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Os congressos começam nesta quinta (16), e na sexta (17) os bancários participam 1º Seminário Nacional em Defesa dos Bancos Públicos
A investida do governo interino e “ilegítimo” de Michel Temer contra as estatais tornou-se evidente desde o primeiro momento em que assumiu o poder. É neste contexto, de grande preocupação, mas também de muitas mobilizações em defesa das empresas públicas, que os bancários do Banco do Brasil e da Caixa iniciam, nesta quinta-feira (16), seus congressos nacionais, que discutirão suas pautas específicas de reivindicações para a Campanha Nacional dos Bancários 2016.
Durante os congressos serão discutidos emprego, remuneração, saúde, segurança e igualdade de oportunidade justamente num momento em que os bancos públicos estão sob ameaça. Os golpistas do governo interino, em menos de um mês de governo, atacaram fortemente o patrimônio do povo e, dentro disso, os bancos públicos.
O 27º Congresso Nacional dos Funcionários do BB e o 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) ocorrem no Hotel Holiday Inn, no Anhembi, em São Paulo. Com o objetivo de debater a grande ameaça que Michel Temer representa ao patrimônio público, a Contraf-CUT realiza também, no mesmo local, o 1º Seminário Nacional em Defesa do Bancos Públicos. Além dos bancários do BB e da Caixa, de outros bancos públicos e privados, o Seminário irá reunir diversos atores da sociedade civil, movimentos sindicais, sociais, populares e parlamentares.
Congressos
Os Congressos dos bancários do BB e da Caixa seguem até domingo (19). Cerca de 800 delegados e delegadas, de todo o País, devem participar dos encontros, que debaterão as demandas dos trabalhadores das instituições financeiras.
Após a aprovação das pautas específicas, que serão encaminhadas aos bancos, os trabalhadores também participam da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, de 29 a 31 de julho, em São Paulo, quando será discutida e definida a pauta geral de reivindicações deste ano, de toda a categoria bancária.
Programação
Quinta-feira 16 de junho
19h - Abertura conjunta do 27º CNFBB e do 32º CONECEF
Sexta-feira 17 e junho
9h às 16h - Seminário Nacional em Defesa dos Bancos Públicos
27º CNFBB
Sexta-feira 17 e junho
17h – Regimento Interno
17h30 - Apresentação das teses
Sábado 18 de junho 9h30- Trabalho em Grupos 15h- Plenária das Correntes Domingo 19 de junho 10h às 13h - Deliberações finais no plenário geral 32º CONECEF Sexta-feira 17 e junho 17h –Regimento Interno 18h - Apresentação das teses Sábado 18 de junho 9h - Instalação e início dos trabalhos dos grupos 14h às 16h – Finalização dos trabalhos dos grupos 17h – Apresentação dos relatórios dos grupos Domingo 19 de junho 9h às 13h - Plenária Geral – EncerramentoO plenário da Câmara dos Deputados aprovou no início da madrugada de 15 de junho passado o PL 4918, chamado de Estatuto das Estatais ou Lei de Responsabilidade das Estatais. O projeto é oriundo do PLS 555, tem DNA tucano e motivou uma grande mobilização do movimento sindical, social e associativo, dando origem à criação do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas. Como teve seu texto modificado, volta agora para nova análise no Senado, mas, na avaliação das entidades que participam dessa luta, sua essência privatista foi derrubada.
“Mais uma vez tiramos leite de pedra. Assim como ocorreu na votação do Senado, procuramos o apoio dos parlamentares e construímos emendas para tornar o projeto menos nocivo aos trabalhadores e à sociedade brasileira. Não houve retrocessos no que já havia sido obtido e avançamos mais, excluindo do projeto o caráter privatista, o que é uma grande conquista”, avalia a coordenadora do comitê nacional, Maria Rita Serrano, que aponta como fator fundamental para esses avanços a grande união de entidades distintas, como centrais sindicais e sindicatos de várias categorias.
Esse empenho de entidades e trabalhadores também é apontado pelo presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. “Apesar do curto espaço de tempo promovemos grandes debates. Para nós, da Caixa, é uma vitória que não tenha que se tornar sociedade anônima e, para as estatais, de um modo geral, foram reduzidos os impactos negativos do projeto. Tudo isso é fruto dessa grande mobilização”, afirma. Nas ações na Câmara participaram representantes de diversas entidades, como Fenae, Anapar, CUT, Contraf-CUT, UGT, sindicatos dos bancários de Belo Horizonte e ABC, entre outras.
Os avanços obtidos na Câmara referendam alguns já obtidos no Senado, como a retirada da obrigatoriedade de as empresas se tornarem sociedades anônimas, fim da exigência de as empresas não terem mais ações preferenciais e a determinação de que o Estatuto das Estatais só será obrigatório para empresas que tenham mais de R$ 90 milhões de receita operacional bruta (o que deixa de fora a maioria das estatais, com menor porte). Também foi ampliado de 10 para 20 anos o prazo para que sejam colocadas à venda 25% das ações das empresas de sociedade mista.
