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Sindicato obteve liminar em ação coletiva O Santander enviou a seus funcionários uma circular com novas regras da compensação de horas. De acordo com a informação recebida pelo Sindicato, neste documento o banco afirma reconhecer que deve existir um equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional e, assim, orienta seus trabalhadores a compensar as horas extras dentro da própria semana. Pois bem. É bom esclarecer que, na verdade, se isso realmente ocorreu, não se trata de nenhuma benevolência do banco: liminar concedida em ação coletiva do Sindicato dos Bancários do ABC determinou justamente que o Santander passasse a fazer as compensações dentro da própria semana. Banco de horas - Nesta ação, a Justiça reconhece que a compensação de horas mensal que o banco fazia era ilícita, e o que de fato ocorria era um banco de horas. Mas um banco de horas tem que ser negociado com o Sindicato, e só pode ser implantado após a assinatura de um acordo coletivo. Assim, a única forma de compensação que a Justiça admite é a semanal. A ação está com recurso do banco no Tribunal Superior do Trabalho. “Se ganharmos a ação, além de o Santander ser obrigado a realizar a compensação semanal também terá que pagar todas as horas extras que foram compensadas de forma ilícita”, avisa o diretor sindical Ageu Ribeiro.

Sindicato dos bancários do ABC apoia a chapa 'Mãos dadas pela Cabesp'

[caption id="attachment_9448" align="alignright" width="600"]aos3 Chapa Mãos Dadas pela Cabesp - Mauricio Danno (diretor administrativo), Maria Rosani (Conselho Fiscal) e Wagner Cabanal (diretor financeiro)[/caption]

A eleição da Cabesp teve início no dia 26 de outubro por correio, junto com o envio dos kits de votação para as residências. Os associados têm até o dia 19 de novembro pra devolver os envelopes e é importante ficar atento ao prazo. Também há a opção de depositar a cédula com os votos na urna localizada na sede da Cabesp. Caso perceba que os kits estão demorando para chegar, entre em contato com a Caixa Beneficente para mais informações de como proceder.

Junto com a cédula para votação o bancário receberá um envelope cartão-resposta para devolução do voto. Assinale apenas um candidato de sua preferência para cada cargo e coloque no correio.

Assinale você mesmo os nomes dos candidatos de sua preferência. Não entregue sua cédula para outra pessoa ou entidade preencher. Dessa forma, você evita fraudes no processo eleitoral e não terceiriza o seu voto!

Vote com consciência para renovar a Cabesp.

Para fazer a Cabesp voltar a ser verdadeiramente uma caixa beneficente, onde a saúde de seus usuários é mais importante do que engordar seu patrimônio e suas contas, é preciso votar em pessoas que enfrentem o Santander, que saibam negociar e não digam amém a tudo.

Gente com conhecimento técnico, história de luta para perenizar a Cabesp – ir além dos 60 meses previstos no edital de privatização do Banespa – e que tenham propostas viáveis. Candidatos que priorizem as pessoas, que estejam abertos a ouvir suas demandas, que primem por transparência em suas ações e votem em favor dos banespianos e não contra eles, como já ocorreu várias vezes.

O Sindicato dos Bancários do ABC, junto com a Afubesp, Fetec-SP e Contraf, apoia a chapa Mãos Dadas Pela Cabesp (Wagner Cabanal para diretor financeiro, Mauricio Danno para diretor administrativo e Maria Rosani no Conselho Fiscal) por entender que os candidatos estão preparados para representar os associados no próximo biênio.

Vote na chapa Mãos Dadas Pela Cabesp!

Clique aqui para conhecer a trajetória de Wagner Cabanal, Mauricio Danno e Maria Rosani

Confira aqui as propostas da chapa "Mãos Dadas Pela Cabesp"

 

Apesar de termo de compromisso firmado com o banco, trabalhadores enfrentam problema no dia a dia

santanderA agência 4664 - Demarchi do banco Santander, em São Bernardo, está paralisada nesta segunda, 5. Diretores do Sindicato estão no local e coordenam o protesto contra a prática de assédio moral aos trabalhadores. A ocorrência de assédio desrespeita acordo firmado com o banco. A agência permanecerá fechada durante todo o dia.

Pelo estabelecido no acordo “Boas Práticas”, um documento sobre condutas recomendadas e proibidas no banco, o funcionário não pode ser exposto nem submetido a castigos/brincadeiras em caso de não cumprimento de metas. Os gestores devem ainda evitar o tom de cobrança e priorizar o estímulo e a motivação, sempre observando o respeito ao empregado. No entanto, não é isso o que vem ocorrendo.

Pior regional - “Essa é a pior regional do Santander. Recebemos muitas denúncias de desrespeito aos trabalhadores, e a paralisação é uma reação a essa realidade. Se o próprio banco condena o assédio, por que alguns gestores insistem na prática?”, questiona o diretor sindical Ageu Ribeiro. Entre os muitos problemas enfrentados ali estão também a extrapolação da jornada de trabalho na área comercial, discriminação aos que retornam de licença médica e a falta de orientação adequada.

