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Bancos Públicos: Confira as últimas negociações

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Confira as últimas negociações

 

13/09/2024 - Última atualização

ACT/Caixa aprovado!

Sindicatos de bancários de todo o país realizaram assembleias de empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, nesta quarta (11) e quinta-feira (12), e aprovaram o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Caixa Econômica Federal. O documento será assinado na segunda-feira (16), a partir das 14h, e o banco prometeu efetuar o crédito da parcela de antecipação da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) na terça-feira (17). Até o fechamento desta matéria, das 140 bases sindicais do país, 107 tinham aprovado o acordo, incluindo São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Ceará e Porto Alegre, que são as maiores bases sindicais da Caixa no país. Alguns sindicatos ainda não tinham concluído suas assembleias. Outros farão somente nesta sexta-feira. A proposta havia sido rejeitada em apenas 9 bases até o fechamento da matéria.

>>>>> Veja a lista dos sindicatos que aprovaram o ACT/Caixa

“É importante manter a unidade da categoria. A Convenção Coletiva de Trabalho, juntamente com o ACT da Caixa garantem grandes ganhos às empregadas e empregados. E obtivemos grandes avanços nesse acordo”, avaliou a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

“As empregadas e empregados estão contando com a PLR que a Caixa prometeu pagar no dia seguinte ao da assinatura do acordo”, lembrou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

A aprovação do acordo nas assembleias de ontem e hoje ajudam a garantir não apenas os avanços obtidos nas negociações deste ano, mas também direitos históricos, conquistados ao logo dos anos, que estavam em risco após o término da vigência do ACT/Caixa 2022-2024, que perdeu a vigência em 31 de agosto. A Caixa havia prometido manter os direitos nele definidos (ultratividade) somente até terça-feira (17).

Muito além do acordo

O diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro, ressaltou os diversos pontos positivos do ACT/Caixa, mas para ele, é preciso valorizar a unidade do trabalho realizado pelas diversas correntes políticas que compõem o Comando Nacional do Bancários e a CEE. “Esta unidade precisa ser valorizada e reforçada. Pois somente unidos vamos conseguir defender a categoria e a sociedade. É nosso futuro que está em jogo, tanto no setor bancário, quanto mundo do trabalho como um todo e na sociedade de forma geral”, observou. “Precisamos entender que vivemos em um momento histórico de efusão do pensamento de direita para ter claro que esse debate e tudo o que vem acontecendo perpassa pela categoria, mas atinge toda a classe trabalhadora. Somente conseguimos enfrentar esse desafio e dialogar com a sociedade se mantivermos a unidade”, completou.

A luta continua

Rafael disse que a unidade também será necessária para os debates que serão travados com a Caixa após a assinatura do ACT. “Um debate muito caro para todos nós envolve as questões do Saúde Caixa. Conseguimos que a Caixa reconhecesse a necessidade de reavaliar o fim do teto de custeio. Temos que manter a unidade para conseguir derrubar o teto, mas também para garantir o direito de manutenção do plano após a aposentadoria para quem entrou no banco depois de 2018”, lembrou.

O coordenador da CEE também destacou os avanços em questões que envolvem a diversidade e para tratamento de saúde. “Pessoas que são militantes nestas áreas disseram que os avanços obtidos são muito bons. E eu vejo da mesma forma”, disse.

Veja abaixo o resumo dos avanços do acordo

Com a assinatura do ACT/Caixa 2024-2026, que está marcada para ser realizada na segunda-feira (16), a partir das 14h, os direitos previstos no acordo anterior, como a PLR Social e à promoção por mérito (deltas), entre outros, estão mantidos. Além disso, houve avanços em reivindicações dos trabalhadores, como:

Incorporação da função e do CTVA via acordo

  • Compromisso da Caixa em viabilizar inclusão da incorporação da função gratificada e do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA) na CCP/CCV, para empregados contratados até 10/11/2017, conforme regras:
  1. Contempla todas as rubricas (função, CTVA, CTP, Porte Unidade, APPA);
  2. Recebido CTVA por 10 anos;
  3. Empregados que tenham sido destituídos da função por interesses da administração;
  4. Não tenha transcorrido prazo prescricional de 5 anos;
  5. Empregados com ação judicial em andamento podem optar pelo acordo, ele decide;
  6. Compromisso da Caixa com a promoção da diversidade e inclusão;

Saúde Caixa

  • Compromisso de discutir o fim do teto de custeio do banco com a saúde dos empregados;
  • Compromisso de discutir o direito dos empregados admitidos após 2018 de manter o plano de saúde (Saúde Caixa) após a aposentadoria.

PLR Social

  • Mantida a regra do ACT 2022/2024, sem alterações, garantindo o pagamento de forma integral.

Parentalidade

  • Cessão dos 60 dias de prorrogação da licença-maternidade para o pai, se tiver interesse da mãe (a cessão somente é possível se o/a cônjuge também trabalhar em empresas optante do programa Empresa Cidadã);
  • Possibilidade de conversão da prorrogação da licença maternidade de 60 para 120 dias com redução de 50% da jornada neste período.

Licença-paternidade

  • Poder iniciar em até 120 dias do nascimento ou da alta da criança (não sendo obrigatório o início imediato após o nascimento).
  • Jornada dos responsáveis por dependentes PcD
  • Flexibilidade na jornada;
  • Priorização no trabalho remoto;
  • Redução de jornada em até 25% nos dias de acompanhamento do dependente PcD/TEA.(garantindo situação mais benéfica nos casos em que haja decisão judicial)

Transferências PcD

  • Prioridade aos empregados PcD e empregados pai/mãe de dependente PcD na movimentação.

Cascata

  • Ampliação das agências com possibilidade substituição, que passa daquelas com 2 gerentes para agências com até 4 gerentes (aumento de 37,5% no número de agências)

Substituição

  • Redução de 8 dias para o mínimo de 5 dias em caso de outras ausências como exemplo licença médica, APIP, Luto, Casamento (hoje = 8 dias consecutivos);
  • Permitir que a substituição ocorra no dia útil seguinte, caso a ocorrência seja no final de semana (luto sábado, licença segunda).

Diversidade e inclusão

  • Participação das entidades nos comitês;
  • Composição representativa dos membros das comissões conforme eixos;
  • Manutenção dos eixos existentes e possibilidade de revisão / criação de outros.

Saúde do trabalhador

  • Compromisso com prevenção e promoção à saúde e foco em saúde mental;
  • Retomada do GT Saúde do Trabalhador.

