Atividade desta sexta acontece em Diadema, em frente ao mercado Extra, e denuncia a trágica política econômica e social do governo Bolsonaro
O Sindicato realiza hoje (24) atividade do comitê em defesa dos trabalhadores, vida e cidadania na Praça da Matriz, em Diadema, em frente ao mercado Extra. Além das ações do comitê as manifestações desta sexta integram o mutirão de mobilização que denuncia a política econômica e social do governo Bolsonaro, com alta de preços, desemprego e aumento do número de brasileiros que passam fome.
O mutirão de mobilização é organizado pelo Movimento Juntos Pelo Brasil por meio dos comitês de luta, e a iniciativa prossegue até domingo, tanto nas proximidades dos comércios (supermercados, feiras, quitandas, padarias etc) quanto nas redes sociais. O presidente do Sindicato, Gheorge Vitti, destaca que o Brasil é um dos grandes produtores de alimentos do mundo, mas os preços seguem em alta, como no caso do óleo de soja e café, entre muitos outros (veja vídeo).
A cada ida ao mercado o brasileiro constata assim uma realidade que já se tornou insustentável. O mesmo ocorre nos postos de gasolina, na compra do gás de cozinha ou de medicamentos. Em janeiro de 2019, a média nacional do preço da cesta básica era de R$ 467,65. Em maio de 2022, último mês medido pelo Dieese, foi de R$ 777,93, representando alta de 66,35%: a carne aumentou 88,35%, o leite 49%, o feijão 63,71%, a batata 115,5% e o óleo 198,8%.
Somado ao desemprego e ao subemprego, a inflação impactou na insegurança alimentar, e os últimos estudos apontam que mais de 33 milhões de brasileiros hoje passam fome. “O Brasil tinha ferramentas que poderiam interferir nessa alta de preços, mas ao invés de usá-las, preferiu aumentar os juros para baixar a atividade econômica em um momento já de baixa atividade”, afirma a técnica da subseção do Dieese da CUT Nacional, Adriana Marcolino.
Outra consequência da inflação é o aumento do endividamento das famílias. Incluindo as dívidas relacionadas à habitação (prestação da casa própria ou aluguel) 52,57% dos brasileiros não estão conseguindo pagar todas as contas. Em dezembro de 2020 o índice era de 43.87%
Comitês - Uma das iniciativas dos comitês de luta é o abaixo-assinado que reivindica transporte gratuito para as pessoas desempregadas. Outro abaixo-assinado pede respeito às empresas e serviços públicos, fundamentais para o desenvolvimento do País e atendimento à sociedade com qualidade.
Na região os comitês já foram lançados nas sete cidades que compõem o Grande ABC, e seguem de forma itinerante pelos municípios. O Sindicato lembra ser fundamental que a sociedade se engaje nessas lutas, pois só assim será possível começar a reverter o caos em que Bolsonaro lançou o País, desmantelando políticas públicas, econômicas e sociais.
Confira um pouco da atividade desta sexta nas fotos e vídeos abaixo
Vídeos:
Gheorge Vitti, presidente do Sindicato
Inez Galardinovic, secretária de Formação do Sindicato
Genilson Araújo, secretário-geral do Sindicato
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Para a técnica do Dieese Adriana Marcolino apesar de o desmonte causado pelo governo Bolsonaro ter diminuído a capacidade de reação do País há medidas objetivas que poderiam ser adotadas para a reconstrução do Brasil. Proteger desempregados não só com o seguro-desemprego, mas com programas de transferência de renda, como bolsa-família, vale-gás, transporte social, isenção de tarifas em serviços públicos; |
Redação, com informações da CUT-SP