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O Itaú Unibanco informou nesta terça-feira, 3, que teve lucro líquido de 5,945 bilhões de reais no terceiro trimestre, um aumento de 10% sobre mesma etapa de 2014. Excluindo efeitos extraordinários, o lucro do período somou R$ 6,117 bilhões, 0,3% menor sobre o trimestre anterior e crescimento de 12,1% sobre um ano antes. A previsão média de analistas consultados pela Reuters era de lucro recorrente de R$ 5,761 bilhões. Maior instituição financeira privada do País, o Itaú Unibanco fechou ao fim de setembro com uma carteira de crédito, incluindo avais e fianças, de R$ 552,342 bilhões, 3,9% a mais que nos três meses até junho e alta de 9,7% em 12 meses. O índice de inadimplência do banco, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, ficou em 3,3%, estável na base sequencial e avanço de 0,1 ponto percentual sobre um ano antes. A provisão do banco para perdas com inadimplência, descontando a recuperação de crédito, somou R$ 4,653 bilhões entre julho e setembro, montante 6,1 % superior ao do segundo trimestre e 39,2% acima do terceiro trimestre de 2014. O Itaú Unibanco fechou o terceiro quarto do ano com rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 24%, ante 24,8 % no trimestre anterior e 24,7% de um ano antes.  Fonte: agências Reuters

O Itaú continua a registrar ganhos gigantescos e a liderar o ranking dos maiores bancos privados do País. De acordo com análise do Dieese, o lucro líquido recorrente do banco foi de R$ 11,942 bilhões no primeiro semestre de 2015, alta de 25,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anual fechou em 24,7%, com crescimento de 1,6 ponto percentual em doze meses. Mas o progresso nos rendimentos não se reflete na geração de empregos. Ao contrário, o banco continua demitindo.

O número de empregados da holding no semestre foi de 85.028 e teve redução de 2,7%, o que representa o corte de 2.392 postos de trabalho em doze meses. A rede de atendimento do Itaú também encolheu. O banco fechou 43 agências no período, mas criou 44 "agências digitais", sem ponto físico, somente virtual. Também foram fechados 23 postos de atendimento (PAs). Por outro lado, o Itaú criou 721 novos correspondentes bancários de janeiro a junho deste ano.

Clique aqui para ver os destaques apurados pelo Dieese

Carteira de crédito

O Dieese identificou que a carteira de crédito do banco cresceu 9,3% em doze meses, atingindo um montante de R$ 566,6 bilhões (no trimestre houve queda de 2,1%). As operações com pessoas físicas cresceram 8,6% em relação ao mesmo período de 2014, chegando a R$ 187,3 bilhões, tendo permanecido estável em relação ao primeiro trimestre. Houve ampliação dos segmentos de menor risco, como o consignado (52,3%) e o imobiliário (20,8%). Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 295,4 bilhões, com elevação de 6,0% em doze meses, e queda de 3,0% no trimestre.

Inadimplência

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,1 ponto percentual, ficando em 3,3% no 1º trimestre. Apesar de a inadimplência estar baixa e em queda, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD's) subiram 26,2%, totalizando R$ 11,0 bilhões.

Efeito Selic

O crescimento do resultado com títulos e valores mobiliários foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic, que subiu para 14,25% ao ano. O aumento nos índices de preços também é outro fator que fez o resultado do Itaú quase dobrar, registrando 95% de crescimento em doze meses, totalizando R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2015.

Receita X despesas de pessoal

As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 12,2% em relação a junho de 2014 e somaram R$ 14,9 bilhões, enquanto as despesas de pessoal subiram 9,5%, chegando a R$ 8,7 bilhões. Diante disso, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 171,6%, representando 4,2 pontos percentuais a mais que em junho de 2014. 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

A Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, se reuniu nesta terça-feira (23) com o banco, na sede da Confederação, em São Paulo. O Itaú apresentou seu projeto de reabilitação, denominado pela instituição de 'Programa de Readaptação Profissional'.

De acordo com o banco, o programa atendeu, entre 2012 e 2014, 1980 funcionários que retornaram ao trabalho após afastamento por doença. A equipe de atendimento se concentra em São Paulo e no Rio de Janeiro e conta com sete médicos, dois psicólogos e um técnico de enfermagem. Segundo o Itaú, além do acompanhamento clínico, também são feitas adequações das tarefas na volta da licença médica. 

Mas os dirigentes sindicais foram unânimes em afirmar que, entre o objetivo e prática, ainda há uma grande distância. Jair Alves, coordenador do COE do Itaú, destacou, como grande falha, a construção unilateral do programa. 

Os trabalhadores ficaram de fora da elaboração deste projeto e querem participar do início ao fim do processo. Os sindicatos recebem, todos os dias, reclamações de bancários que ao retornar ao trabalho são mal acolhidos pelo gestor direito ou mesmo pelo banco.  

