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Apesar de apresentarem conjuntamente um lucro líquido de R$ 17,9 bilhões, Bradesco e Santander fecharam 7.267 postos de trabalho em 2013, andando mais uma vez na contramão da economia brasileira, que no ano passado gerou 1,1 milhão de novos empregos com carteira assinada.

Conforme análise do Dieese, o Bradesco lucrou R$ 12,2 bilhões, mas cortou 2.896 vagas. Apenas no último trimestre do ano passado, o banco fechou 921 postos de trabalho.

E o Santander Brasil, que gerou lucro de R$ 5,7 bilhões (23% do resultado mundial do banco espanhol), eliminou 4.371 postos de trabalho. Houve extinção de 957 vagas apenas no quarto trimestre.

Foram os dois primeiros bancos a publicarem os balanços de 2013. O próximo será o Itaú na terça-feira (4).

Bradesco

O lucro líquido ajustado do Bradesco (que desconsidera resultados não correntes ou extraordinários) de R$ 12,2 bilhões representa um crescimento de 5,9% em relação a 2012. Com esse resultado, a rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido) ficou em 18%.

Veja aqui os principais dados do balanço do Bradesco.

A carteira de crédito expandida atingiu R$ 427,3 bilhões, com crescimento de 10,8% em doze meses no ano. No segmento de pessoa física, o crescimento foi de 11,2% em um ano, totalizando R$ 130,8 bilhões, com destaque para a modalidade de crédito imobiliário e o consignado.

Já no crédito para pessoa jurídica, que atingiu R$ 296,5 bilhões, houve um crescimento de 10,6%, com destaque ao financiamento à exportação e ao financiamento imobiliário.

O índice de inadimplência superior a 90 dias diminuiu 0,6 pontos percentuais em 2013, atingindo 3,5% em dezembro de 2013. As despesas de provisão para devedores duvidosos sofreram uma redução de 3,3% em relação a 2012, chegando a R$ 13,5 bilhões.

As despesas de pessoal cresceram 7,2%, totalizando R$ 13,0 bilhões, enquanto as receitas de prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 14,0%, atingindo R$ 19,5 bilhões. Com isso, o banco cobre as despesas de pessoal com essas receitas, com um excedente equivalente a 49% (em 2012, esse excedente foi equivalente a 40,1%).

Santander

Já o Santander apresentou lucro líquido gerencial (que desconsidera a despesa de amortização de ágio referente à compra do Banco Real) de R$ 5,744 bilhões, o que representa queda de 9,7% em relação a 2012. Comparado ao lucro do terceiro trimestre de 2013, o resultado do quarto semestre cresceu 0,2%. Com esse resultado, o retorno sobre o patrimônio líquido ficou em 11%, com redução de 2,9 pontos percentuais.

Veja aqui os principais dados do balanço do Santander.

A carteira de crédito ampliada do banco espanhol atingiu R$ 279,812 bilhões, com crescimento de 9,3% em doze meses e 2,6% no quarto trimestre. No segmento de pessoa física, o crescimento foi de 5,9% em 2013, totalizando R$ 75,5 bilhões, com destaque para o crédito imobiliário, que cresceu quase 33%.

No crédito para pessoa jurídica, que atingiu R$ 114,1 bilhões, caiu a concessão de crédito para pequenas e médias empresas (-7,6%) e houve crescimento do segmento de grandes empresas (19,3%), em relação a 2012.

O índice de inadimplência superior a 90 dias diminuiu 1,8 pontos percentuais em 2013, atingindo 3,7% em dezembro. Comparada ao terceiro trimestre de 2013, a inadimplência caiu 0,8 pontos percentuais. As despesas de provisão para devedores duvidosos sofreram uma redução de 4,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 14,3 bilhões.

As despesas de pessoal apresentaram queda de 4,5%, chegando a R$ 14,3 bilhões, enquanto as receitas de prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 10,3%. Com isso, o Santander cobre as despesas de pessoal com essas receitas, tendo ainda um excedente de praticamente 70% (em 2012, esse excedente foi de 53,2%).

Já o resultado global do Santander atingiu 4,37 bilhões de euros, com queda de 18,5% em relação a 2012. O resultado brasileiro representou 23% dos 47% do lucro obtido na América Latina. A Europa contribuiu com 43% do resultado - apenas 7% da Espanha, contra 17% do Reino Unido - e os Estados Unidos, 10%.

Fonte: Contraf-CUT

Processo foi encerrado em dezembro, mas banco ainda depende de aprovação da Casa Civil

A Caixa Econômica Federal ainda não tem definida a data de posse de Fernando Neiva (titular) e Maria Rita Serrano (suplente) como representantes dos empregados no Conselho de Administração do banco. Eles foram eleitos em dezembro, mas, como a Caixa não efetuou a tempo os trâmites necessários para mudança estatutária, ainda depende de aprovação da Casa Civil.

A participação dos trabalhadores no Conselho de Administração de Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista foi sancionada na lei nº 12.353 em dezembro de 2010, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e regulamentada pela presidenta Dilma Rousseff em março de 2011. É uma conquista histórica e importante da categoria, que resulta da luta das entidades associativas e sindicais de todo o País, e precisa ser devidamente respeitada. Afinal, a escolha de Fernando Neiva e Rita Serrano para atuar no CA representa a busca permanente pela valorização dos empregados. Ambos receberam 13.706 votos, 55,85% do total.