Saúde financeira

  • Compromisso com ações de educação financeira para prevenção do superendividamento;
  • Caixa assume o compromisso em trazer opções de taxa, créditos e outras opções que auxiliem os empregados na redução do endividamento.

Compensação de horas

  • Compromisso para registro de texto explicitando que é “é vedada a realização de horas extras negativas por iniciativa da empresa”, para reforçar que o gestor não pode obrigar que o empregado crie banco de horas negativas;
  • postergar prazo de compensação de horas negativas e positivas para 6 meses;
  • O empregado continuará recebendo 50% das horas-extras realizadas de forma imediata, mantendo-se a regra de pagamento de 100% de HE para agências com até 20 empregados.

Licença Médica

  • Adiantamento/antecipação do benefício por incapacidade temporária até recebimento do benefício, mediante comprovação do agendamento da perícia presencial ou documental;
  • Devolução do adiantamento/antecipação conforme margem de 35%;
  • Opção de acerto por meio de horas de trabalho, sob análise do volume de horas, em caso de indeferimento do benefício pelo INSS;
  • Ajuste de redação do ACT considerando a redação da regra interna que não prevê a dispensa automática de função em 6 meses (nova redação terá o compromisso de garantir condição mais benéfica)

Adicional Embarcado

  • Aumento do valor diário pago a empregados embarcados de R$ 55 para R$ 100;
  • Reajuste anual, acompanhando índice Febraban / CCT;
  • Conceito da regra de “trabalho em agência barco” para “empregado embarcado”;
  • A Caixa vai estudar uma possível ampliação da quantidade de dias de folga.

Vale Transporte

  • Opção de reembolso na inexistência de transporte público;
  • Limite de distância 200km / dia;
  • Ciência do gestor.

Férias

  • Não obrigatoriedade do adiantamento de salário nas férias.

Fonte: Contraf-CUT

 09/09/2024

Nacionalmente, maioria dos funcionários do BB aprova ACT negociado com o banco

Acordo será assinado amanhã, 10.

Assim como ocorreu no ABC, a maioria dos funcionários do Banco do Brasil (69% dos sindicatos da base da Contraf-CUT) aprovou a proposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) negociado com o Banco do Brasil.

O ACT será oficialmente assinado nesta terça, 10, e os sindicatos que aprovaram a proposta, como os do ABC, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rondônia, receberão a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na sexta-feira, dia 13, três dias após a assinatura

#ASuaLutaNosConecta

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02/09/2024

Banco do Brasil - Renovação do ACT com avanços

A décima rodada de negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico, realizada na tarde deste sábado (31) na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o Banco do Brasil apresentou sua proposta global. A formalização veio após a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) divulgar sua oferta para a categoria.

Entre os principais pontos da proposta apresentada pelo Banco do Brasil estão:

Elevação do teto da PLR – A partir da próxima PLR já vai estar valendo a nova regra, com limite a sete salários por ano. O banco também assumiu o compromisso de fazer o pagamento após três dias úteis da assinatura do acordo.

Rede de negócios – Revisão dos cargos de assistente de negócios, supervisor de atendimento e caixas. Serão abertas quatro mil vagas para nova função com jornada de 6 horas e salário será maior que o dos caixas, os caixas serão priorizados na concorrência. Serão criadas 2700 vagas para o cargo de 8 horas, que terá salário superior ao de supervisor de atendimento. Além disso, na rede de negócios, serão abertas 500 vagas de gerente de relacionamento. Mais de 11 mil funcionários serão impactados pelo aumento salarial.

Rede de apoio – Banco irá aumentar o valor de referência dos cargos de assistente júnior e assistente pleno. Cerca de 4 mil funcionários serão impactados por este aumento.

Funcionários oriundos dos bancos incorporados – O banco se comprometeu a resolver as questões relacionadas à saúde e previdência dos funcionários dos bancos incorporados até 31 de julho de 2025. Reuniões bipartites trimestrais serão realizadas para discutir o tema.

Caixa – O banco está assumindo o compromisso manter a gratificação do Caixa até dezembro deste ano, para os agentes comerciais que vinham recebendo esta gratificação. Durante este período, os caixas serão priorizados nas novas funções com salário maior que o atual. Os caixas que continuarem abrindo caixa continuam fazendo jus à gratificação. Os caixas com mais de 10 anos de função em 2017 terão a gratificação incorporada. Além disso, BB irá instituir um programa de qualificação para se qualificar para novas funções.

Tabela de pontuação por mérito – A proposta inclui a ampliação do número de faixas na tabela de pontuação por mérito, permitindo maior variação de pontos e possibilitando que os funcionários acumulem pontos e mudem de faixa mais rapidamente. Com a implementação, 50% dos funcionários seriam beneficiados imediatamente.

Teletrabalho nos escritório de negócios – A proposta é dobrar a quantidade de escritórios que realizam TRI e assegurar que, pelo menos, um escritório em cada estado faça esse trabalho, a partir final do ano.
Plataforma Conexão – O banco planeja mudanças no sistema de métricas de metas. Segundo a proposta, todos que superarem seus indicadores receberão uma premiação. Caso essa regra estivesse em vigor no segundo semestre de 2023, cerca de 40 mil funcionários a mais teriam sido premiados.

Encarreiramento – O banco propõe reduzir o prazo para a concorrência para 12 meses na nomeação de diversas funções na rede de varejo. BB também irá retirar a trava 10% de claros para casos de ascensão.

Praças de difícil provimento – Para incentivar a movimentação de funcionários para localidades de difícil provimento, o banco propõe um incentivo pecuniário por 12 meses, em valores crescentes.

Verba de viagens – O Banco do Brasil sugere elevar a verba destinada a viagens a serviço, com uma revisão bianual dos valores.

Desligamento – cláusula que cria regra clara contra demissao imotivada de funcionários.

Todas essas conquistam se juntam as que já tinham sido anunciadas na sexta-feira (30), como redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis por dependentes PCDs, medidas relacionadas ao banco de horas negativas acumuladas durante a pandemia de covid, volta dos vigilantes em todas as unidades de varejo, independente de ter numerário ou não e criação comitê de ética paritário, formado por dois eleitos pelos funcionários e dois indicados pelo banco.

“Avaliamos que a proposta final atende uma série de demandas dos funcionários do BB, debatidas amplamente durante os últimos meses. A proposta traz avanços na remuneração e nas cláusulas sociais, por isso indicamos às funcionárias e aos funcionários do BB a aprovação", afirmou a coordenadora da CNFBB, Fernanda Lopes.

