Área restrita

Bancos Públicos: Confira as últimas negociações

Notícias
Tipografia

Confira as últimas negociações

 

14/08/2024 - Última atualização

 

Banco do Brasil

 

Movimento sindical saiu frustrado da sétima rodada de negociação da Campanha Nacional 2024

 

Na manhã de quarta-feira (14), em São Paulo, o Banco do Brasil apresentou respostas a algumas das reivindicações da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) durante a sétima rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024, focada na renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). No entanto, as respostas geraram grandes frustrações por serem classificadas como insatisfatórias.

Entre os temas discutidos, um dos pontos centrais foi o assédio moral e a desconexão. O banco propôs a utilização de uma nova ferramenta, chamada Slack, que teria controle de jornada e salvamento de conversas, substituindo o uso do WhatsApp para questões de trabalho, que será proibido.

Outro ponto abordado foi o banco de horas negativas adquiridas durante a pandemia da covid. Atualmente, 5.233 funcionários ainda possuem horas devedoras. Desses, 4.707 têm até 360 horas negativas, algo que, segundo o banco, seria possível de zerar até o prazo estabelecido, em maio de 2025. No entanto, 566 funcionários enfrentam uma situação mais complicada, com uma média de 1.034 horas devedoras, sendo que 239 destes têm mais de 60 anos de idade.

Como proposta, o Banco do Brasil sugeriu anistiar as horas de quem tem mais de 60 anos e pais com filhos com deficiência que possuem redução de jornada, além de iniciar um programa de incentivo ao pagamento das horas restantes. A comissão reforçou o pedido por anistia a todos funcionários. “Nós não queremos chegar em maio do ano que vem e temos de debater este tema novamente. Está na hora de deixarmos a pandemia para trás”, afirmou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr.

Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o banco negou a possibilidade de eliminar o teto existente, frustrando uma das expectativas dos funcionários. Em relação à revisão de cargos, o banco ainda não deu nenhuma devolutiva, alegando que a questão ainda está em debate interno.

A comissão também cobrou um retorno sobre o programa Perfoma, plano de cargos e salários, e sobre as metas impostas aos funcionários. "A rede varejo continua nos cobrando muito, pois os funcionários continuam adoecendo com essa cobrança enlouquecedora por vendas. Era importante a gente sair daqui com um retorno," destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Outro ponto que ficou sem resposta foi a questão da saúde e previdência dos incorporados, assim como a reposição de funcionários após o desmonte que o Banco do Brasil sofreu nos últimos governos federais. A comissão também ressaltou a importância da ampliação da licença parentalidade. "A gente esperava sinalizações positivas para que avançássemos para a renovação do acordo," concluiu Fernanda.

Durante a reunião, o banco também anunciou que todos os funcionários da rede, agências e escritórios serão migrados para uma nova plataforma digital de concorrência a partir desta quinta-feira (15), deixando o sistema antigo obsoleto. “Consideramos positiva a migração do TAO para o DIGITAO, pois garante maior transparência nos processos de concorrência e ascensão", afirmou Fernanda.


A próxima reunião foi marcada para o dia 22 de agosto, às 15h, em Brasília.

 

Caixa

 

Caixa traz retornos pontuais mas negociação precisa avançar

 

Banco trouxe respostas que indicam convergência em premissas de algumas reivindicações, mas falta debate que permita avanços na redação das propostas; Caixa precisa responder demais demandas

 

A Caixa Econômica Federal trouxe algumas respostas, nesta quarta-feira (14), para as reivindicações das empregadas e empregados, apresentadas anteriormente pela Comissão Executiva de Empregados (CEE) em reuniões de negociações para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do pessoal da Caixa.

 

 

“Embora a Caixa tenha sinalizado convergências em relação às premissas de algumas das propostas que apresentamos, ainda precisa avançar na definição destes pontos e nos trazer respostas para os demais temas apresentados”, avaliou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro.

 

 

“Avaliamos como positiva a devolução que a Caixa nos trouxe, mas esperamos que na próxima reunião sejam trazidas redações sobre estes temas e sobre os demais que já foram apresentados anteriormente”, completou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.


07/08/2023

 

Bancos públicos: saiba como foi a negociação em 7 de agosto

Caixa - A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa cobrou que o banco reconheça o trabalho de todas as empregadas e empregados no pagamento do Bônus Caixa. Outra demanda apresentada foi para que se promova a chamada “substituição em cascata”, nos casos de colegas que precisem cobrir as tarefas daqueles que precisarem se afastar temporariamente, e pague os devidos salários das funções que sejam realizadas.
Também foram reivindicadas soluções para o endividamento dos trabalhadores e que o banco aplique a menor taxa que é concedida pelo banco, para os empregados da ativa e aposentados que solicitem empréstimos consignados.

