Canais de atendimento para auxiliar vítimas na categoria deverão ser implantados em breve
A criação de canais de atendimento a mulheres vítimas de violência na categoria bancária, reivindicada pelo movimento sindical, foi acordada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os bancos vão elaborar a proposta e enviá-la ao Comando, que fará a análise e, havendo concordância, a ideia será formalizada em acordo.
“Na categoria bancária também existem mulheres vítimas de violência. Desde o ano passado cobrávamos a criação de um canal específico para atender as mulheres nesta situação, que traz sérios impactos”, aponta a diretora sindical Inez Galardinovic. Além de ferir a questão humana em sua amplitude, a violência traz reflexos no trabalho, com absenteísmo e queda de produtividade, que podem acabar gerando a demissão dessas mulheres.
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que a diferença da remuneração nos bancos entre homens e mulheres em 1994 era de 21,1%. Em 2018, mantinha-se o mesmo patamar, tendo aumentado para 21,7%. Os dados definitivos do Censo da Diversidade Bancária devem ser apresentados até o final de março.