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Mulheres marcham por democracia e respeito

Notícias
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Marcha das Margaridas 2019

Começou no ano 2000 e já se tornou tradição entre os movimentos que defendem os direitos humanos e em particular o das mulheres. É a Marcha das Margaridas, que a cada quatro anos reúne camponesas de todos os estados brasileiros, e acontecerá entre os dias 13 e 14 de agosto.

Inspiradas pela história de Margarida Maria Alves - liderança assassinada por defender os direitos de trabalhadoras e trabalhadores rurais -, as mulheres se dirigem a Brasília, para levar ao centro do poder suas reivindicações.

Neste 2019 a pauta inclui o fortalecimento da democracia, soberania, fim do racismo, meio ambiente e agroecologia entre outros itens.

O objetivo é que sejam criadas políticas públicas que contemplem a luta das mulheres do campo, da floresta e das águas. Além disso, firmar ações contra a exploração, a dominação e todas as formas de violência e em favor de igualdade, autonomia e liberdade, envolvendo também as trabalhadoras dos grandes centros urbanos.

“Vivemos um momento de grande risco à democracia e suas instituições. Respeitar os direitos de cada cidadão é condição básica para possibilitar todas as outras conquistas, inclusive a das mulheres”, aponta a diretora sindical Anaide Silva.

 

Saúde

Margarida Maria AlvesVocê sabe o que é agroecologia?

Diferentemente do agronegócio, modelo prega nova concepção de agricultura e mundo

A agroecologia é um dos itens em pauta na Marcha das Margaridas 2019. Mas saiba que ela não é apenas uma forma diferente de plantar os alimentos que consumimos.

Sua proposta é mais ampla, pois vai desde o manejo ecológico dos recursos naturais até a valorização de ações sociais coletivas, com desenvolvimento participativo e formas de produção e de consumo que contribuam para enfrentar a crise ecológica e social.

Ela traz ensinamentos multidisciplinares a partir de princípios, conceitos e metodologias para estudar, analisar, dirigir, desenhar e avaliar agroecossistemas com o propósito de permitir estilos de agricultura com maiores níveis de sustentabilidade.

É bom saber que a transição para um modelo de agricultura agroecológica não é um retorno ao modelo que se praticava antes da Revolução Industrial, porque a agroecologia inclui novas tecnologias, como o resgate de manejos e técnicas utilizadas em ecossistemas semelhantes, além de práticas de conservação de água, por exemplo.

Ou seja, não é apenas uma mudança técnica, mas uma mudança total na concepção de agricultura e de mundo, preocupada em manter a produtividade do solo a longo prazo e uma alimentação saudável, com o uso de defensivos naturais e não de agrotóxicos.

Só na última semana o governo Bolsonaro liberou de 42 novos agrotóxicos no País. No ano, já são 239 produtos liberados para uso nas lavouras, um crescimento de 24% em relação ano passado, quando foi registrado o recorde de 193 novas licenças.

Alguns desses agrotóxicos liberados são proibidos em países da Europa e nos EUA, pelo alto risco de danos letais à saúde.

“Num País em que cada vez mais se usa veneno nas plantações a agroecologia se apresenta como uma alternativa viável que respeita não só o produto da terra como a própria terra, além de seus produtores e consumidores”, afirma a diretora sindical Anaide Silva.

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