Caixa - Acordo traz vários avanços

Texto prevê fim da função por minuto; redução da jornada, sem redução salário, para pais de PcD/TEA; incorporação da gratificação após dez anos na função; criação de GT para discutir fim do teto de gastos da Caixa com a saúde dos empregados e a possibilidade de manutenção do plano pós-aposentadoria para contratados pós-2018

As negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados da Caixa se encerraram, neste sábado (31), com uma série de avanços de direitos. O texto prevê o fim da função por minuto, a incorporação da gratificação após 10 anos na função, a redução da jornada, sem redução salário, para pais de PcD/TEA; a criação de GT para discutir a possibilidade de manutenção do plano pós-aposentadoria para contratados pós-2018 e o fim do teto de gastos da Caixa com a saúde dos empregados; e mais uma série de cláusulas sociais.

“Foi quase uma década de retrocessos e muita luta pra resistir às incessantes tentativas de ataques aos nossos direitos. Muita coisa que nunca esperávamos ver em termos de ataque aos empregados, assédio clima de terror nas unidades e menosprezo das relações humanas ainda deixavam certo clima de desconfiança quanto ao andamento das negociações, porém, ao longo das rodadas com a Caixa, pudemos ir desfazendo isso e reconstruir pontes para voltar a avançar em temas fundamentais como saúde, estabilidade na função, com incorporação de função e demais temas que falaremos mais abaixo”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregado (CEE), Rafael de Castro.

“Nossa pauta de reivindicações foi construída a partir dos anseios da base, que tinha como grande expectativa a manutenção dos direitos previstos em nosso acordo coletivo, bem como avanços em pontos fundamentais para a melhoria do cotidiano de trabalho na rede de agências e departamentos bancários. E conseguimos caminhar neste sentido”, avalia a diretora da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Veja abaixo as conquistas das negociações
1. Adicional Embarcado
• Aumento do valor diário pago a empregados embarcados de R$ 55 para R$ 100;
• Reajuste anual, acompanhando índice Febraban / CCT;
• Conceito da regra de “trabalho em agência barco” para “empregado embarcado”;
• A Caixa vai estudar possível ampliação da quantidade de dias de folga.
2. Vale Transporte
• Opção de reembolso na inexistência de transporte público;
• Limite de distância 200km / dia;
• Ciência do gestor.
3. Férias
• Não obrigatoriedade do adiantamento de salário nas férias.
4. Parentalidade
• Cessão dos 60 dias de prorrogação da licença-maternidade para o pai, se tiver interesse da mãe (a cessão somente é possível se o/a cônjuge também trabalhar em empresas optante do programa Empresa Cidadã);
• Conversão da prorrogação da licença maternidade de 60 para 120 dias com redução de 50% da jornada.
5. Licença-paternidade
• Poder iniciar em até 120 dias do nascimento ou da alta da criança (não sendo obrigatório o início imediato após o nascimento).
6. Jornada dos responsáveis por dependentes PcD
• Flexibilidade na jornada;
• Priorização no trabalho remoto;
• Redução de jornada em até 25% nos dias de acompanhamento do dependente PcD/TEA.
7. Movimenta PcD
• Prioridade aos empregados PcD e empregados pai/mãe de dependente PcD na movimentação.
8. Cascata
• Ampliação das agências com possibilidade substituição, que passa daquelas com 2 gerentes para agências com até 4 gerentes.
9. Substituição
• Redução de 8 dias para o mínimo de 5 dias de ausência em caso de outras ausências como exemplo licença médica, APIP, Luto, Casamento (hoje = 8 dias consecutivos);
• Permitir que a substituição ocorra no dia útil seguinte, caso a ocorrência seja no final de semana (luto sábado, licença segunda).
10. Diversidade e inclusão
• Participação das entidades nos comitês;
• Composição representativa dos membros das comissões conforme eixos;
• Manutenção dos eixos existentes e possibilidade de revisão / criação de outros.
11. Saúde do trabalhador
• Compromisso com prevenção e promoção à saúde e foco em saúde mental;
• EM ATA: Retomada do GT Saúde do Trabalhador.
12. Saúde financeira
• Compromisso com ações de educação financeira para prevenção do superendividamento;
• EM ATA: Caixa assume o compromisso em estudar opções de taxa, créditos e outras opções que auxiliem os empregados na redução do endividamento.
13. Funções minuto
• Retorno das designações efetivas para as funções de caixa e tesoureiro com jornada de 6h;
• Efetivação de até 500 novos empregados na função de caixa e tesoureiro com jornada de 6 horas;
• CCV para 7ª e 8ª horas para tesoureiros, com livre adesão dos sindicatos;
• Indenização para quebra de caixa.
14. Compensação de horas
• compromisso para registro em norma de texto explicitando que é “vedada a composição do banco de horas negativas de outra forma” para reforçar que o gestor não pode fazer com que o empregado crie banco de horas negativas e que o banco de horas negativas é uma decisão do empregado;
• postergar prazo de compensação de horas negativas para 6 meses;
• O empregado continuará recebendo 50% das horas-extras realizadas de forma imediata. E, mantendo-se a regra de pagamento de 100% de HE para agências com até 20 empregados.
15. Licença Médica
• Adiantamento/antecipação do benefício por incapacidade temporária até recebimento do benefício, mediante comprovação do agendamento da perícia presencial ou documental;
• Devolução do adiantamento/antecipação conforme margem de 35%;
• Opção de acerto por meio de horas de trabalho, sob análise do volume de horas, em caso de indeferimento do benefício pelo INSS;
• Ajuste de redação do ACT considerando a redação da regra interna que não prevê a dispensa automática de função em 6 meses (a confirmar)
16. Incorporação da função e do CTVA via acordo
• Compromisso da Caixa para sensibilização sobre importância das soluções educacionais para lideranças e sucessores;
• Compromisso da Caixa com a promoção da diversidade e inclusão;
• Compromisso da Caixa em viabilizar inclusão da incorporação da função gratificada e do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA) na CCP/CCV, para empregados contratados até 13/07/2017 (publicação da lei n. 13.467/2017), conforme regras:
a) Contempla todas as rubricas (função, CTVA, porte, appa);
b) Recebido CTVA por 10 anos, sem interrupção;
c) Empregados que tenham sido destituídos da função por interesse da administração;
d) Não tenha transcorrido prazo prescricional de 5 anos;
e) Empregados com ação judicial em andamento podem optar pelo acordo, ele decide.
17. Previdência/Funcef
• Compromisso da Caixa de debater com as entidades sindicais e dar continuidade aos estudos sobre equacionamento.
18. GT Saúde Caixa
• Compromisso de discutir o fim do teto de custeio do banco com a saúde dos empregados;
• Compromisso de discutir o direito dos empregados admitidos após 2018 de manter o plano de saúde (Saúde Caixa) após a aposentadoria.
19. PLR Social
• Mantida a regra do ACT 2022/2024, sem alterações.

