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Com o objetivo de discutir a política de gestão de pessoas do Banco do Brasil, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal aprovou na quarta-feira (10/7) um requerimento, de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), subscrito pelo deputado Assis Carvalho (PT-PI), para a realização de uma audiência pública.

O requerimento convida nominalmente para que explique publicamente a gestão de pessoas e as sucessivas reestruturações que o banco vem fazendo no país, o presidente do BB, Aldemir Bendine, bem como representantes dos Sindicatos e do Ministério Público do Trabalho (MPT).

“Os sindicatos têm denunciado a gestão de pessoas do BB e o compromisso do Banco como empresa pública comprometida com o desenvolvimento econômico e social do país. É importante que o Congresso Nacional, neste momento, responda a provocação das entidades sindicais e exija uma revisão das atividades da direção do Banco do Brasil”, destaca Otoni Lima, diretor do Sindicato e funcionário do Banco.

Foi marcada reunião de emergência com a direção do Banco do Brasil na terça-feira 16, em Brasília, para discutir dois temas graves e relevantes para o conjunto do funcionalismo: a reestruturação da Dirao/Gerat, que está atingindo centenas de bancários, e a nova GDP, que segundo boletim interno com entrevista do vice-presidente e do diretor da Dipes passa a incluir o resultado de metas individuais na avaliação de desempenho, mudando completamente a lógica que vigorava até então. O funcionalismo deve se preparar para a maior mobilização dos últimos anos pelo conjunto de ataques que vem sofrendo por parte dessa direção do banco. Primeiro foi o novo plano de funções alterando unilateralmente o direito e a remuneração dos bancários. Depois as seguidas reestruturações prejudicando milhares de funcionários com aumento da terceirização, como a recente mudança na Dirao. Leia mais sobre a reestruturação da Dirao. O banco mexeu nas regras da PLR módulo bônus em 2012 também de forma unilateral, mudando na rede o modelo ATB para o Sinergia, que não respeita minimamente acordos de trabalho mensuráveis semestralmente para as dependências do banco. E agora estabelece uma avaliação de desempenho baseada em cumprimento de metas individuais e abre perspectivas para o aumento do descomissionamento para o maior segmento de funcionários com funções, pois hoje temos cerca de 60 mil bancários que ficarão à mercê de seus gestores imediatos. As entidades sindicais se reunirão com o banco para ouvir as explicações da empresa e para questionar as mudanças. A categoria espera muito envolvimento do conjunto do funcionalismo na campanha 2013 porque o banco segue piorando as condições de trabalho e desrespeitando o funcionalismo, que deveria ser tratado com o respeito que merece por lutar diariamente para ajudar o povo brasileiro como um banco público e não consegue devido às ordens e diretrizes que vêm da direção geral. Fonte: Contraf-CUT

O julgamento da ação civil pública 1/2012, movida pelo Ministério Público do Trabalho, cobrando Cassi e Previ para todos os trabalhadores oriundos de bancos incorporados pelo Banco do Brasil, foi adiado para o próximo dia 26 de agosto pela juíza Larissa Lizita Lobo Silveira, da 3ª Vara do Trabalho de Brasília. A Justiça havia definido que o veredito seria anunciado na última sexta-feira (5/7), após a audiência final do processo, realizada em 4 de junho. O Sindicato do ABC continuará acompanhando o processo sem abrir mão da mobilização para garantir os direitos dos bancários incorporados.

Já virou pesadelo a rotina do Banco do Brasil de reestruturações recorrentes, umas após outras, com fechamentos e centralizações de unidades, todas elas trazendo inúmeros transtornos e insegurança a centenas de trabalhadores que acabam por perder suas funções e postos de trabalho nas regiões onde estão estabelecidos com suas famílias. Dessa vez as mudanças são na Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais (Dirao). Diversos sindicatos no país têm recebido denúncias ao longo da semana sobre as consequências oriundas dessa reestruturação e que unidades e postos de trabalho serão fechados em vários locais. Ao longo da semana, com o retorno dos bancários e dos sindicatos, foi possível perceber a extensão dos prejuízos que mais essa reestruturação unilateral do banco está causando aos seus trabalhadores. Os trabalhadores reivindicaram abertura imediata de discussões para debater a questão em ofício enviado ao BB nesta sexta-feira 5. Veja aqui o ofício. Além da redução de 132 vagas na estrutura geral da Dirao, o banco fechou em várias partes do país as unidades Gerats e não será fácil realocar centenas de bancários sem que eles tenham prejuízos em seus salários e rotinas de vida. Também há uma questão referente a um descumprimento do que o próprio banco afirmou quando implantou em janeiro de 2013 o novo plano de funções comissionadas. O BB afirmou que não iria forçar a adesão de bancários das funções gratificadas de 8h a migrarem para as novas de 6h, com redução de salários. Para que o banco cumpra o que disse, as dezenas de assistentes A que estavam na antiga estrutura da Dirao devem ter condição de manter sua opção de 8h na nova estrutura, caso contrário o banco teria afirmado uma coisa aos funcionários e estaria fazendo outra agora na reestruturação dessa área-meio, ao extinguir centenas de vagas de assistentes A de 8h dando a "opção" de migrarem para as novas vagas de Assistente de Negócios de 6h com redução de salários (entre R$ 600 a R$ 1.000 a menos) ou ficarem sem a comissão. Isso é descumprir aquilo que o próprio banco se comprometeu em janeiro. Fonte: Contraf-CUT

Contando com o apoio do Sindicato dos Bancários do ABC, Rafael Matos foi eleito representante dos funcionários ao Conselho de Administração (Caref) do Banco do Brasil no segundo turno da eleição direta realizada entre os dias 24 e 28 de junho. O candidato teve 21.081 votos contra 18.008 de Ronaldo Zeni. Os dois candidatos foram os mais votados no primeiro turno, ocorrido entre 3 e 7 de junho. "Agradeço a todos que participaram do processo e vamos lutar juntos para pautar no conselho as questões que afetam os funcionários. Faremos esse processo de maneira participativa através dos sindicatos. Obrigado a cada apoiador, pois o mandato é da categoria e não é um projeto pessoal", diz Rafael Matos. Fonte: Contraf-CUT