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Racismo, preconceito e intolerância formam tripé na violência contra crianças e jovens

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Negros, pobres e homossexuais estão na mira

ÁgathaA morte da menina Ágatha Vitória Sales Felix, de 8 anos, no último dia 20, no Rio de Janeiro, não pode ser considerada fatalidade. Ela é resultado de uma política de segurança que deliberadamente exclui o respeito ao povo pobre, em especial a população negra. Só neste ano cinco crianças morreram por bala perdida no Rio e 57 se tornaram vítimas da violência urbana, segundo mapeamento da ONG Rio da Paz. Dados do Instituto de Segurança Pública daquele Estado mostram que a polícia nunca matou tanto quanto em 2019: de janeiro a agosto foram registrados 1.249 casos, com uma média de cinco mortes por dia.

HOMOFOBIA 

A intolerância também segue vitimando os jovens brasileiros. Um crime motivado por homofobia ocorreu na região na última semana. O jovem Roger Passembom Junior comemorava seu aniversário de 22 anos na balada Fantastic Club, em São Bernardo, quando foi espancado por ser homossexual. Três pessoas foram indiciadas e, até o fechamento desta edição, Roger continuava internado em estado gravíssimo.

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