Pasta, que foi extinta no governo Bolsonaro, deve ganhar protagonismo no combate à fome e desigualdades; bancário Vagner Freitas deve ser secretário-executivo
Luiz Marinho tomou posse nesta terça-feira (3) como ministro do Trabalho, cargo que já havia ocupado entre 2005 e 2007. A solenidade marcou também a volta da Pasta, que foi extinta durante o governo de Jair Bolsonaro.
A posse contou com a presença de várias autoridades, entre elas a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann; o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e presidentes das centrais sindicais, como a CUT.
O papel dos sindicatos e centrais foi destacado por Gleisi, ao ressaltar “a importância do movimento sindical na reestruturação dos direitos e dignidade” da classe trabalhadora.
Já Marinho afirmou, em seu discurso de posse, que em pouco tempo e aliado ao Congresso Nacional será possível retomar o trabalho como “instrumento fundamental para acabar com a fome, superar a pobreza e combater todas as formas de desigualdades”.
Ele acrescentou que atuará para que a agenda do trabalho passe a protagonista e esteja “no centro das definições” pelo desenvolvimento do Brasil.
“É através do investimento e inovação da produção industrial, na agropecuária, no comércio, nos serviços e nas atividades do terceiro setor que vamos criar as condições para geração de novos e bons empregos e novas formas de proteção social, trabalhista e previdenciária para todos”, disse.
Marinho, que foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT, também afirmou que será fortalecido o diálogo com os sindicatos, que foram sucateados durante o governo Temer e Bolsonaro com a reforma trabalhista.
"Teremos muito trabalho. O Ministério deve valorizar as negociações coletivas, e isso requer sindicatos fortes, com ampla base de representação e representatividade. Destaco a importância para acelerar o processo de regulamentação da Convenção 151 da OIT (a liberdade sindical e a inclusão de funcionários públicos na negociação das condições de trabalho)", pontuou.
Na política, ele também foi prefeito de São Bernardo por dois mandatos, deputado federal e é presidente do diretório petista no Estado. Também comandou o Ministério da Previdência Social de 2007 a 2008.
Bancário - Para ocupar o segundo cargo mais importante no Ministério do Trabalho, o ministro Luiz Marinho escolheu um bancário, Vagner Freitas. Ele é de São Paulo e esteve à frente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB), da Contraf-CUT e da CUT.