Durante o encontro, o gerente de Medicina Ocupacional do banco, André Fusco, acompanhado do diretor de Relações Sindicais, Marcelo Orticelli, explicou que o bancário, ao retornar ao trabalho, tem função e metas ajustadas, de acordo com sua condição de saúde. Este é um ponto contestado pelos representantes dos trabalhadores. Bancários readaptados denunciam que as metas continuam sendo as mesmas para as agências. Também existe a insegurança, o temor de ser demitido mesmo no período de seis meses do programa, que não garante estabilidade no emprego. 

Outra reunião ficou pré-agendada para 14 e 15 de julho, também na Contraf-CUT. Serão analisados pelos funcionários ponto a ponto do programa e serão encaminhadas as demandas ao banco. Também será criado o GT de Saúde do Itaú, que contará com representantes dos trabalhadores e da instituição bancária para debater as reivindicações, já que o Itaú está entre os bancos com maior número de adoecimentos por conta do trabalho. 

Fonte: Contraf-CUT

O Itaú, maior banco privado brasileiro, anunciou nesta terça-feira 5 lucro líquido recorrente de R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre do ano, uma alta de 28,2% em relação aos primeiros três de 2014, o que representa o maior resultado já apresentado por um banco no Brasil neste período. 

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado foi de 24,5%, com alta de 1,9 pontos percentuais - mais que o dobro da média do sistema financeiro internacional. 

Mesmo assim, o Itaú fechou 2.248 postos de trabalho nos últimos 12 meses. O número de empregados da holding ao final do trimestre foi de 85.773 e teve redução de 2,6% . A rede de atendimento do Itaú passou a contar com 22 novas agências no período, entretanto, foram fechados 19 PA's e abertos 1.043 novos correspondentes. 

O balanço

O lucro líquido recorrente do Itaú de R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre significa uma alta de 28,2% em relação ao mesmo período de 2014. Uma alta de 1,99 pontos percentuais em doze meses, segundo análise do Dieese. 

A carteira de crédito do banco cresceu 13,8% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 578,6 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 11,3% em 12 meses, chegando a R$ 187,3 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 304,4 bilhões, com elevação 10,7% em comparação a março de 2014.

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,5 ponto percentual no ano, ficando em 3,0% no 1º trimestre do ano. Apesar da inadimplência estar baixa e em queda o Itaú aumentou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 29,4% em relação a março de 2014, totalizando R$ 5,5 bilhões. 

O aumento nas chamadas PDDs pode estar relacionado a uma expectativa de aumento futuro da inadimplência em decorrência do aumento das taxas de juros que afeta negativamente a capacidade de pagamento do empréstimos.

As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 14,4 % em relação a 2014, subindo para R$ 7,4 bilhões, enquanto as despesas de pessoal subiram 17,1%, passando para R4,4 bilhões. Com isso, a cobertura das receitas em relação a essas despesas chegou a 167,31% em março de 2014. Ou seja, o banco cobriu totalmente a folha de pagamento com estas receitas secundárias e e ainda teve uma "sobra" equivalente a quase 70% do valor da folha. 

Veja aqui os principais dados do balanço analisados pelo Dieese. 

Fonte: Contraf-CUT

Representantes dos bancários cobraram e direção confirmou que trabalhadores não podem ser tocados ou ter seus pertences remexidos ao final do expediente.
Cobrada pelos bancários em reunião, a direção do Itaú garantiu que estão proibidas quaisquer revistas em funcionários ao final do expediente, seja em agências ou em departamentos. Em outras palavras, nenhum trabalhador pode ser tocado ou ter seus pertences pessoais remexidos. O banco admitiu erro na comunicação sobre os procedimentos de segurança, levando gestores a interpretar incorretamente a regra. O que é passível de revista são só grandes volumes, como caixas. Uma nova comunicação está sendo providenciada e em breve será distribuída. Enquanto isso não ocorre, o reparo está sendo feito por telefone. Caso a revista permaneça de forma incorreta o bancário deve denunciar ao Sindicato.  

Estão abertas até o dia 20 de março as inscrições para o programa de auxílio-educação do Itaú. Conforme acordo coletivo assinado com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, com validade de dois anos, as bolsas garantem direito a reembolso de até 11 mensalidades no valor de 70%, com teto de R$ 320.

A exemplo do ano passado, serão concedidas novamente 5.500 bolsas em 2015: 4 mil para bancários, 1.000 para bancários com deficiência e outras 500 para trabalhadores não bancários da holding. 

A ampliação no número de bolsas foi resultado de intensas negociações entre as entidades sindicais e o banco e os trabalhadores conquistaram mais 1.500, sendo que 1.000 serão destinadas preferencialmente a bancários com deficiência.

Para se habilitar, o bancário deve trabalhar há mais de 12 meses no Itaú, ter ensino médio completo, estar inscrito ou cursando a primeira ou segunda graduação ou primeira pós-graduação em instituição reconhecida pelo MEC. Só não pode ser beneficiário de outro programa com a mesma finalidade.

A inscrição deve ser feita diretamente no portal do Itaú:

> feito para mim > tudo por você > vantagens> bolsa auxílio educação > solicitação de inscrição no programa. 

Segundo o banco, a divulgação dos contemplados acontecerá em abril.


Fonte: Contraf-CUT

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