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Representantes do banco não apresentaram nenhuma contraproposta, e novo encontro foi marcado para o dia 7

Foi realizada ontem (1), a segunda rodada de negociação entre o Santander e a Comissão de Organização do Empregados sobre a renovação do acordo aditivo. Para o diretor Ageu Ribeiro, que participou do encontro como representante do Sindicato, a avaliação do resultado ​ não foi​ n​ada animadora.​

“Após 19 dias de posse da minuta e um dia inteiro explicando cláusula por cláusula do porquê das nossas reivindicações, os representantes do banco tiveram uma atitude ´protocolar´ e não apresentaram uma única contraproposta. Fizemos um esforço na exposição para ganhar tempo e assim evitar estender a negociação próximo à campanha salarial”, afirma. A próxima reunião ficou marcada para 7 de junho.

Dentre as reivindicações dos trabalhadores do Santander estão jornada gradual para o funcionário que retorna de licença médica, estabilidade provisória para empregados em regime de pré-aposentadoria, discussão de fórmula para tornar mais justa a distribuição do PPRS, aumento da oferta de bolsas de estudo e realocação dos trabalhadores das áreas de sobreposição (decorrentes de fechamento de agências e centros administrativos) para outras áreas administrativas ou para a rede. Além disso, é prioritária a questão do emprego e sua qualidade, ea garantia contra a dispensa imotivada, com reconhecimento dos termos da Convenção 158 da OIT.

​A intenção dos representantes dos bancários é​  avançar em cláusulas baseadas nesta convenção da OIT, contra as demissões imotivadas e também por estabilidade no emprego. ​ ​Isto porque já houve precedente de  estabilidade ​ em acordo feito na época do Banespa​ e nem por isso ​a instituição​  deixava de dar lucro.

Condições de trabalho – Para o movimento sindical a melhoria das condições de trabalho passa por mudanças na forma como são determinadas e cobradas as metas. É preciso que a meta contratada para o mês possa de fato ser cumprida até o final do mês, e não nos primeiros 10 dias, como costuma ocorrer no banco. Outro ponto é que a meta tem de ser compatível com o tamanho da agência e sua localização; ou seja, em caso de redução no número de funcionários, também a meta deve ser reduzida.

Representantes dos trabalhadores entregam a pauta à vice-presidente de RH do banco, Vanessa Lobato
A Contraf-CUT, Federações e Sindicatos entregam nesta quinta-feira (12) ao Santander, em São Paulo, às 15h, as reivindicações específicas dos funcionários para as discussões do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A pauta foi debatida e definida durante Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, que ocorreu durante dois dias, 12 e 13 e abril, na capital paulista, e aprovada em assembleias nos sindicatos. No ABC a assembleia aconteceu nesta quarta-feira, 11 de maio. Entre as reivindicações, estão a garantia de emprego, fim do banco de horas, aumento do patamar mínimo da PPRS, melhorias nos programas de retorno ao trabalho após licença médica, administração dos planos de benefícios pelo Banesprev. Os representantes dos trabalhadores também reivindicam a inclusão no acordo aditivo de cláusula específica que estabeleça a discussão da cláusula 57º da CCT da categoria, sobre o Programa de Desenvolvimento Organizacional para Melhoria Contínua das Relações de Trabalho. A pauta específica é resultado de um amplo debate democrático com os trabalhadores do Santander, que também foram ouvidos por consultas, além dos encontros regionais e encontro nacional, em abril. Emprego – As entidades sindicais também vão realizar um levantamento sobre as demissões que vêm ocorrendo no banco nacionalmente, já que há inclusive informações sobre o fechamento de postos. “A defesa do emprego é prioritária”, destaca o diretor sindical Ageu Ribeiro. Acesse aqui a Minuta

