Roberto de Figueiró Murce/RJ (aposentado), Antônio Abdan Teixeira Silva/DF, Ivoneide Gomes Brandão/PE, Lilian Minchin/SP e Tiago Vasconcelos Pedroso/RS).

Para Jair Pedro Ferreira, vice-presidente da Fenae, a eleição para o Conselho de Usuários é um momento importante para debater melhorias no Saúde Caixa. Ele atribui a vitória da Chapa 1 ao trabalho que já vinha sendo realizado por outros colegas, manifestando preocupação com o número de eleitores: dos mais de 100 mil empregados (aposentados e pensionistas) aptos a votar, apenas 15.001 votaram.

Jair Ferreira considera necessário ampliar a participação com mais debate sobre a importância do Conselho de Usuários. "Precisamos ter mais proximidade e os usuários devem ser conscientizados de que sem a participação deles não vamos conseguir um plano de saúde melhor", acrescenta.

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

O Bradesco informou nesta terça-feira (4) à Contraf-CUT que vai pagar a segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na próxima sexta-feira (7). O banco obteve lucro líquido de R$ 12,2 bilhões em 2013, o que representa um crescimento de 5,9% em relação a 2012.

Conforme a convenção coletiva dos bancários, o Bradesco deverá creditar a segunda parcela da regra básica e da parcela adicional da PLR. Os valores ainda não foram divulgados pelo banco.

A regra básica da PLR estabelece 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694, limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), com teto de R$ 19.825,86.

Haverá dedução do pagamento da antecipação da regra básica, que foi de 54% do salário mais o valor fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49.

Já a parcela adicional corresponde à distribuição de 2,2% do lucro de forma linear entre os funcionários, limitado a R$ 3.388. Também será descontado o valor da primeira parcela, que foi de R$ 1.694.

A melhoria da PLR foi uma das conquistas da Campanha Nacional 2013, fruto da ousadia, unidade e mobilização dos bancários.

Fonte: Contraf-CUT

Mais Artigos...