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Depois da Amazônia queimada, o óleo em praias paradisíacas

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Situação calamitosa parece não preocupar governo, que ainda não tem respostas para um dos maiores desastres ambientais no em águas marítimas brasileiras

Ativistas da ONG Greenpeace despejaram óleo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, como forma de protestar contra a política ambiental do presidente Jair Bolsonaro. Entre outros problemas, o grupo lembrou o derramamento que já atingiu 194 locais em nove estados do Nordeste brasileiro. Até 17 de outubro o Ibama contabilizava 17 animais mortos por conta do vazamento, mas o número é subestimado, porque grande parte dos bichos vitimados não chega até a costa.

Os manifestantes, com vestes sujas de óleo e máscaras de proteção respiratória, levaram ao local, em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal, em Brasília), um objeto simulando motosserra, uma pilha de pedaços de madeira queimados (em alusão ao recorde de queimadas na Amazônia registrado neste ano) e barris, erguendo cartazes com os dizeres “Pátria queimada Brasil”, “Um governo contra o meio ambiente”, “Brasil manchado de óleo” e “End the age of oil” (Dê fim à era do óleo).

O óleo nas praias começou a aparecer no dia 30 de agosto, mas até o fechamento dessa edição não se sabia (ainda!) a origem do vazamento. As manchas já atingiram 2.250 km de costa nordestina. Além de Morro de São Paulo (BA), praias paradisíacas como Jericoacoara (CE), Pipa (RN), Porto de Galinhas (PE) e Maragogi (AL) foram afetadas. Houve registro de contaminação em pelo menos 201 praias, mas o problema vai sendo empurrado pela barriga pelo presidente do País e seu ministro do Meio Ambiente. “O dano para o meio ambiente é incalculável, assim como para a economia nordestina, que tem no turismo seu principal atrativo”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.

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