A Fenae e outras entidades do movimento dos empregados cobram, portanto, a imediata posse dos novos conselheiros, cabendo à Caixa oferecer-lhes estrutura adequada ao cumprimento do mandato, cujo processo democrático consolida essa conquista dos trabalhadores. Esse processo foi encerrado em 6 de dezembro do ano passado e, desde então, o silêncio da empresa vem causando prejuízo aos empregados, pois suas demandas precisam ser atendidas adequadamente. A conduta do banco tem causado indignação, já que macula todo o processo de escolha de novos conselheiros, que certamente foi realizado de forma democrática.

A garantia da posse imediata, em respeito à democracia e aos trabalhadores da Caixa, permitirá que Fernando Neiva e Rita Serrano possam dar cumprimento aos compromissos de sua plataforma eleitoral: valorização dos empregados, transparência na fixação de diretrizes para a atuação da Caixa e fiscalização rigorosa dos atos da administração.

O lucro do Santander Brasil caiu 9,7% em 2013, para R$ 5,7 bilhões, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (30). Em 2012, o banco já tinha registrado queda de 5% no lucro em relação ao ano anterior, com lucro líquido de R$ 6,329 bilhões.

Somente no quarto trimestre, o lucro totalizou R$ 1,4 bilhão, crescimento de 0,2% na comparação com os três meses anteriores. Em relação ao quarto trimestre de 2013, houve queda de 12,3%.

Os dados da filial brasileira do banco espanhol saíram no mesmo dia em que as do Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil. O Bradesco registrou alta de 5,5% no lucro líquido em 2013, para R$ 12,011 bilhões.

No mundo, Santander quase dobra o lucro puxado por América Latina.  No mundo todo, o Grupo Santander quase dobrou seu lucro em 2013: chegou a 4,37 bilhões de euros, alta de 90,5% em relação a 2012.

O Santander tem insistido desde o início da crise global em seu desenvolvimento internacional. Em 2013, obteve quase metade do lucro, 47%, na América Latina, incluindo 23% do Brasil.

A Europa representou 43% do lucro - apenas 7% da Espanha, contra 17% do Reino Unido - e os Estados Unidos, 10%.

"Após vários anos de fortalecimento de balanço e capital, o Banco Santander inicia uma etapa de forte crescimento do lucro nos próximos exercícios", afirmou o presidente do grupo, Emilio Botín, em comunicado.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco anunciou na manhã desta quinta-feira (30) que fechou o ano de 2013 com lucro líquido ajustado de R$ 12,202 bilhões. O valor é 5,9% maior do que o apresentado em 2012, de R$ 11,523 bilhões.

Só no quarto trimestre, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 3,079 bilhões, um crescimento de 6,4% sobre o mesmo período de 2012. No primeiro semestre, o Bradesco registrou lucro líquido de R$ 5,86 bilhões, o maior da história do banco para o período.

Em sua nota de divulgação, o banco explicou que o lucro foi calculado de uma forma diferente no quarto trimestre. Em novembro do ano passado, o Bradesco aderiu ao programa de refinanciamento de dívidas do governo federal, o Refis.

Isso foi considerado um evento "extraordinário" e descontado do resultado final. Por isso foi divulgado o lucro líquido ajustado, ao invés do cálculo simples, que seria o lucro contábil, que fechou em R$ 12,011 bilhões no ano.

Em 31 de dezembro de 2013, o valor de mercado do Bradesco era de R$ 128,085 bilhões. A carteira de crédito do banco totalizava R$ 427,273 bilhões, uma alta de 10,8% em relação a 2012.

Foram distribuídos aos acionistas, ao longo do ano, R$ 4,078 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias recuou 0,6 ponto percentual em 2013 e fechou o ano em 3,5%.

Análise do Dieese

Ao longo do dia, o Dieese fará a análise dos dados do balanço, sobretudo os números do emprego, cujo resultado será divulgado até o início da noite pela Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Valores foram bloqueados com a extinção da Fundação Francisco Conde; encontro começa às 18h30.  Será realizada no próximo 30 de janeiro, às 18h30, assembleia para deliberar sobre o pagamento de valores a ex-funcionários do BCN (incorporado pelo Bradesco) que participavam do Instituto Assistencial BCN. O dinheiro foi bloqueado na extinção da Fundação Francisco Conde (FCC), e esta é a segunda e última parcela a ser paga. Estão contemplados os bancários admitidos até abril de 1993 e que permaneceram como participantes do Instituto até maio de 1999. A assembleia acontecerá no Centro de Formação do Sindicato, à rua Xavier de Toledo 268, Centro, e a participação é aberta a sócios e não sócios da entidade. Além de avaliar a proposta do banco para o pagamento, serão definidos os critérios que para a distribuição dos valores a cada participante e discutida a autorização para que a diretoria do Sindicato efetue desconto de 10% sobre o valor a ser recebido por cada beneficiário, a título de ressarcimento pelos serviços prestados. O Sindicato já encaminhou cartas e e-mails para informar sobre a assembleia, além de divulgar em sua rede social. E solicita ainda a cada bancário que atuava no BCN no período que também entre em contato com colegas que participavam do Instituto, já que o encontro interessa a todos e será decisivo.

Após cobrança do movimento sindical para todos os bancos, a direção do Santander confirmou que antecipará o pagamento da segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para dia 20 de fevereiro.

De acordo com a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), a data limite para o pagamento é 3 de março.

O Santander é o segundo banco a anunciar a antecipação. O primeiro foi o Citibank, que paga em 3 de fevereiro.

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