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Foram 1.222 relatos de fraudes contra beneficiários recebidos pela Ouvidoria da Previdência até 26 de dezembro ante 947 em todo o ano de 2016

O número de denúncias de golpes contra aposentados e pensionistas do INSS cresceu 29,04% em 2017, na comparação com o ano anterior. Segundo dados da Ouvidoria da Previdência, foram 1.222 relatos de fraudes contra beneficiários recebidos até o dia 26 de dezembro ante 947 em todo o ano de 2016.

As vítimas, em sua maioria, são enganadas por estelionatários que se apresentam em nome da Previdência Social com a informação de que conseguem – de maneira rápida, segura, eficaz e mediante pagamento – benefícios previdenciários.

Os fraudadores geralmente entram em contato, por telefone, e se identificam como integrantes do Conselho Nacional de Previdência (CNP) oferecendo algum tipo de benefício. Dizem que o aposentado ou pensionista teria direito a receber valores atrasados, geralmente grandes quantias de dinheiro, e pedem que entrem em contato com eles por meio de um número de telefone.

Quando o cidadão faz a ligação, os fraudadores pedem que informem dados pessoais e solicitam o depósito de determinada quantia em uma conta bancária, para liberar um pagamento que não existe.

Há, ainda, outros golpes contra aposentados e pensionistas do INSS relatados no site da Secretaria de Previdência Social.

Orientação – A Previdência informa que não solicita dados pessoais dos seus segurados por e-mail ou por telefone. E que também não realiza nenhuma forma de cobrança para prestar o atendimento ou realizar um serviço.

Caso o cidadão seja vítima da algum tipo de abordagem criminosa, a Previdência orienta para que não efetue depósitos em conta bancária ou forneça seus dados pessoais para terceiros que se passam por representantes do órgão. É importante também que registre imediatamente um boletim de ocorrência na Polícia Civil e comunique o fato à Ouvidoria Geral da Previdência Social. 

As denúncias ao órgão podem ser feitas pelo telefone 135 ou pela internet.

Fonte: Seeb SP

Desde que assumiu, após o impeachment, Temer nunca veio para agendas na região

Em seu primeiro ano completo à frente do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer (PMDB) reduziu o volume de recursos para o Grande ABC na comparação com 2016, ano em que ele assumiu o poder após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Em 2017, segundo dados do Portal da Transparência federal, R$ 1,36 bilhão em aporte da União chegou às sete cidades, ante R$ 1,61 bilhão medido em 2016. O recuo foi de 15,5%.

Entre 2015 e 2016 também houve retração real nos investimentos à região – quando o índice de alta de recursos não supera a inflação do mesmo período. À ocasião, a União alegou que a crise econômica impusera série de restrições orçamentárias, mas que contratos celebrados com os sete municípios seriam retomados.

A cidade do Grande ABC que viu a torneira secar de forma mais intensa foi Rio Grande da Serra. Em 2016, o município administrado por Gabriel Maranhão (PSDB) recebeu R$ 43,7 milhões. No ano passado, a quantia foi de R$ 35 milhões, recuo de 19,93%. Em São Bernardo, o índice de cortes foi de 19,36% – o montante caiu de R$ 623,6 milhões para R$ 502,9 milhões.

O município que menos sentiu o corte no aporte federal foi Ribeirão Pires. Em 2016, a cidade obteve R$ 79,4 milhões e, no ano passado, R$ 74 milhões – recuo de 6,73%.

O momento de retração no volume de investimentos coincide com a crise financeira vivida pelos municípios. Em 2017 os novos prefeitos tomaram posse reclamando de dívidas deixadas pelos antecessores, bem como das dificuldades econômicas. A queda na arrecadação se acentuou e, com o aumento do desemprego, houve maior procura pelos serviços públicos, em especial de Saúde e Educação, fazendo com que a conta ficasse mais complexa de ser fechada. O cenário complexo fez com que a FNP (Frente Nacional de Prefeitos) pedisse a revisão dos pactos federativos.

Na comparação com o último ano completo de Dilma Rousseff à frente do País, a diminuição de repasses federais foi de 10,85% no Grande ABC. À época, a petista destinou R$ 1,52 bilhão para as sete cidades. Só São Bernardo, por exemplo, recebeu R$ 589,6 milhões – no comparativo entre 2015 e 2017, a retração foi de 14,7%.

Desde que tomou posse, Temer nunca veio para agendas no Grande ABC.

A queda no volume de investimentos também fez despencar a quantia de repasses por habitante da região. Em 2016, o R$ 1,61 bilhão destinado ao Grande ABC foi dividido em R$ 587,78 para cada um dos 2.736.683 moradores, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano passado, o índice per capita foi de R$ 493,71 – R$ 1,36 bilhão para 2.753.406 habitantes –, uma diminuição de 16%.


Fonte: DGABC, com edição

Imagem: DGABC

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