Dia Internacional do Jovem Trabalhador é comemorado em 24 de abril, mas Brasil não tem ações efetivas para inclusão e desenvolvimento
O Dia Internacional do Jovem Trabalhador, comemorado em 24 de abril, é uma iniciativa da OIT – Organização Internacional do Trabalho - para destacar a importância de novos profissionais no mercado de trabalho. A data incentiva a contratação de pessoas sem experiência, mas com novas ideias que podem contribuir para a evolução das empresas e a descoberta de talentos.
Infelizmente, a pandemia de covid-19 e a desaceleração da economia pioraram o cenário mundial também para os trabalhadores mais jovens, às voltas com a falta de oportunidades, desemprego, evasão escolar e ausência de perspectivas. No Brasil são 47,8 milhões de jovens. Muitos deles não conseguem estudar nem trabalhar, e outros têm de se submeter a subempregos, sem direitos trabalhistas, sem horários determinados (o que exclui a possibilidade de tempo para os estudos) e com salários e condições de segurança muito ruins.
É importante não confundir o trabalho dos jovens com o infantil, que é proibido no País. A Constituição estabelece como idade mínima os 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14. Segundo dados do Conselho Nacional da Juventude do Brasil, na pesquisa “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus”, realizada com mais de 68 mil jovens, a maioria deles defende como ações prioritárias para ajudá-los a lidar com efeitos da pandemia os estímulos para o surgimento de novos postos; 20% querem políticas de renda emergencial para famílias mais vulneráveis e outros 20% ações para a ampliação do mercado de trabalho formal.
“No entanto, o que menos se vê no governo Bolsonaro é a preocupação com os trabalhadores. No caso dos mais jovens a geração de emprego teria que ser altamente estimulada, assim como o acesso à educação, pois a fase é de desenvolvimento. A informalidade e a precariedade no mercado de trabalho aumentam exponencialmente a vulnerabilidade à qual os jovens estão expostos”, afirma o secretário de Comunicação do Sindicato, Belmiro Moreira.