Fonte: Contraf-CUT, com Redação

Encontro terá início às 18h30, na sede do Sindicato

Chegou a hora da renovação do Acordo Aditivo dos trabalhadores com o Santander. Assembleia na sede do Sindicato, a partir das 18h30 do próximo dia 11 vai definir os itens da pauta elaborada no encontro nacional dos funcionários do banco, realizado entre os dias 12 e 13 de abril em São Paulo. De acordo com o diretor sindical Ageu Ribeiro a participação nesta assembleia é fundamental, assim como é fundamental garantir a manutenção de conquistas que já constam no aditivo com sua renovação. Entre estas conquistas ele destaca o pagamento do PPRS e o Boas Prá-ticas, que estabelece normas de conduta para inibir a ocorrência de assédio moral no ambiente de trabalho. “Depois de aprovada em assembleia pelos trabalhadores a minuta será entregue ao banco. Há novas cláusulas que serão reivindicadas (veja abaixo), mas é indispensável garantir a manutenção dos avanços”, destaca o diretor sindical. A sede do Sindicato fica na rua Coronel Francisco Amaro 87, Casa Branca, Santo André. Principais Reivindicações Garantia contra a Dispensa Imotivada: Reconhecer os termos da Convenção nº 158 da OIT. Saúde do Trabalhador Reivindicação de jornada gradual para o funcionário que retorna de licença médica. Estabilidade Provisória para Empregados em Regime de Pré-aposentadoria Todos os empregados gozarão de estabilidade pré-aposentadoria por 36 meses. PPRS: Discutir fórmula para tornar mais justa a distribuição do programa. Aumento da oferta de Bolsa de Estudo Centro de Realocação: Visa a manutenção dos empregos. o banco se compromete a realocar os trabalhadores das áreas de sobreposição, decorrentes de fechamento de agencias e centros administrativos, para outras áreas administrativas ou para a rede.

Lucro do banco no Brasil representa 18% do resultado global. Confira análise do balanço elaborada pelo Dieese
Nos primeiros três meses do ano o Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 1,660 bilhão, com crescimento de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015, e de 3,3% em relação ao 4º trimestre de 2015. O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 12,6%, com queda de 0,2 ponto percentual. Análise feita pela subseção do Dieese, na Contraf-CUT, demonstra que o lucro obtido no Brasil representou 18% do lucro global da Instituição, que foi de 1,633 bilhão de euros.  Em comparação ao 1º trimestre de 2015, houve queda da participação quando o lucro do Brasil representou 21% do lucro global. Número de Empregados - A holding do banco encerrou o primeiro trimestre de 2016 com 50.142 empregados, com aumento de 232 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado, sendo 118 a mais, no trimestre. Foram abertas 10 agências e 38 PAB’s em doze meses. A carteira de clientes totalizou 32,9 milhões em março de 2016, com acréscimo de 1,5 milhão a mais em um ano. Carteira de Crédito - A Carteira de Crédito Ampliada do banco caiu 3,8% em doze meses e atingiu R$ 312,0 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 7,2% em relação a março de 2015, chegando a R$ 85,6 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 130,0 bilhões, com alta de 8,6%. O segmento de pequenas e médias empresas caiu 5,6%, enquanto o segmento de grandes empresas diminuiu em 9,6% em doze meses. Segundo o banco, a carteira de grandes empresas foi impactada pelo efeito da valorização do dólar. Sem esse efeito, a variação dessa carteira, em doze meses seria uma queda de 13%. Assim como a anterior, a carteira de “financiamento ao consumo”, gerada fora da rede de agências, também apresentou queda (9,6%) em 12 meses, totalizando R$ 32,7 milhões. As operações com câmbio e derivativos renderam ao Santander mais de R$ 5,5 bilhões no trimestre, ao passo que, no mesmo período de 2015, os mesmos itens, haviam dado um prejuízo de mais de R$ 4,4 bilhões. Além disso, as despesas de operações com empréstimos e repasses de recursos captados no exterior também caíram significativamente. Todos esses resultados estão vinculados à valorização do real frente ao dólar ocorrida nesse período, em relação ao fim de 2015. Inadimplência - O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou alta de 0,3 ponto percentual em relação ao 1º trimestre de 2015, ficando em 3,3%. Ainda assim, foram reduzidas as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 8,5%, totalizando R$ 2,6 bilhões. A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 9,3% em doze meses, totalizando R$ 3,1 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 14,5%, atingindo R$ 2,1 bilhão. Assim, em março de 2016, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 144,93%.  