No caso das restrições para participação nos conselhos das empresas, a determinação de que no mínimo 25% dos membros do conselho de administração das estatais sejam independentes foi reduzida para 20% e, dentro desses 20% devem estar os representantes dos trabalhadores e acionistas. Mais debates - Entre os pontos negativos do PL 4918, na avaliação das entidades, está a inclusão pela Câmara da possibilidade de profissionais liberais ocuparem cargos nos conselhos, o que abre margem para a entrada de profissionais do mercado. Já a conquista de que os representantes sindicais ou de partidos poderão ser nomeados se deixarem as funções antes que isso ocorra, não sendo mais necessário o período de três anos de afastamento, também pode criar problemas para a representatividade se o conselheiro eleito pelos trabalhadores para o conselho for do movimento sindical.
O Senado pode aprovar o texto da Câmara na íntegra ou parcialmente, ou ainda retomar o texto original que havia enviado, mas nada deverá ser adicionado. Outros projetos que ameaçam as empresas públicos prosseguem em apreciação no Congresso Nacional, exigindo novas mobilizações. Mais informações sobre o assunto acessehttp://www.diganaoaopl4918.com.br/port…/diga-nao-ao-pl-4918/ ehttps://www.facebook.com/diganaoaopl4918/
PLP 268: a luta continua – A votação do PLP 268, que altera as regras dos fundos de pensão, foi adiada para a próxima terça-feira, 21 de junho. O embate será muito difícil, já que a intenção do governo golpista é aprova-lo na íntegra. Entre os principais itens que ameaçam os fundos de pensão estão as seguintes exigências: diretoria executiva contratada no mercado; conselho deliberativo com seis membros (dois independentes, dois indicados pela empresa patrocinadora e dois eleitos pelos participantes e assistidos); conselho fiscal com seis membros (dois independentes, dois indicados pela empresa patrocinadora e dois eleitos); escolha de conselheiros independentes e diretores por “empresa especializada”.
PL 4918: avanços na Câmara
(novos avanços e que referendam os já obtidos no Senado)
- Retirada da obrigatoriedade de as empresas se tornarem sociedades anônimas,
- Fim da exigência de as empresas não terem mais ações preferenciais
- Representantes sindicais ou de partidos poderão ser nomeados se deixarem as funções antes que isso ocorra, não sendo mais necessário o período de três anos de afastamento (*)
- Estatuto das Estatais só será obrigatório para empresas que tenham mais de R$ 90 milhões de receita operacional bruta (o que deixa de fora a maioria das estatais, com menor porte).
- Ampliado de 10 para 20 anos o prazo para que sejam colocadas à venda 25% das ações das empresas de sociedade mista.
- Redução de 25% para 20% dos membros do conselho de administração independentes e, dentro desses 20%, devem estar os representantes dos trabalhadores e acionistas
(*) Apesar de positivo, item pode criar problemas para a representatividade se o conselheiro eleito pelos trabalhadores para o conselho for do movimento sindical.
Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas
Unidades deverão entrar em funcionamento até setembro, com remanejamento de funcionários
O Sindicato recebeu a visita de representantes do Banco do Brasil no último dia 9 para informar sobre a implantação de dois escritórios de negócio (digital) em Santo André, sendo um para atendimento a Pessoas Físicas (PF) e outro a jurídicas (PJ). O início de operação se dará até setembro e, segundo o banco, a nova configuração não trará impacto para o emprego na região do ABC.
Os escritórios terão funcionamento estendido, das 8h às 22h (PF) e 18h (PJ). Com isso, além do remanejamento de funcionários de outras unidades, as novas carteiras terão um número maior de clientes do que as atuais carteiras convencionais. O banco alega que retirar funcionários das agências não prejudica o atendimento porque “o trabalho vai junto”. O projeto não cria novas vagas na região.
“Hoje a maior preocupação do Sindicato é com o emprego, por mais que os bancos digam que o atendimento digital não reduzirá empregos, pois cria oportunidades. A prática tem demonstrado que os bancos querem reduzir custos e consequentemente reduzir empregos”, disse o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.
Cada unidade de escritório de negócios contará com um gerente geral (nível 1), gerentes de relacionamento e assistentes, conforme o número de carteiras. Haverá metas especificas para os trabalhadores dos locais e o atingimento dos resultados de seus clientes impactará também a agência de relacionamento convencional (espelhamento de resultados).
“Na nossa visão, ao retirar bancários das agências o banco agrava o problema de falta de funcionários. O banco do Brasil deveria se preocupar também em atender aqueles que hoje são constrangidos a utilizar `meios alternativos´, já que são barrados nas portas das agências”, afirma Otoni Lima, diretor do Sindicato e funcionário do banco.
“Aos que trabalharem nestes escritórios será exigido uma produtividade ainda maior e o controle sobre os atendimentos será contínuo pelo próprio sistema. Defendemos que os ganhos de produtividade sejam repartidos com os trabalhadores, seja com redução de jornada e também com aumentos salariais e de direitos”, finaliza Otoni.