Assembleias

Os sindicatos de bancários de todo o País realizarão assembleias, na próxima quarta-feira (4), a partir das 20h até às 20h de quinta-feira (5) para que a categoria delibere sobre a proposta.

No nosso Sindicato, às 18h de quarta (4) será realizada plenária presencial para esclarecimento de dúvidas – rua Xavier de Toledo, 268, Centro, Santo André.
Confira detalhes no site.

 

29/08/2024

Banco do Brasil: Funcionários conquistam redução de jornada para pais e responsáveis por PcD

Cláusula garante edução de 2 horas na jornada de trabalho para funcionários que cumprem 8 horas diárias e de 1 hora para aqueles com jornada de 6 horas

Na nona rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024 entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco, realizada na quinta-feira (29), em São Paulo, os funcionários do Banco do Brasil obtiveram uma importante conquista: a redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis por dependentes com deficiência física e/ou mental.

A cláusula garante uma redução de 2 horas na jornada de trabalho para funcionários que cumprem 8 horas diárias e de 1 hora para aqueles com jornada de 6 horas. Este avanço representa uma significativa vitória para os trabalhadores, atendendo a uma demanda essencial para quem possui filhos com deficiência.

"Consideramos um grande avanço que a redução de jornada para pais com filhos com deficiência seja incluída em nossa convenção coletiva. O BB já havia incluído no normativo interno, mas clausular garante que esse direito não será retirado", comemorou a coordenadora da CNFBB, Fernanda Lopes.

Além da conquista da redução da jornada, o Banco do Brasil também apresentou medidas relacionadas ao banco de horas negativas acumuladas durante a pandemia de covid. A proposta final inclui a anistia das horas para diversos grupos: funcionários com 60 anos ou mais, funcionários afastados por licença saúde, pais de filhos com deficiência, e funcionários que faziam parte do grupo de risco da covid. Para os funcionários do grupo de risco, a anistia das horas dependerá de terem cumprido pelo menos 30% das horas até maio de 2025, quando se encerra o acordo relacionado à pandemia.

O banco ressaltou que as devoluções das demais pautas dependerão das cláusulas econômicas a serem discutidas na mesa única de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Os representantes dos trabalhadores cobraram respostas adicionais sobre o programa de cargos e salários, o teto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a possibilidade de ampliação desse valor, caso a eliminação do teto não seja possível. Também solicitaram um posicionamento sobre as metas exigidas, que impactam diretamente outros pontos em negociação, e uma solução para bancários oriundos de outros bancos incorporados, para que possam ingressar na Cassi e Previ, e definição para os caixas e centrais de atendimento.

Segunda reunião do dia - Poucas horas depois do primeiro encontro, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco voltaram a se reunir no início da noite. Desta vez, o BB apresentou proposta de comitê de ética paritário, formado por dois eleitos pelos funcionários e dois indicados pelo banco. "A proposta de um comitê de ética paritário é um passo importante, pois permite que os funcionários tenham voz ativa na definição de condutas e princípios éticos dentro do Banco do Brasil. Ter uma representação eleita pelos próprios trabalhadores é fundamental para garantir transparência, justiça e equilíbrio nas decisões que afetam o cotidiano e as relações de trabalho”, concluiu Fernanda Lopes.

Na Caixa, CEE cobra redução de jornada para PcD

Empregados ressaltam a necessidade de o banco atender demanda dos trabalhadores

Na retomada das negociações com a Caixa Econômica Federal, na noite de quinta-feira (29), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) cobrou que o banco apresente uma proposta que garanta o direito de redução da jornada dos empregados que forem pessoas com deficiência (PcD), ou responsáveis por PcDs.
 

O banco ressaltou a necessidade de seguir um fluxo de acolhimento do pedido, com análise de equipe multidisciplinar, com diversos desdobramentos para o abono de até 25% da jornada, sem redução salarial, e também para a concessão do trabalho remoto.
 

No caso de responsáveis pelos cuidados de PcDs, depois das ausências já constantes na CCT seria concedido o abono da jornada, com a possibilidade de utilização das horas de acompanhamento médico. A CEE analisará a proposta.

A Caixa também apresentou na quinta-feira (29) uma série de propostas para cláusulas de benefícios para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados.


Leia abaixo o que já foi negociado:

Adicional embarcado - O banco aceita ampliar o pagamento do adicional embarcado concedido às empregadas e empregados que trabalharem na modalidade de trabalho embarcado. Além disso, o banco aceitou corrigir o valor adicional por dia trabalhado, que hoje está em R$ 55, para R$ 100, com acréscimo de até 30% para quem trabalhar por três ciclos consecutivos conforme regras. A representação dos empregados reivindicou que haja política de correção do valor, que está congelado faz nove anos. A Caixa vai analisar a questão.

Os empregados também reivindicam que o período de folga de três dias, após o período de trabalho embarcado, normalmente de 26 dias seguidos, precisa ser ampliado, para que o empregado, além de descansar, possa ter maior convívio com a família. Outra mudança será a inclusão do adicional embarcado no ACT. Hoje ele é definido por norma interna. A Caixa vai analisar a questão, mas disse que o valor pode ser corrigido pelos índices definidos em mesa de negociações para as cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

Outra mudança será a inclusão do auxílio no ACT. Hoje ele é definido por norma interna.

Vale-transporte - Será incluída no ACT uma cláusula para que os empregados que não conseguem utilizar o vale-transporte por não haver transporte público entre sua residência e o trabalho, possam ter o valor gasto com o deslocamento reembolsado, descontados os mesmos 4% do salário padrão, conforme previsto no ACT, que é descontado daqueles que utilizam o vale-transporte. O reembolso somente será concedido àqueles que não têm transporte coletivo disponível para ir ao trabalho. É preciso que haja comprovação dos gastos, limitado a 200km/dia e que haja ciência do gestor.