Outras cobranças foram para que sejam observados os pedidos de transferências registrados no Movimenta.Caixa antes das contratações de novos empregados aprovados no último concurso público e a rápida estruturação das Gipes e Repes, para que elas possam, o mais rápido possível começar a desempenhar sua função e, desta forma, sejam solucionados problemas regionais que prejudicam o dia a dia de trabalho e a qualidade de atendimento do Saúde Caixa.
O banco tem acolheu as reivindicações e informou que podem ser estudadas soluções, mas ainda não trouxe nada de concreto para propor. A promessa era a de que no início de agosto as devolutivas sobre as reivindicações seriam apresentadas, e espera-se que na semana que sejam trazidas as respostas.

A representação sindical dos trabalhadores já agendou para o dia 12 de agosto (segunda-feira), um dia de mobilização nacional para cobrar respostas satisfatórias às reivindicações da categoria.

Banco do Brasil - Os temas da negociação incluíram Metas, Gestão de Desempenho Pessoal (GDP), plano de cargos e remuneração, Performa, carreira de mérito, caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco l (CEBB) apresentou relatos de aumento de metas por todo o Brasil. Uma das reivindicações é a transformação da mesa temática sobre cobrança de metas em uma mesa permanente com reuniões trimestrais.

Os dados apresentados pelo BB sobre a GDP evidenciam uma redução significativa nos casos insatisfatórios e descomissionamentos nos últimos três anos. De 2021 para 2022, os casos insatisfatórios reduziram 15,9% e os descomissionamentos 56,8%. Já no ano seguinte, os casos insatisfatórios caíram de 25,8% e os descomissionamentos 93,3%.

Mesmo com os números positivos, os representantes dos trabalhadores reivindicam que o descomissionamento decorrente de avaliações de desempenho funcional passe a observar três ciclos avaliatórios insatisfatórios consecutivos antes de ser aplicado. Além disso, o sistema de GDP deve possibilitar a defesa do funcionário. A comissão cobra ainda a exclusão de anotações negativas em caso de não cumprimento de todas as fases do ciclo avaliatório ou indícios de vício de origem.

Plano de Cargos e Remuneração (PCR) - A comissão reivindicou que a carreira de mérito possa incrementar a remuneração dos comissionados, com as promoções com base em uma pontuação acumulada ao longo do tempo de serviço. As promoções também devem considerar o tempo de permanência em cargos no banco, com diferentes grupos de funcionários recebendo pontos diários para progressão na carreira.

Caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço - A negociação também abordou questões específicas dos caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço. A reivindicação dos trabalhadores é que o exercício da função de caixa seja pontuado tanto para concorrências de ascensão profissional quanto para a carreira de mérito, desde o primeiro dia na função. A substituição de comissionados deve ser garantida a partir do primeiro dia de ausência do titular do cargo, assegurando ao substituto o mesmo salário do substituído.

O BB garantiu que a situação está sendo avaliada e irá retornar até o fim das negociações da campanha nacional.

 


25/07/2024

Saúde e condições de trabalho foram os temas centrais da quinta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil, realizada na manhã de sexta-feira (26), em São Paulo.

A primeira reivindicação debatida foi a situação dos funcionários incorporados, como Nossa Caixa, Banco do Estado de Santa Catarina e Banco do Estado do Piauí, que continuam sem a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e sem a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

No segundo ponto debatido, o banco apresentou o Programa Saúde Mental, ancorado em cinco pilares, com diferentes ações e níveis de prevenção, para tratar o funcionário de forma integral. A ideia é abordar a saúde mental sob diversos aspectos, desde a tríade "atividade física + alimentação saudável + consciência plena" até consultorias especializadas em ergonomia para todos os times, apoio psicológico para os funcionários e o desenvolvimento de ações exclusivas para capacitar as lideranças sobre a importância do tema.

Segundo os representantes da instituição financeira, já foram realizados mais de 40 mil atendimentos de apoio complementar aos funcionários em seus tratamentos psicoterapêuticos, pela plataforma on-line. Os representantes dos funcionários ressaltaram a importância de que as avaliações ergonômicas sejam implementadas com maior atenção nos escritórios digitais, uma vez que esse modelo de trabalho possui especificidades que precisam ser mais bem analisadas, e a combinação de metas com ferramentas virtuais de atendimento traz  preocupações em relação a riscos de adoecimento.

Auxílio-doença

Outra reivindicação apresentada pelos representantes dos trabalhadores é que, em caso de concessão de auxílio-doença previdenciário ou auxílio-doença acidentário, pela Previdência Social, seja assegurada ao funcionário, incluindo os egressos de bancos incorporados, complementação salarial em valor equivalente à diferença entre a importância recebida do INSS e a remuneração total recebida pelo trabalhador, como salários, comissões, gratificações, adicionais, PLR, como se na ativa estivesse, até a cessação do auxílio-doença.

Durante a reunião, o banco anunciou a ampliação de dependentes para herdeiros, inventariantes e dependentes cadastrados na Previdência Social no auxílio funeral. A próxima reunião será no dia 7 de agosto e debaterá a cobrança de metas.

Caixa: Empregados exigem fim da cobrança abusiva de metas

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu com o banco na sexta-feira (26), para tratar de diversos problemas do dia a dia que afetam a saúde do trabalhador.