“Estamos checando se o Santander está fazendo vistas grossas ao próprio acordo que assinou e indo de encontro às suas próprias instruções ou se os gestores estão agindo por conta e risco”, aponta o diretor sindical Eric Nilson. Apuração recente feita pelo Sindicato revelou que, no programa Ações Universitárias (para atrair contas de estudantes), gerentes de Pessoa Física, caixas e até estagiários são convocados a comparecer às faculdades após a jornada de trabalho para fazer abordagem ao futuro cliente, desde antes das 19h até quase 22h.

Para os diretores sindicais essas são condições inaceitáveis, que já foram alvo de discussões e resultaram em documento; ou seja, basta respeitar o que foi acordado. O Termo de Compromisso de Relações Laborais - Boas Práticas (estabelecido com o Santander e reproduzido na cartilha entregue aos funcionários pelos diretores do Sindicato durante reuniões feitas nas agências) tem causado efeito muito positivo entre os trabalhadores do Grande ABC, mas é preciso fiscalizar sempre e denunciar as irregularidades para que a entidade possa agir, como ocorre nesta segunda na agência 4664 - Demarchi.

CHARGEsantander

 

O Termo de Compromisso de Relações Laborais - Boas Práticas, estabelecido com o Santander e reproduzido na cartilha entregue aos funcionários pelos diretores do Sindicato durante reuniões feitas nas agências tem causado efeito muito positivo entre os trabalhadores (as) do Grande ABC. Acompanhamento das atividades evitando o tom de cobrança, não expor equipe e/ou funcionário (a) nas reuniões são práticas recomendadas no Termo firmado. Já exposição de ranking, castigos/brincadeiras por não cumprimento de metas, divulgação de resultados por emails citando funcionário por baixa performance e cobrança por resultados no telefone particular são ações terminantemente proibidas pelo acordo. Para Eric Nilson, funcionário do banco e diretor do Sindicato, o Termo representa ganho sem precedentes para a categoria no combate ao assédio moral: “Os bancários querem paz para trabalhar e cumprir suas obrigações. Não aguentam mais o desrespeito e as ameaças. Vamos zelar pelo acordo com atenta fiscalização, mas é preciso que os colegas colaborem no monitoramento, denunciando, pois agiremos com discrição”, avisa. Há também determinações relativas à jornada: as reuniões de planejamento das agências devem ser feitas no horário da manhã e limitadas a trinta minutos, sempre durante a jornada de trabalho. Mas, aí... Ações universitárias: regionais descumprem jornada - Denúncias de extrapolação de jornada sem pagamento ou compensação têm sido constantes. Segundo apuração feita pelo Sindicato o programa Ações Universitárias (para atrair contas de estudantes) está atormentando a vida dos gerentes de Pessoa Física. Após a jornada normal de trabalho eles são convocados a comparecer às faculdades antes das 19h - quando é feita a primeira abordagem ao futuro cliente; logo após, há uma segunda abordagem no intervalo e, já quase às 22h, a última. “Segundo apuramos até caixas foram convocados para a empreitada”, revela Ageu Ribeiro, funcionário do Santander e diretor do Sindicato. O maior número de reclamações parte da Regional São Bernardo, onde a extrapolação de jornada na área comercial corre solta. “O que estamos checando é se o Santander está fazendo vistas grossas ao próprio acordo que assinou e indo de encontro às suas próprias instruções ou se os gestores estão agindo por conta e risco; eis o que vamos saber”, finaliza Eric.  

O Santander obteve um lucro líquido gerencial de R$ 3,3 bilhões no primeiro semestre de 2015 no Brasil, com crescimento de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com primeiro trimestre, os números também são positivos, com crescimento de 2,6%. O lucro obtido no País representa 20% do resultado global de 3,4 bilhões de euros, com alta de 24% em doze meses. Os ganhos ficaram acima do obtido na própria Espanha, país de origem do Santander, com a fatia de 16% do lucro.

De acordo com a análise do Dieese, no resultado brasileiro pesou um evento extraordinário, o qual gerou uma receita referente à reversão de provisões fiscais relativas à Cofins, contabilizado em "outras receitas operacionais e despesas tributárias". O Santander tinha separado reserva financeira por causa de processo na Justiça referente a obrigações legais relativas à Cofins, mas como teve parecer favorável, parte desse valor, no total de R$ 3,2 bilhões, passou a ser contabilizado no resultado do banco. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) ficou em 12,8%, com crescimento de 1,5 ponto percentual em doze meses.

Confira aqui os destaques apurados pelo Dieese

Efeito Selic

Os sucessivos aumentos da Selic, chegando a 14,25% em julho, também refletiram nos ganhos do banco. O crescimento das receitas com títulos e valores mobiliários (TVM) foi influenciado pela alta da taxa básica de juros e pela elevação nos índices de preços, com crescimento de 64,5%, totalizando R$ 10,8 bilhões.