Auxílio-Calamidade - Por reivindicação dos trabalhadores, o banco vai utilizar a experiência bem-sucedida do auxílio calamidade obtido pelos empregados no Rio Grande do Sul para ampliar os cuidados com o quadro de pessoal da Caixa. Entre os direitos que serão incluídos no ACT, estão os adiantamentos de 10 salários padrão; de até cinco apips; e da 13ª cesta alimentação. Todos por opção do próprio empregado. Também haverá maior facilidade para a concessão dos adiantamentos, bastando a comprovação da residência no local afetado.

Questionada, a Caixa explicou que houve mudança no sistema para que o adiantamento deixe de ser considerado empréstimo, pois trata-se de adiantamento salarial. Os empregados reivindicam que o banco aproveite outros pontos da experiência da calamidade do Rio Grande do Sul, como a pausa na cobrança das parcelas de empréstimos. O banco disse que considerará tudo o que foi feito no caso dos bancários gaúchos, mas que os demais pontos não precisam ser clausulados, pois podem ser avaliados caso a caso. A representação das empregadas e empregados pede que a cláusula considere a intencionalidade do banco em conceder os mesmos direitos obtidos pelos empregados gaúchos, conforme a necessidade.

Férias - O banco acatou a reivindicação dos empregados para que o adiantamento do pagamento de férias seja opcional a cada empregado. O direito de parcelar o valor a ser devolvido em até 10x sem juros continuará existindo, mas será uma opção de cada empregado.
Com relação às férias, os empregados também solicitam a redução do período mínimo, que hoje é de 14 dias, para 12 dias. A Caixa ficou de avaliar o pedido.

Licença maternidade/paternidade - O banco também apresentou proposta para ampliar a equidade parental, para que os pais e mães dividam mais equanimemente as responsabilidades com os cuidados com o bebê recém-nascido.
 

23/08/2023

Avanços na Caixa

A reunião de negociações entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e o banco, realizada na quinta-feira (22), para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho começou com um protesto dos trabalhadores contra a violência da Polícia Militar de SP às manifestações da categoria bancária no Radar Santander, na Zona Sul de São Paulo.

As bancárias e bancários protestaram também contra a proposta dos bancos de reduzir direitos da categoria, rebaixar salários (os bancos querem conceder apenas 85% do índice de inflação) e a terceirização dos trabalhadores bancários, principalmente pelo Santander.

“Ainda temos que chegar a uma redação sobre os temas de hoje, que precisam ser respondidos até a semana que vem, mas as negociações na Caixa estão andando”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE Rafael de Castro. “Mas é preciso que as empregadas e empregados do banco estejam mobilizados, pois uma parte importante, como o índice de reajuste e demais pautas econômicas, é definida na mesa única da Fenaban”, observou.

Negociações com a Caixa - A Caixa apresentou propostas sobre a substituição em cascata, horas de estudo, direito a desconexão e política de diversidade. O banco ficou de encaminhar sugestões de texto sobre estes temas e agendar uma reunião com o departamento jurídico das entidades sindicais já na próxima semana para fechar a redação final das cláusulas.

Substituição em cascata - A Caixa se comprometeu a promover a substituição em cascata para todo o segmento gerencial. Como exemplo, disse que o gerente geral poderia ser substituído pelo gerente de carteira e este pelo assistente. A contraproposta dos empregados é para que haja possibilidade de substituição, em caso de férias, para todas as funções. A Caixa ficou de fornecer lista com cargos, para que a representação dos trabalhadores veja na área meio o que pode ser contemplado.

Horas de estudo – Os empregados reivindicam que haja efetividade da cláusula 59 do atual ACT, que trata sobre disponibilidade, dentro da jornada, de seis horas de estudo por mês, que a formação seja de forma presencial, fora da unidade de trabalho. Hoje a disponibilização é na modalidade EAD, pela Universidade Caixa. A Caixa propôs que sejam oferecidas seis horas de estudo na modalidade presencial a cada três meses para todos os empregados.
 

Direito à desconexão - Os empregados exigem o fim das cobranças que chegam nos celulares dos empregados, pelo Teams, WhatsApp e de outras formas, fora do horário de expediente. A Caixa disse que estuda a implementação de um sistema que evita o envio de mensagens pelo Teams após o registro no ponto de saída. Outra cobrança dos empregados é de que seja expresso em normativos e no ACT a proibição de cobranças e envio de mensagens fora do horário de trabalho, para inibir a prática. E, ainda, que seja respeitado o intervalo para descanso de 10 minutos a cada 50 trabalhados para todos os empregados, inclusive caixas e tesoureiros.

Política de diversidade - A Caixa já havia se comprometido em clausular as comissões regionais de diversidade (PcD, Mulheres, Racial, LGBTQIA+ e Geracional), com a possibilidade de criação de outros eixos, de acordo com a mudança do perfil do quadro de pessoal e garantia de participação representativa das entidades sindicais dos trabalhadores. Outro compromisso assumido pelo banco foi em alterar o estatuto da Caixa para inclusão de uma cota de 30% de mulheres em cada nível dos cargos de direção, inclusive nas vice-presidências. Com relação às PcD, a representação dos empregados cobra ainda a redução da jornada, sem redução salarial, tanto para PcD, quanto para pais/responsáveis pelos cuidados de PcD.

Seleção interna - No PSI, os empregados cobram que se dê mais valorização aos processos, para que mais empregados tenham ascensão de carreira e se reduzam as indicações subjetivas do “Score”. Mas, tanto para um quanto para outro, cobram critérios definidos para a escolha, sem que a decisão seja tomada por questões pessoais ou de afinidade. O banco também se comprometeu com a equidade de gênero nas bancas dos processos de PSI e, a pedido dos empregados, diz aceitar ampliar a diversidade, com a participação de PcD nas bancas e também na composição das equipes das Gipes e Repes.
 

PDV e concurso - A CEE questionou a Caixa sobre o aumento dos desligamentos pelo PDV, com o banco acatando todos os pedidos de adesão, não apenas de 3.200, como previsto anteriormente. O banco disse que está em discussão, mas que não há nada aprovado com relação a isso. Os empregados cobram que a Caixa contrate mais empregados, em número suficiente para acabar com a sobrecarga de trabalho e reivindicam que a Caixa demande a Sest sobre a necessidade de um novo concurso. Hoje a Caixa tem autorização para ter 87.544 empregados. No balanço do primeiro semestre, divulgado quinta-feira (22), o banco informou que, no final de junho de 2024, tinha 86.669 empregados, e isso foi antes da movimentação do PDV e do concurso.
 

