Reunião ocorrida ontem (14) discutiu trabalho, renda e soberania, com foco na região
Sindicalistas do Grande ABC representantes de várias categorias reuniram-se ontem (14) com o ex-ministro da Educação Fernando Haddad. Eles participaram de encontro no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e discutiram conjuntura e os desafios do mundo do trabalho, com foco na região.
Foi o segundo dia de visitas de Haddad à região, após encontros com lideranças, empresários e universidades, em especial na UFABC. Ele cumpre agenda de três dias, como pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
“Estive no campus da UFABC, que tive o orgulho de inaugurar quando era ministro da Educação do Lula, e visitei o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipolini”, afirmou. Haddad, que esteve à frente da Prefeitura de São Paulo entre 2013 e 2016, também tem agenda com os prefeitos de Diadema, José de Filippi Junior, e de Mauá, Marcelo Oliveira, ambos do PT.
“O encontro dos sindicalistas com Haddad foi muito bom, porque oportunizou a cada ramo ou categoria fazer um diagnóstico das dificuldades e propostas de como enfrentá-las. Além disso, demonstra a importância regional das atividades econômicas, ressaltando sempre o elo entre os trabalhadores com o mercado de consumo e a cadeia produtiva como um todo”, avalia o presidente do Sindicato, Gheorge Vitti.
Categoria - Os bancários do ABC destacaram o papel do BB na região, no Estado e País em relação ao financiamento agrícola (dos pequenos aos grandes produtores), além do papel da Caixa no pagamento do auxílio emergencial e, no passado, com projetos como o Minha Casa, Minha Vida. “Ressaltamos o desmonte que esses bancos públicos estão sofrendo, atingindo diretamente os bancários destas instituições”, explica Gheorge, lembrando que em governos passados do estado de SP foram privatizados o Banespa e Nossa Caixa, bancos que ajudavam a fazer o fomento.
Já em relação aos bancos privados os representantes bancários alertaram sobre a importância de se discutir o papel do Sistema Financeiro Nacional que, com base na Constituição Federal, deveria atuar na intermediação financeira e ajudar no financiamento produtivo e estruturante. “Também destacamos a experiência exitosa do BPCS, Banco Paulista de Crédito Solidário, como forma de dirigir o microcrédito aos pequenos empreendedores, e que este modelo poderia capilarizar pelo Estado e por todo o Brasil”, afirma o presidente do Sindicato.
O diretor da entidade e coordenador da CUT ABC, Otoni Lima, também participou do encontro, assim como os diretores do Sindicato Genilson Araújo e Carina Leone. Otoni aponta a relevância da atividade: “Durante o debate com Haddad e os sindicatos ficou clara a necessidade de o Grande ABC se reinventar econômica e socialmente, e essa reinvenção tem que passar pelo reconhecimento do protagonismo dos trabalhadores e trabalhadoras do ABC”.