Quase 76% dos casos de afastamentos para tratamento de saúde de empregados da Caixa devido a questões relacionadas ao trabalho (B91) são por causa problemas mentais ou comportamentais, segundo dados do INSS levantados pelo Dieese.

O levantamento realizado pelo Dieese aponta que entre os principais motivos de afastamentos acidentários (B91) das empregadas e empregados da Caixa, 75,4% são devido a tratamentos de doenças mentais e comportamentais; 12,8% a doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo; 3,1% a fraturas; e 0,2% a problemas nervosos.
 resultado_negociacoes.png

Segundo a Caixa, a taxa de absenteísmo no banco é de 3,51%, e todos os empregados que tenham sido cobrados por tratamentos de doenças relacionadas ao trabalho (B91), devem entrar em contato com o banco para serem ressarcidos, pois os custos são de responsabilidade do banco.
 

Segundo o representante da Federa-RJ, Rogério Campanate, a forma como a Caixa apresentou os números de absenteísmo e de doenças mentais no banco deu a aparência de que o número de afastamentos na Caixa é pequeno.

“Embora o número absoluto de que 1 bilhão de pessoas no mundo sofre de depressão/ansiedade chame a atenção, ele representa aproximadamente 12,5% da população mundial. No caso da consulta nacional aos bancários, esse número fica em torno de 40% (mais de três vezes a média mundial), condizente com a pesquisa realizada pelo Dieese no âmbito do estado do Rio de Janeiro”, observou.

“E no caso do absenteísmo, a Caixa traz a informação em percentuais, com 0,37% dos empregados, a cada mês, licenciados por acidente de trabalho. Fazendo o exercício inverso e convertendo esse percentual em números absolutos temos, por mês, mais de três centenas de empregados adoecidos pela empresa, fora as subnotificações, e isso é inaceitável! Especialmente quando se tem a informação de que até 85% dos empregados atribuem esse adoecimento às metas e as formas de cobrança para seu atingimento”, completou.

Os representantes dos empregados citaram instrumentos e práticas adoecedoras do banco, como  colocar indivíduos para disputar individualmente no time de vendas, cobrança pelo WhatsApp, Teams, ligações-ponte; controle de hora em hora no meio e até depois do expediente.

A Caixa se comprometeu a acabar com o feedback de caráter punitivo e utilizar o mecanismo apenas para contribuir com o desenvolvimento das empregadas e empregados.
 

Os empregados também lembraram que faz dois anos que toda a mídia divulgou as denúncias de assédio moral e sexual envolvendo o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, e que não houve punição para o principal denunciado. Cobraram solução para o caso para evitar que empregados e empregadas fiquem com receio de denunciar e ainda serem punidos por fazerem a denúncia.

Políticas de prevenção


Os empregados também exigiram a melhoria do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com mais credenciamento de profissionais e clínicas de saúde para a realização dos exames e também com políticas efetivas de prevenção.
 

A CEE também cobrou o fim do teto de 6,5% da folha de pagamentos para gastos da Caixa com a saúde dos empregados. Lembraram que o teto foi inserido no estatuto do banco por causa de uma leitura equivocada do CPC33, que limita os gastos das empresas de economia aberta com a saúde dos empregados. A representação sindical dos trabalhadores observou que, como a Caixa não possui ações na Bolsa de Valores, não teria a obrigação de se enquadrar ao CPC33.

Além disso, os empregados cobraram que todos os custos que a Caixa joga para o Saúde Caixa, que não seja efetivamente de saúde, como os custos da escola inclusiva, sejam arcados pela Caixa, como os custos da escola inclusiva para os filhos neurodivergentes de empregadas e empregados e aqueles gerados por doenças ocupacionais (B91).

A Caixa se dispôs a realizar uma reunião do GT de Saúde, para tratar de questões específicas que envolvem o Saúde Caixa na terça-feira (30), ainda sem horário definido e, a pedido dos empregados, divulgou a relação de nomes dos responsáveis pelas Gipes, que começam a funcionar a partir de 5 de agosto.

Gipes Belém – Emelyn Azevedo
Gipes BH – Ricardo Lopes Broto
Gipes DF – Diogo Almeida
Gipes Curitiba – Marcia Shizue
Gipes São Paulo – Leandro José Correia
Gipes Salvador – Claudia Mierlo
Gipes Rio de Janeiro – Rodrigo Pereira
Gipes Fortaleza - em aberto

Outras reivindicações
 

A representação dos empregados entregou à Caixa um documento com propostas para o equacionamento do déficit do plano REG/Replan, da Funcef e cobrou a instalação de um grupo tripartite entre a Contraf/CEE, a Caixa e a Funcef para negociar o equacionamento.

A representante da Fetec-CUT/SP, Vivian Sá, entregou um abaixo-assinado contra o fechamento da agência Praça do Forró, na Zona Leste de São Paulo. O encerramento das atividades da agência está previsto em decorrência do processo de digitalização de agências pela Caixa.

BLOG COMMENTS POWERED BY DISQUS