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Cassi será discutida nesta quinta, 25

Banco do Brasil
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Banco atende solicitação da Contraf-CUT para abordar tema; instituição pode estar caminhando para privatização com empresa suíça

O Banco do Brasil marcou reunião para discutir a Cassi amanhã (25), a pedido da Contraf-CUT. A entidade solicitou esclarecimentos sobrea resposta do banco relativa ao pedido de prorrogação do memorando de entendimentos, firmado em 2016 e com validade até dezembro. O memorando garante o aporte extraordinário de cerca de R$ 500 milhões por ano ao Plano Associados da Cassi, sendo 60% deste valor de responsabilidade do banco e outros 40% de responsabilidade dos associados. O banco negou a prorrogação do aporte extraordinário a partir de janeiro de 2020.

Além de rejeitar a prorrogação do memorando, o banco ainda fez ameaça. Segundo a carta-resposta, os recursos previstos na proposta para sustentabilidade da Cassi (não aprovada pelos associados em maio passado) podem não estar mais disponíveis até o final do ano. O banco alegou ainda que eventuais negociações sobre a Cassi só serão possíveis nos parâmetros da proposta de maio.

As entidades representantes dos funcionários querem saber exatamente quais são os limites e premissas citados na resposta do banco e se este aceitará, ou não, a reabertura de negociações.

Privatização ´disfarçada´- O Banco do Brasil confirmou ontem (23) a assinatura de memorando de entendimento com o suíço UBS para formação de uma parceria das instituições na área de banco de investimento e corretora de valores no Brasil e outros países da América do Sul. “A intenção é que UBS seja acionista majoritário da parceria que seria estabelecida pela contribuição de ativos do BB e do UBS, de acordo com os termos e condições definitivos...ainda em discussão”, afirmou o BB em comunicado ao mercado.

Segundo o BB a parceria vai focar em serviços de banco de investimentos no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. A aliança teria acesso à base de relacionamento do BB no Brasil e às estruturas globais de execução e distribuição do UBS. Não é a primeira vez que o UBS tenta aumentar sua presença no mercado brasileiro. Em 2006, o grupo suíço comprou o controle do banco de investimentos brasileiro Pactual de seus sócios por 2,5 bilhões de dólares. Três anos depois, o banqueiro André Esteves comprou de volta o controle do banco com seus sócios por um preço similar, e mudou seu nome para BTG Pactual, hoje o maior banco de investimento independente da América Latina.

Com informações da Reuters/Brasil 247/Contraf-CUT

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