No entanto, salários foram reduzidos e muitos perderam emprego com a pandemia
De janeiro a dezembro deste ano o acumulado da inflação medido pelo IBGE superou a casa dos 4% - pelo INPC, atingiu 4,77% e, pelo IPCA, 4,21%. A alta no ano se fez presente principalmente na alimentação do brasileiro (13,41%), artigos de residência (3,54%) e serviços de comunicação (3,26%).
Como se fosse pouco num ano de pandemia, o Brasil ainda caiu cinco posições no ranking de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e no último dia 15 o governo Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional a previsão de R$ 1.088 para o valor do salário mínimo no próximo ano: sem qualquer aumento real, apenas com reajuste da inflação.
“O preço dos produtos da cesta básica aumentou, mas os salários não; houve quem teve sua remuneração reduzida e muitos perderam o emprego na pandemia, sendo que já vínhamos de uma crise econômica quando chegou a pandemia. O presidente Bolsonaro não investiu em políticas públicas para minimizar essa situação, nunca teve plano de geração de emprego, apenas cortou direitos”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.
Ele lembra, ainda, que o governo queria aprovar um auxílio-emergencial de valor muito inferior, o que só mudou após mobilização do movimento sindical, social e parlamentares da oposição. “O que Bolsonaro quer é transformar direitos sociais e dos trabalhadores em mercadoria” avalia.