Emprego e despesas de pessoal

O banco encerrou o primeiro semestre de 2015 com 50.245 empregados, com aumento de 1.285 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado. Foram abertas dezoito agências no período.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias chegou a R$ 5,7 bilhões, crescimento 7,9% em doze meses. As despesas de pessoal subiram 7,8%, atingindo R$ 3,5 bilhões. Assim, em junho de 2015, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 162,87%.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada teve crescimento de 15,0% em doze meses e atingiu R$ 321,6 bilhões, porém, teve queda de 1,0% no trimestre. As operações com pessoas físicas subiram 7,7% em relação a junho de 2014 e 2,1% no trimestre, chegando a R$ 81,5 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 137,5 bilhões e tiveram alta de 20,9%. No segmento de pequenas e médias empresas houve alta de 0,3% em doze meses, enquanto no segmento de grandes empresas, apesar do crescimento de 28,7% em doze meses, houve queda 3,9% no trimestre.

Inadimplência

O Índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,9 ponto percentual, em doze meses, ficando em 3,2%. Com isso, foram reduzidas as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 7,2%, totalizando R$ 4,5 bilhões. 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

Todos os funcionários do Santander, ativos e aposentados, terão isenção de tarifas na conta combinada funcionário. Essa foi a principal conquista da reunião entre Contraf-CUT, Comissão de Organização dos Empregados (COE) e Comitê de Relações Trabalhistas do banco, realizada nesta quinta-feira (18).

A reunião debateu ainda condições de trabalho. Os dirigentes sindicais reivindicaram a contratação de mais funcionários para suprir as demandas impostas pelas metas abusivas. Denunciaram que a situação piorou após o banco lançar, em janeiro, o plano Jeito Certo, que propunha mais foco nos clientes e não nos produtos. 

O banco se comprometeu a fazer um balanço do plano no final do primeiro semestre e passar os dados aos dirigentes para uma avaliação conjunta.

O Comitê de Relações Trabalhistas do Santander atendeu a outra reivindicação dos trabalhadores ao propor uma cartilha de orientação com as regras de abertura e prospecção de contas universitárias. De acordo com a categoria, no início dos períodos letivos as cobranças e o desrespeito aos horários de trabalho aumentam muito.

A Contraf-CUT ainda denunciou a falta de caixa e o acúmulo de responsabilidade dos gerentes-gerais e gerentes administrativos que, em muitos casos, são responsáveis por mais de uma agência.

Ela informou que também foi cobrado o respeito à legislação do estágio e do Jovem Aprendiz, para que eles não efetuem vendas de produtos. O banco se comprometeu a fiscalizar e rever essas práticas.

O assunto mais polêmico nas conversas foi a segurança nas agências de negócios. De acordo com o banco, a lei não pede segurança neste tipo de estabelecimento. 

Antes do final do encontro, o Santander admitiu falha no sistema e prometeu disponibilizar em seu site, já na próxima segunda-feira (22), as inscrições para as 800 bolsas de estudos para pós graduação. O prazo de inscrição vai até a terceira semana de julho e os critérios de desempate serão os mesmos usados para a graduação. A única diferença é que só pode receber o beneficio quem tiver um ano de vínculo com a instituição.

Fórum de Saúde

Também nesta quinta-feira, houve reunião do Fórum de Saúde. O Santander reconheceu o atraso na marcação para consultas e exames psiquiátricos, que chegam a demorar 40 dias, e culpou as operadoras. Os trabalhadores querem uma atuação enérgica e imediata junto aos responsáveis. Mais do que isso, querem uma análise das causas para a alta demanda deste tipo de atendimento que, com certeza, é gerada pelo modelo de pressão dos bancos.

Os representantes dos trabalhadores cobraram revisão do Kit afastamento, série de documentos que o bancário precisa preencher ao sair de licença. Um bancário com AVC não consegue, em uma semana, prestar essa série de informações sobre sua doença. O prazo não pode ser menor que 10 dias nem com ameaça de penalidade.

Outra reivindicação é o parcelamento na devolução do adiantamento de salários, no caso de afastamento médico. Os bancários pedem que a parcela comprometa, no máximo, 20% da renda mensal do trabalhador e não a vista, como é atualmente.

Os dirigentes sindicais contestaram a avaliação do banco ao atestado médico. Eles pediram que este processo não ocorra durante a licença e também a reformulação da intimação para o trabalhadores comparecerem a uma consulta com o médico do banco, afim de tirar dúvidas sobre a necessidade de afastamento. Foi denunciada ainda a ingerência sobre os atestados de saúde ocupacional. O banco se comprometeu a descredenciar qualquer clínica que seja flagrada atendendo aos desejos dos chefes de departamentos e não avaliando as reais condições do trabalho. Nessa questão, a Contraf-CUT pede que os bancários denunciem esse tipo de caso.

Por fim, foi acertada uma reunião para discutir o programa Retorne Bem, estabelecido unilateralmente pelo banco. A categoria pede participação na reformulação para atender melhor aos trabalhadores. 

Fonte: Contraf-CUT

[caption id="attachment_8168" align="alignnone" width="448"]1561820567 A reunião debateu ainda condições de trabalho e segurança                                                    Crédito foto: Anju/ Seeb SP[/caption]    

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