Digitalização de agências - Os empregados trouxeram relatos de que está havendo transferências de local de lotação que levam à mudança de município, perda de função e que há cerceamento do direito de indicação do local de lotação, sem interferência do gestor. Também há casos de transferências para agência de menor porte e cobraram as promessas feitas pela Caixa de que isso não aconteceria. A Caixa confirmou que estes problemas não deveriam estar existindo, pois não estavam previstos na proposta inicial e pediu para que os empregados afetados entrem em contato com a diretoria de pessoas. Os empregados também cobram acesso às Superintendências Regionais digitais, para poder se comunicar com elas.
 

Outras cobranças

Saúde Caixa: Mesmo sabendo que há um acordo específico em vigência até o final de 2025, os empregados voltaram a cobrar a mudança do estatuto da Caixa para a retirada do teto de custeio pelo banco com a saúde de seus empregados e empregadas.
Também cobraram informações sobre os empregados afastados por doenças/acidentes de trabalho (B91).
Outra cobrança foi para que seja mantido o direito de manutenção do Saúde Caixa pós-aposentadoria para as contratações ocorridas depois de 2018 (retroativo à data da contratação).
Teletrabalho: O tema deve ser melhor debatido para que se estabeleça o público, os critérios, o aumento do valor da ajuda de custo (com pagamento proporcional ao número de dias em trabalho remoto, sem o limite mínimo de 15 dias) e o pagamento pelo banco (ou reembolso) de estrutura ergonômica.
 

PLR: 

  • Os empregados reivindicam:
     Garantia de que o pagamento do adiantamento da parcela da PLR seja de, pelo menos, 50% da PLR;
    •    Retirada do limite de três Remunerações Básicas do valor global da PLR;
    •    Separação do pagamento da PLR Social da regra básica, para efeitos de quaisquer limitadores;
  • Solução para o pagamento a menor da PLR Social de 2020.

A Caixa disse que o tema será tratado nas negociações da semana que vem.

Demais temas que precisam de respostas: Saúde do trabalhador, Gestão de pessoas
Tecnologia e sistemas, Jornada, emprego e carreira, Equiparação de salários
Roubos e sequestros, Anuidade de cartões e taxas de empréstimos e serviços
Bônus Caixa, PLR, Comunicação sindical, Funcef, GT do PFG Caixa e Tesoureiro

Banco do Brasil: Em nova rodada de negociação específica, BB sinaliza avanços

A oitava rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024, realizada na quinta-feira (22) entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco, embora não tenha apresentado propostas concretas que atendam às expectativas do funcionalismo, sinalizou uma série de avanços. Mas, conforme o BB esclareceu, é necessário aguardar a mesa única da Fenaban caminhar.

O banco assumiu o compromisso com a volta dos vigilantes, já a partir de setembro, em todas as unidades de varejo, independentemente de haver numerário ou não. O BB disse que os vigilantes estarão em todas as unidades de varejo. Esta é uma reivindicação do movimento sindical, que considera fundamental a presença desses profissionais para resguardar o funcionalismo, além de proporcionar um sentimento de segurança entre a população.

A coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou a relevância desta decisão do BB, “bem diferente do que ouvimos na outra mesa, porque o que pedimos é isso, cuidado com a vida das pessoas, uma vez que sempre ressaltamos que elas valem mais do que o patrimônio”.

Sobre o banco de horas negativas adquiridas durante a pandemia da Covid, tema abordado na mesa anterior, o BB fez a proposta de abono para quem ainda tem horas a compensar. Além dos funcionários com 60 anos ou mais e os pais que tenham filhos com alguma deficiência, hoje incluíram os funcionários que eram do grupo risco da covid e que tiverem feito mais de 70% até maio (quando encerra o acordo de covid), terão o restante abonado. E os funcionários afastados por licença à saúde também terão as horas anistiadas.

A Comissão insistiu sobre a importância de anistiar todos os colegas que estão efetivamente trabalhando diariamente e não conseguem zerar essas horas. “Continuamos pedindo anistia de horas covid para todos os funcionários. Também destacamos principalmente a questão das mães solo e de pais com crianças ainda em idade escolar, que não têm com quem deixá-las e  fazer mais horas”, aponta a coordenadora do CEBB.

Os representantes do BB informaram sobre o lançamento do programa Equilibbra, para solucionar a questão do endividamento do funcionalismo, uma antiga preocupação do movimento sindical. Pesquisa realizada pela Contraf-CUT mostra que a categoria é extremamente endividada.

Teto PLR - Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foi reforçada a cobrança do fim do teto, porém o banco novamente alegou que não há essa possibilidade. Disse que a PLR do BB é muito diferenciada das demais instituições financeiras, com patamares bem superiores, inclusive das estatais. O BB também informou que apresentou uma proposta de aumento de PLR para os contínuos, que hoje são 140 no banco.

Fonte: Contraf-CUT, com edição

 

14/08/2023

Banco do Brasil

 

Movimento sindical saiu frustrado da sétima rodada de negociação da Campanha Nacional 2024

 

Na manhã de quarta-feira (14), em São Paulo, o Banco do Brasil apresentou respostas a algumas das reivindicações da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) durante a sétima rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024, focada na renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). No entanto, as respostas geraram grandes frustrações por serem classificadas como insatisfatórias.

Entre os temas discutidos, um dos pontos centrais foi o assédio moral e a desconexão. O banco propôs a utilização de uma nova ferramenta, chamada Slack, que teria controle de jornada e salvamento de conversas, substituindo o uso do WhatsApp para questões de trabalho, que será proibido.

Outro ponto abordado foi o banco de horas negativas adquiridas durante a pandemia da covid. Atualmente, 5.233 funcionários ainda possuem horas devedoras. Desses, 4.707 têm até 360 horas negativas, algo que, segundo o banco, seria possível de zerar até o prazo estabelecido, em maio de 2025. No entanto, 566 funcionários enfrentam uma situação mais complicada, com uma média de 1.034 horas devedoras, sendo que 239 destes têm mais de 60 anos de idade.

Como proposta, o Banco do Brasil sugeriu anistiar as horas de quem tem mais de 60 anos e pais com filhos com deficiência que possuem redução de jornada, além de iniciar um programa de incentivo ao pagamento das horas restantes. A comissão reforçou o pedido por anistia a todos funcionários. “Nós não queremos chegar em maio do ano que vem e temos de debater este tema novamente. Está na hora de deixarmos a pandemia para trás”, afirmou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr.

Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o banco negou a possibilidade de eliminar o teto existente, frustrando uma das expectativas dos funcionários. Em relação à revisão de cargos, o banco ainda não deu nenhuma devolutiva, alegando que a questão ainda está em debate interno.

