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Decisão foi uma das resoluções do 33º Conecef, que ainda definiu o apoio à campanha da Fenae “Contencioso: essa dívida é da Caixa”

conecefDiretas já! Este foi o principal consenso do 33° Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), que terminou neste domingo (2), no hotel Holiday Inn, em São Paulo. Entre dezenas de resoluções, os 316 delegados, 165 homens e 151 mulheres, aprovaram a organização da luta pela saída do presidente ilegítimo Michel Temer e pela convocação de eleições diretas.

Para o coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), Dionísio Reis, o Congresso foi marcado mais uma vez por um amplo processo de discussão e unidade. “Tivemos a participação de mais de 600 trabalhadores, se considerarmos as assembleias, encontros estaduais e o próprio Congresso. Os trabalhadores saem fortalecidos para a luta pelos seus direitos”, ressaltou.

A defesa da Caixa 100% pública e o fortalecimento do papel social do banco marcaram as discussões do Conecef deste ano, que teve como lema “Resistência e Luta! Em defesa da Caixa e por Nenhum Direito a Menos!”.  A mobilização é para que a Caixa permaneça 100% pública e para que se mantenha e se fortaleça como banco social, continuando a atuar como grande responsável por políticas públicas de transferência de renda e de habitação e moradia.

Funcef No documento aprovado durante o Conecef, os delegados e as delegadas deliberaram pela aprovação da campanha da Fenae "Contencioso: essa dívida é da Caixa", lançada no dia 7 de junho deste ano, que tem como primeiro objetivo chamar a atenção do empregado sobre os riscos que corre a Funcef, caso a Caixa não salde essa dívida.

“Vamos implementar a campanha em todas as nossas bases, levando aos empregados da Caixa a mensagem e conclamando todos a se juntarem nessa luta”, destacam os delegados e as delegadas do 33º Conecef.  No documento, constam ainda outros encaminhamentos relacionados à gestão da Funcef, como a garantia de eleições diretas com regras democráticas e democratização da gestão.

Ressaltam ainda que a situação da Fundação é cada vez mais grave: “Contencioso, déficit, equacionamento, falta de transparência e de democracia ameaçam a sustentabilidade da Fundação”.

Resoluções Condições dignas de trabalho e retomada das contratações, intensificar a mobilização contra o processo de reestruturação, o não à verticalização e o assédio moral e sexual são alguns dos pontos apontados durante o Conecef.

Outros pontos são a prevenção de doenças do trabalho e definição de políticas de saúde mental; realização de campanha permanente pelo cumprimento da jornada de trabalho e pelo correto registro das horas trabalhadas; manutenção do modelo de custeio do Saúde Caixa (70% para Caixa e 30% para os usuários) sem a inclusão de teto de contribuição do banco; defesa da democratização da Funcef; luta pelo fim do voto de Minerva e intensificar a luta contra o PLP 268/2016, que reduz a representação dos empregados na Fundação; cobrar responsabilidade da Caixa com o contencioso judicial; não à verticalização; fim dos descomissionamentos arbitrários; luta pelo não fatiamento da Caixa e pela manutenção da gestão pública do FGTS no banco.

Moção As correntes políticas presentes ao Congresso Nacional assinaram moção em defesa dos bancos públicos e do Estado Brasileiro e pela convocação de eleições diretas: “Os delegados e as delegadas defendem o fortalecimento da Caixa pública para a retomada do crescimento do país, a geração de emprego e da renda”. O documento também cita a retomada do papel do banco de financiador das políticas públicas de Estado. Repudia o desmonte do estado e dos bancos públicos e as propostas de contra-reformas do governo Temer.

Homenagem O 33º Conecef homenageou Rebecca Costa Serravalle. Empregada da Caixa e advogada, Rebecca foi a primeira diretora do Departamento da Mulher do Sindicato dos Bancários da Bahia, onde deixou um legado de luta e atuação, tornando a questão de gênero forte entre as bancárias na APCEF, foi diretora Administrativa e Jurídica e membro da Executiva dos Empregados da Caixa onde sempre foi destaque na luta.

Definida pelos amigos como uma mulher incrível e guerreira incansável, liderou diversas lutas em defesa dos direitos da mulher. Trabalhou também como advogada de entidades de trabalhadores e trabalhadoras, sempre ao lado da classe que se dispôs a defender.

Fonte: Contraf-CUT

Empregados debatem estratégias para defesa dos direitos dos trabalhadores frente aos ataques promovidos pelo governo federal e a bancada empresarial no Congresso Nacional
 

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária e o Acordo Coletivo de Trabalho, aditivo à CCT, asseguram os direitos dos empregados da Caixa até 31 de agosto de 2018, com a garantia de 1% de aumento salarial acima da inflação em 2017. Mas a luta da categoria não deixará de ser realizada em um ano em que a classe trabalhadora de um modo geral sofre vários ataques do governo federal em conjunto com a bancada empresarial do Congresso Nacional.

Com o objetivo de discutir a organização dos empregados da Caixa na defesa das suas garantias, na luta contra as mudanças na Previdência e na Consolidação das Leis do Trabalho que retiram direitos, e pela defesa do papel social dos bancos públicos, o Congresso Estadual dos Empregados da Caixa deliberou, no sábado, 10, as propostas de resolução que serão encaminhadas para debate no 33º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef). 

No encontro também foi eleita a delegação que representará os empregados de base da Fetec-CUT/SP no 33º Conecef, que será realizado entre 30 de junho e 2 de julho, em São Paulo.

Os congressos estaduais são uma etapa preparatória para o Conecef. Os delegados eleitos aprovarão as resoluções do congresso, que se traduzirão em ações de defesa dos direitos dos bancários da Caixa, do caráter 100% público do banco, das instituições públicas e da classe trabalhadora.

Durante o congresso estadual foram discutidas e deliberadas propostas de organização dos empregados para os seguintes temas: defesa dos bancos públicos e, em especial, da Caixa; Funcef; Saúde Caixa; condições de trabalho; mais empregados; aposentados, reestruturação; verticalização; terceirização; reforma trabalhista; e reforma da Previdência.

Foram realizadas, ainda, duas análises de conjuntura durante o encontro. A representante eleita pelos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Maria Rita Serrano, também diretora do Sindicato, abordou a situação atual do banco público, e o professor livre docente Alysson Mascaro dissertou sobre a conjuntura geral do País. 

Fonte: Seeb SP, com edição

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