Área restrita

Governo Bolsonaro quer retirar vales alimentação e refeição via decreto

Notícias
Tipografia

Decreto do governo pode acabar nos próximos dias com conquistas históricas dos trabalhadores 

DecretoO governo Bolsonaro apresentou no Fórum Nacional do Trabalho uma minuta de decreto que altera o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e vai limitar radicalmente os benefícios dos vales refeição e alimentação. Pela proposta do governo, as empresas só poderão deduzir no Imposto de Renda gastos com vales concedidos apenas a trabalhadores que recebam até R$ 3.216,78.

O decreto está sendo criticado por centrais sindicais. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) já se posicionou contra o decreto e a proposta de reforma tributária do governo que acaba com a isenção fiscal para os gastos das empresas com os vales alimentação e refeição. A ameaça aos vales também é criticada pelas empresas setores de bares e restaurantes e de cartões de benefícios. Caso esse ataque tenha sucesso, cerca de 20 milhões de trabalhadores que recebem vale-refeição e vale-alimentação podem ficar sem o benefício conquistado com muita luta.

“Esse decreto afeta quase toda a categoria bancária. O governo que taxar os dois vales para aumentar sua arrecadação. É um decreto que pode acabar com benefícios nos próximos dias. Tudo isso é feito em um momento em que mais de 20 milhões de pessoas passam fome, milhares morrem por dia com a Covid-19 e a inflação de alimentos beira os 13% nos últimos 12 meses. Não podemos aceitar esse absurdo”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Os cartões não são considerados benefícios obrigatórios por lei, como o 13.º salário, o vale-transporte ou o FGTS. Sem o incentivo, é possível que uma parte dos trabalhadores fique sem o vale-refeição ou o vale-alimentação. O impacto com o fim dos vales é amplo. As perdas podem afetar cerca de 20 milhões de trabalhadores que recebem vale-refeição e vale-alimentação. Mas o PAT beneficia cerca de 40 milhões de pessoas direta ou indiretamente.

“O governo deveria incentivar a ampliação do pagamento de auxílio refeição ou alimentação pelas empresas e não restringir esse incentivo, como faz a minuta do Decreto. Bolsonaro e sua equipe de governo não param de atacar os trabalhadores e a população. Outro efeito nocivo é prejudicar o setor de bares e restaurantes, estabelecimentos vão perder ainda mais faturamento, o que pode agravar a situação do desemprego no país”, alerta a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

BLOG COMMENTS POWERED BY DISQUS