A comissão também cobrou um retorno sobre o programa Perfoma, plano de cargos e salários, e sobre as metas impostas aos funcionários. "A rede varejo continua nos cobrando muito, pois os funcionários continuam adoecendo com essa cobrança enlouquecedora por vendas. Era importante a gente sair daqui com um retorno," destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Outro ponto que ficou sem resposta foi a questão da saúde e previdência dos incorporados, assim como a reposição de funcionários após o desmonte que o Banco do Brasil sofreu nos últimos governos federais. A comissão também ressaltou a importância da ampliação da licença parentalidade. "A gente esperava sinalizações positivas para que avançássemos para a renovação do acordo," concluiu Fernanda.

Durante a reunião, o banco também anunciou que todos os funcionários da rede, agências e escritórios serão migrados para uma nova plataforma digital de concorrência a partir desta quinta-feira (15), deixando o sistema antigo obsoleto. “Consideramos positiva a migração do TAO para o DIGITAO, pois garante maior transparência nos processos de concorrência e ascensão", afirmou Fernanda.


A próxima reunião foi marcada para o dia 22 de agosto, às 15h, em Brasília.

 

Caixa

 

Caixa traz retornos pontuais mas negociação precisa avançar

 

Banco trouxe respostas que indicam convergência em premissas de algumas reivindicações, mas falta debate que permita avanços na redação das propostas; Caixa precisa responder demais demandas

 

A Caixa Econômica Federal trouxe algumas respostas, nesta quarta-feira (14), para as reivindicações das empregadas e empregados, apresentadas anteriormente pela Comissão Executiva de Empregados (CEE) em reuniões de negociações para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do pessoal da Caixa.

 

 

“Embora a Caixa tenha sinalizado convergências em relação às premissas de algumas das propostas que apresentamos, ainda precisa avançar na definição destes pontos e nos trazer respostas para os demais temas apresentados”, avaliou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro.

 

 

“Avaliamos como positiva a devolução que a Caixa nos trouxe, mas esperamos que na próxima reunião sejam trazidas redações sobre estes temas e sobre os demais que já foram apresentados anteriormente”, completou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.


07/08/2023

 

Bancos públicos: saiba como foi a negociação em 7 de agosto

Caixa - A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa cobrou que o banco reconheça o trabalho de todas as empregadas e empregados no pagamento do Bônus Caixa. Outra demanda apresentada foi para que se promova a chamada “substituição em cascata”, nos casos de colegas que precisem cobrir as tarefas daqueles que precisarem se afastar temporariamente, e pague os devidos salários das funções que sejam realizadas.
Também foram reivindicadas soluções para o endividamento dos trabalhadores e que o banco aplique a menor taxa que é concedida pelo banco, para os empregados da ativa e aposentados que solicitem empréstimos consignados.

Outras cobranças foram para que sejam observados os pedidos de transferências registrados no Movimenta.Caixa antes das contratações de novos empregados aprovados no último concurso público e a rápida estruturação das Gipes e Repes, para que elas possam, o mais rápido possível começar a desempenhar sua função e, desta forma, sejam solucionados problemas regionais que prejudicam o dia a dia de trabalho e a qualidade de atendimento do Saúde Caixa.
O banco tem acolheu as reivindicações e informou que podem ser estudadas soluções, mas ainda não trouxe nada de concreto para propor. A promessa era a de que no início de agosto as devolutivas sobre as reivindicações seriam apresentadas, e espera-se que na semana que sejam trazidas as respostas.

A representação sindical dos trabalhadores já agendou para o dia 12 de agosto (segunda-feira), um dia de mobilização nacional para cobrar respostas satisfatórias às reivindicações da categoria.

Banco do Brasil - Os temas da negociação incluíram Metas, Gestão de Desempenho Pessoal (GDP), plano de cargos e remuneração, Performa, carreira de mérito, caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco l (CEBB) apresentou relatos de aumento de metas por todo o Brasil. Uma das reivindicações é a transformação da mesa temática sobre cobrança de metas em uma mesa permanente com reuniões trimestrais.

Os dados apresentados pelo BB sobre a GDP evidenciam uma redução significativa nos casos insatisfatórios e descomissionamentos nos últimos três anos. De 2021 para 2022, os casos insatisfatórios reduziram 15,9% e os descomissionamentos 56,8%. Já no ano seguinte, os casos insatisfatórios caíram de 25,8% e os descomissionamentos 93,3%.

Mesmo com os números positivos, os representantes dos trabalhadores reivindicam que o descomissionamento decorrente de avaliações de desempenho funcional passe a observar três ciclos avaliatórios insatisfatórios consecutivos antes de ser aplicado. Além disso, o sistema de GDP deve possibilitar a defesa do funcionário. A comissão cobra ainda a exclusão de anotações negativas em caso de não cumprimento de todas as fases do ciclo avaliatório ou indícios de vício de origem.

Plano de Cargos e Remuneração (PCR) - A comissão reivindicou que a carreira de mérito possa incrementar a remuneração dos comissionados, com as promoções com base em uma pontuação acumulada ao longo do tempo de serviço. As promoções também devem considerar o tempo de permanência em cargos no banco, com diferentes grupos de funcionários recebendo pontos diários para progressão na carreira.

Caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço - A negociação também abordou questões específicas dos caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço. A reivindicação dos trabalhadores é que o exercício da função de caixa seja pontuado tanto para concorrências de ascensão profissional quanto para a carreira de mérito, desde o primeiro dia na função. A substituição de comissionados deve ser garantida a partir do primeiro dia de ausência do titular do cargo, assegurando ao substituto o mesmo salário do substituído.

O BB garantiu que a situação está sendo avaliada e irá retornar até o fim das negociações da campanha nacional.

 


25/07/2024

Saúde e condições de trabalho foram os temas centrais da quinta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil, realizada na manhã de sexta-feira (26), em São Paulo.

A primeira reivindicação debatida foi a situação dos funcionários incorporados, como Nossa Caixa, Banco do Estado de Santa Catarina e Banco do Estado do Piauí, que continuam sem a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e sem a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

No segundo ponto debatido, o banco apresentou o Programa Saúde Mental, ancorado em cinco pilares, com diferentes ações e níveis de prevenção, para tratar o funcionário de forma integral. A ideia é abordar a saúde mental sob diversos aspectos, desde a tríade "atividade física + alimentação saudável + consciência plena" até consultorias especializadas em ergonomia para todos os times, apoio psicológico para os funcionários e o desenvolvimento de ações exclusivas para capacitar as lideranças sobre a importância do tema.