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

O debate foi realizado, nestas terça e quarta-feira (12 e 13), no Hotel Boulevard São Luiz, no centro de São Paulo

trabalhadores-do-santander-definem-pauta-para-renovacao-do-a_6d163f118301137ff2558c70407a9b67Os representantes dos funcionários do Santander de todo o Brasil reunidos, nestas terça e quarta-feira (12 e 13), no Hotel Boulevard São Luiz, no centro de São Paulo, definiram as pautas para a renovação da minuta do aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho com o banco. No encontro, as principais reivindicações foram abordadas em quatro grupos de trabalho. O grupo 1 - Planos de Saúde e Previdência Privada, apontou que o Banesprev deve ser a entidade previdenciária da empresa responsável pela administração de todos os planos de benefícios de seus funcionários no país (exceto Bandeprev). No segundo grupo, onde foi abordado Saúde do Trabalhador, destacou-se a jornada gradual quando do retorno da licença médica, e que o exame demissional seja feito por todos os trabalhadores e sua convocação não aconteça no mesmo dia da demissão. O grupo 3, que debateu Emprego e Condições de Trabalho, pontuou a inclusão de uma nova cláusula, em que na Garantia de Emprego, caso haja reestruturação do banco que impacte na empregabilidade (redução de postos de trabalho), possa ser debatido junto aos sindicatos. Também discutiu o impacto da Avalição de Desempenho na concessão de bônus, transferências, demissões, etc. Além da inserção de cláusulas no aditivo sobre o fim do banco de horas. Já o grupo 4 – PPRS, pediu para incluir na minuta uma cláusula que se reporta à discussão da cláusula 57 da CCT 2015/2016, além de aumentar o patamar mínimo da PPRS. Ficou definido uma maior divulgação do PPRS com  objetivo de demonstrar como funciona, reivindicar os números do banco, além de conhecer os programas próprios da instituição financeira.  

Fonte: Contraf-CUT

A falta de condições de acessibilidade para que um trabalhador com deficiência desempenhasse suas funções em uma unidade do banco Santander na capital paulista rendeu ao ex-funcionário uma indenização por danos morais no valor de R$ 200 mil. Cabe recurso à decisão de primeira instância. O músico Eduardo José Magalhães Martins Júnior, 43, o Dudé, foi contratado pelo banco, em 2010, após passar por um processo seletivo exclusivo para pessoas com deficiência visando o cumprimento da Lei de Cotas. Com má-formação nos braços e na perna direita, Eduardo necessitava de um ambiente de trabalho perto de casa —para ter apoio de um familiar na hora de ir ao banheiro—, sem escadas —pois tem dificuldade para vencer degraus—, e uma mesa mais alta, adaptada para ele manipular objetos com os antebraços e com a boca. Mas, no começo de 2012, o escritório do banco mudou de endereço e os problemas de Dudé começaram a se multiplicar. O novo ambiente não tinha elevador e era longe de sua casa, segundo o músico.Até o final de 2011, quase tudo havia sido fornecido a ele, menos uma mesa apropriada. A que ele usava era improvisada com listas telefônicas, por exemplo. "Trabalhava em estresse constante. Era como se eles [o banco] me testassem. Fui acumulando funções. Me colocaram pra buscar documentos na parte inferior da agência, então subia e descia as escadas com ajuda de outras pessoas três, quatro vezes por dia", conta ele. Para tentar resolver a questão fisiológica, o músico afirma que passou a "controlar a ingestão de líquidos ao máximo para não dar vontade de ir ao banheiro". GRAVIDADE - Em sua decisão, a juíza Débora Cristina Rios Fittipaldi Federigui, da 7ª Vara do Trabalho da capital, declara que o valor estipulado para a indenização, além "da gravidade da falta, a intensidade do dano e a capacidade econômica" do banco considerou também "seu caráter não apenas reparatório e punitivo, mas, também, pedagógico". Segundo a magistrada, "o direito do deficiente à acessibilidade é indisponível e irrenunciável, cabendo ao empregador a obrigação de propiciar os meios necessários ao seu efetivo e pleno gozo". Por meio de sua assessoria, o Santander limitou-se a informar que "não se pronuncia em casos sub judice". Não declarou se pretende recorrer nem apresentou defesa. Fonte: Folha de S.Paulo / Jairo Marques   

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