Documento intitulado “Uma nova Caixa para um novo Brasil”, assinado pela Contraf-CUT, Fenae, Contec, Aneac, Advocef, AudiCaixa, Fenag, Social Caixa e pela representante eleita para o Conselho de Administração do banco, Rita Serrano, foi entregue pelo senador eleito Wellington Dias ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), outras seis entidades associativas e de representação dos empregados, além da representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, entregaram ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira (19), um documento com informações sobre a situação do maior banco público da América Latina.
O documento, intitulado Uma nova Caixa para um novo Brasil, apresenta dados que mostram o processo de descapitalização da Caixa, reduzindo sua capacidade de execução de políticas sociais do governo federal, assim como de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país.
Mas, para além da questão da liquidez, o documento também ressalta que a Caixa passou, nos últimos anos, por um processo de desestruturação, com a nomeação de executivos de “mercado” para cargos de gestão corporativa, em evidente conflito de interesses entre público e privado, gerando um clima de perseguição de empregados, com assédio moral e sexual, o que chegou a levar a adoecimento, pedido de demissão e até suicídio de empregados.
Levado às mãos de Lula pelo senador eleito Wellington Dias (PT-PI), o documento faz um breve registro das ações das entidades para enfrentar o sucateamento pelo qual passou o banco público desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.
“A intenção é contribuir com a equipe de transição e a equipe econômica do futuro governo em futuras medidas a serem adotadas para e pela Caixa, pois entendemos que no atual governo não foi possível, mas, nas mãos certas, ela pode ser um importante alicerce para a execução das políticas públicas, contribuindo com a redução da desigualdade e para o desenvolvimento econômico e social do país”, afirmou o diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro.
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Fonte: Contraf-CUT