Segundo os representantes da instituição financeira, já foram realizados mais de 40 mil atendimentos de apoio complementar aos funcionários em seus tratamentos psicoterapêuticos, pela plataforma on-line. Os representantes dos funcionários ressaltaram a importância de que as avaliações ergonômicas sejam implementadas com maior atenção nos escritórios digitais, uma vez que esse modelo de trabalho possui especificidades que precisam ser mais bem analisadas, e a combinação de metas com ferramentas virtuais de atendimento traz  preocupações em relação a riscos de adoecimento.

Auxílio-doença

Outra reivindicação apresentada pelos representantes dos trabalhadores é que, em caso de concessão de auxílio-doença previdenciário ou auxílio-doença acidentário, pela Previdência Social, seja assegurada ao funcionário, incluindo os egressos de bancos incorporados, complementação salarial em valor equivalente à diferença entre a importância recebida do INSS e a remuneração total recebida pelo trabalhador, como salários, comissões, gratificações, adicionais, PLR, como se na ativa estivesse, até a cessação do auxílio-doença.

Durante a reunião, o banco anunciou a ampliação de dependentes para herdeiros, inventariantes e dependentes cadastrados na Previdência Social no auxílio funeral. A próxima reunião será no dia 7 de agosto e debaterá a cobrança de metas.

Caixa: Empregados exigem fim da cobrança abusiva de metas

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu com o banco na sexta-feira (26), para tratar de diversos problemas do dia a dia que afetam a saúde do trabalhador.

Quase 76% dos casos de afastamentos para tratamento de saúde de empregados da Caixa devido a questões relacionadas ao trabalho (B91) são por causa problemas mentais ou comportamentais, segundo dados do INSS levantados pelo Dieese.

O levantamento realizado pelo Dieese aponta que entre os principais motivos de afastamentos acidentários (B91) das empregadas e empregados da Caixa, 75,4% são devido a tratamentos de doenças mentais e comportamentais; 12,8% a doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo; 3,1% a fraturas; e 0,2% a problemas nervosos.
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Segundo a Caixa, a taxa de absenteísmo no banco é de 3,51%, e todos os empregados que tenham sido cobrados por tratamentos de doenças relacionadas ao trabalho (B91), devem entrar em contato com o banco para serem ressarcidos, pois os custos são de responsabilidade do banco.
 

Segundo o representante da Federa-RJ, Rogério Campanate, a forma como a Caixa apresentou os números de absenteísmo e de doenças mentais no banco deu a aparência de que o número de afastamentos na Caixa é pequeno.

“Embora o número absoluto de que 1 bilhão de pessoas no mundo sofre de depressão/ansiedade chame a atenção, ele representa aproximadamente 12,5% da população mundial. No caso da consulta nacional aos bancários, esse número fica em torno de 40% (mais de três vezes a média mundial), condizente com a pesquisa realizada pelo Dieese no âmbito do estado do Rio de Janeiro”, observou.

“E no caso do absenteísmo, a Caixa traz a informação em percentuais, com 0,37% dos empregados, a cada mês, licenciados por acidente de trabalho. Fazendo o exercício inverso e convertendo esse percentual em números absolutos temos, por mês, mais de três centenas de empregados adoecidos pela empresa, fora as subnotificações, e isso é inaceitável! Especialmente quando se tem a informação de que até 85% dos empregados atribuem esse adoecimento às metas e as formas de cobrança para seu atingimento”, completou.

Os representantes dos empregados citaram instrumentos e práticas adoecedoras do banco, como  colocar indivíduos para disputar individualmente no time de vendas, cobrança pelo WhatsApp, Teams, ligações-ponte; controle de hora em hora no meio e até depois do expediente.

A Caixa se comprometeu a acabar com o feedback de caráter punitivo e utilizar o mecanismo apenas para contribuir com o desenvolvimento das empregadas e empregados.
 

Os empregados também lembraram que faz dois anos que toda a mídia divulgou as denúncias de assédio moral e sexual envolvendo o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, e que não houve punição para o principal denunciado. Cobraram solução para o caso para evitar que empregados e empregadas fiquem com receio de denunciar e ainda serem punidos por fazerem a denúncia.

Políticas de prevenção


Os empregados também exigiram a melhoria do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com mais credenciamento de profissionais e clínicas de saúde para a realização dos exames e também com políticas efetivas de prevenção.
 

A CEE também cobrou o fim do teto de 6,5% da folha de pagamentos para gastos da Caixa com a saúde dos empregados. Lembraram que o teto foi inserido no estatuto do banco por causa de uma leitura equivocada do CPC33, que limita os gastos das empresas de economia aberta com a saúde dos empregados. A representação sindical dos trabalhadores observou que, como a Caixa não possui ações na Bolsa de Valores, não teria a obrigação de se enquadrar ao CPC33.

Além disso, os empregados cobraram que todos os custos que a Caixa joga para o Saúde Caixa, que não seja efetivamente de saúde, como os custos da escola inclusiva, sejam arcados pela Caixa, como os custos da escola inclusiva para os filhos neurodivergentes de empregadas e empregados e aqueles gerados por doenças ocupacionais (B91).

A Caixa se dispôs a realizar uma reunião do GT de Saúde, para tratar de questões específicas que envolvem o Saúde Caixa na terça-feira (30), ainda sem horário definido e, a pedido dos empregados, divulgou a relação de nomes dos responsáveis pelas Gipes, que começam a funcionar a partir de 5 de agosto.

Gipes Belém – Emelyn Azevedo
Gipes BH – Ricardo Lopes Broto
Gipes DF – Diogo Almeida
Gipes Curitiba – Marcia Shizue
Gipes São Paulo – Leandro José Correia
Gipes Salvador – Claudia Mierlo
Gipes Rio de Janeiro – Rodrigo Pereira
Gipes Fortaleza - em aberto

Outras reivindicações
 

A representação dos empregados entregou à Caixa um documento com propostas para o equacionamento do déficit do plano REG/Replan, da Funcef e cobrou a instalação de um grupo tripartite entre a Contraf/CEE, a Caixa e a Funcef para negociar o equacionamento.

A representante da Fetec-CUT/SP, Vivian Sá, entregou um abaixo-assinado contra o fechamento da agência Praça do Forró, na Zona Leste de São Paulo. O encerramento das atividades da agência está previsto em decorrência do processo de digitalização de agências pela Caixa.

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