Propagandas dos candidatos começam no próximo dia 16; calma e consciência são fundamentais que debates sejam produtivos
A propaganda eleitoral dos candidatos que disputam as eleições de 2022 começa oficialmente no próximo 16 de agosto. A partir daí poderão ser realizados comícios e demais atos de campanha eleitoral, seja presencial ou nas mídias tradicionais e internet. Ontem (11), o respeito ao processo eleitoral e ao resultado das urnas ganhou força em manifestações pelo estado de direito no País.
O ato de mais destaque ocorreu na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, reunindo diversas entidades e sociedade civil para leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do estado democrático de direito”. O documento referencia outra ´Carta aos Brasileiros´, lida no mesmo local em 11 de agosto de 1977, quando um movimento liderado pelo professor Goffredo da Silva Telles Junior denunciou a ilegitimidade do governo militar (1964-1985) no Brasil.
Até o começo da tarde desta sexta-feira a carta de 2022 já havia reunido mais de 1 milhão de signatários, e ainda pode ser assinada pelo link https://www.estadodedireitosempre.com/ A manifestação de ontem trouxe para o palco diferentes atores sociais: mulheres, negros, estudantes, ampliando a discussão sobre democracia e a necessidade de inclusão, com combate à fome e acesso à educação, entre muitas outras temáticas destacadas pelos participantes em faixas e cartazes. Ao final, gritos de ´Fora, Bolsonaro!´, Democracia! e Lula!, e o encerramento com o hino nacional.
O Sindicato esteve presente ao ato, reafirmando sua trajetória em prol da democracia. Assim como em outras categorias, os bancários do ABC e de SP sofreram intervenções com o golpe militar de 1964. Na ditadura, pelo menos dois diretores do ABC tiveram registros em prontuários do Deops, o Departamento Estadual de Ordem Política e Social: Lincoln dos Santos Grillo, o primeiro presidente, e o ex-tesoureiro em 1968, Aparecido Costa Morais - veja detalhes em https://bancariosabc.org.br/o-sindicato/hist%C3%B3ria.html
Só em 1994 a Oposição conseguiu retomar a entidade, dando início ao que veio se chamar “Sindicato Cidadão”, envolvido com todas as questões sociais em defesa da democracia e valorização da plena cidadania. “Os sindicatos são pilares essenciais da democracia, do respeito às leis e normas contra as arbitrariedades, sempre em defesa dos direitos dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Gheorge Vitti.
Ele lembra, ainda, que a proximidade das eleições e início das campanhas eleitorais pede muita calma e consciência. “Queremos um Brasil em que o diálogo esteja acima do uso da força, com mais livros e não armas, com tolerância e respeito, sem discriminações”, destaca.