Estudo é fundamental para se elaborar estratégias de promoção da igualdade nos locais de trabalho
O Sindicato realizou no último dia 23 um mutirão nas agências bancárias convocando a categoria a participar do Censo da Diversidade, que está em curso e pode ser acessado pelo endereço www.diversidade.febraban.org.br. Quanto mais gente participar, mais preciso será o retrato do que acontece hoje nos bancos em relação ao machismo, racismo, homofobia, perseguição religiosa, entre outros itens. O censo prossegue até o dia 29 de novembro.
“A partir dessas respostas será possível elaborar reivindicações, ações e estratégias para promover a igualdade de oportunidades nos locais de trabalho”, afirma o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira. A desigualdade já pode ser constatada, por exemplo, na recente pesquisa sobre emprego na categoria realizada pelo Dieese (veja mais nesta página). De acordo com o levantamento, as 11.965 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e setembro deste ano receberam, em média, R$ 3.938,85.
O valor corresponde a 75,6% da remuneração média auferida pelos 14.151 homens contratados no período. Há ainda uma diferença de remuneração maior entre homens e mulheres nos desligamentos. As 14.319 mulheres desligadas recebiam, em média, R$ 5.920,32, o que representou 72,8% da remuneração média dos 15.125 homens demitidos no período. São dados que revelam que as mulheres não apenas são admitidas com salários menores como que essa diferença aumenta ao longo da carreira.