O banco não detalhou quem serão os funcionários escolhidos para trabalhar sob o novo sistema e também o plano de segurança das novas agências.
PSO e fechamento de Agência - O banco vai fechar a agência General Glicério e Dom Pedro II. Não foi relatado os impactos das mudanças junto ao PSO (caixas, escriturários e gerentes) das agências extintas.
Participaram da reunião no Sindicato o gerente regional Evandro; Lucas de Freitas e Juliana, da Super Leste, e Telma, da Gepes, além dos representantes sindicais Otoni Lima, Belmiro Moreira e Natalino Fabrinni.
Aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados, minuta específica apresenta prioridades apontadas pelos bancários
A defesa do emprego foi o ponto principal da reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco com os representantes do banco, que ocorreu na tarde desta quinta-feira (9), na Cidade de Deus, em São Paulo, na sede do Bradesco.
A pauta de reivindicações especificas dos funcionários do Bradesco foi aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados com o destaque na manutenção do emprego. Entre outras prioridades aprovadas pelos bancários destacam-se auxílio-educação, adiantamento de férias, plano de cargos e salários, remuneração total, segurança bancária, plano de saúde e seguro saúde, fim do assédio moral e metas abusivas.
“O banco foi duramente criticado pela onda de demissões e pela falta de contrações que aterroriza os bancários e bancárias de todo o território nacional. Não podemos compactuar com este aumento assustador de corte de postos de trabalho. Em ano olímpico não deixaremos que a chama do emprego apague”, destacou o coordenador da COE do Bradesco e diretor do Sindicato, Gheorge Vitti.
Na ocasião, o banco negou a onda de demissões, alegando que as demissões são de ordem natural, ou seja, de troca qualitativa ou relacionadas ao desempenho, pedidos de demissões e aposentadorias.
Demissões
No primeiro trimestre de 2016, o banco Bradesco teve lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões, equivalente a uma redução de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015. Mesmo fechando o início do ano com lucro, o banco manteve sua política de corte de postos de trabalho. Em apenas um ano, de março de 2015 a março de 2016, foram 3.581 empregos a menos no segundo maior banco privado do país. Somente de dezembro de 2015 a março deste ano, foram extintas 1.466 vagas de trabalho.
Também houve redução no número de agências. São 152 unidades a menos em março de 2016, na comparação com março de 2015.
“O banco mais demitiu do que contratou em todo o território nacional. Por isso, a nossa luta se intensifica e cobraremos do Bradesco o seu compromisso social. Não aceitaremos retrocesso na luta pela defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores”, alegou a vice-presidenta da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
Os dirigentes sindicais reivindicaram que na próxima reunião o banco apresente os números de contratações feitas em todo o país.
HSBC
Outro ponto abordado na reunião foi a aquisição de 100% do capital do HSBC Brasil pelo Bradesco. Em virtude da concretização desta compra, os dirigentes sindicais afirmaram que vão ficar de olhos abertos na questão do emprego e nos direitos dos trabalhadores do HSBC.
De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, mais uma vez, o banco se esquivou em suas respostas. “A minuta que entregamos ao Bradesco foi muito eloquente: começou com a palavra ‘emprego’. Dissemos ao banco que tínhamos muitas expectativas quanto à manutenção dos postos de trabalho no processo de aquisição do HSBC, cuja concordância do CADE foi ontem (8) e que, infelizmente, não determinou salvaguardas relativas às relações trabalhistas. Cobramos veementemente que o banco pare com as demissões que aumentaram a quantidade neste início de 2016 em relação ao primeiro trimestre de 2015. O banco negou que esteja praticando qualquer tipo de reestruturação frente à futura incorporação do pessoal do HSBC, mas não mostrou dados estatísticos. Por conta destas demissões, os sindicatos vêm cumprindo uma agenda de atos de protestos nos locais de trabalho. O banco esquivou-se de falar sobre seus planos para o HSBC dizendo ter sido muito recente a autorização e que ainda não assumiram efetivamente a rede, mas pré-agendamos outra reunião para o dia 22. Lá teremos algumas respostas”.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Elias Jordão, que participou da reunião, o RH do Bradesco alegou não ter respostas, neste momento, para os empregados do HSBC, pois o processo que transcorria no Cade proibia o banco de ter acesso às informações sobre qualquer área, até a concretização final do negócio. "Quando questionamos sobre o futuro dos trabalhadores do HSBC e do Bradesco, o RH do bancou replicou a frase do presidente, segundo a qual, o Bradesco não estaria apenas comprando um banco ou um negócio, mas assumindo pessoas e um capital humano. Infelizmente, esta resposta não nos basta. Sobretudo se considerarmos que fusões anteriores sempre trouxeram resultados negativos para os trabalhadores", afirmou.
Foi proposto pelos representantes dos trabalhadores que a próxima reunião para tratar deste assunto seja o mais breve possível, para que o banco apresente os números sobre a questão da compra que envolve a fusão. O próximo encontro ficou pré-agendado para o dia 22 de junho. Data a confirmar.