Encontro aconteceu na Câmara Municipal por intermédio da vereadora Ana Nice (PT) a pedido do Sindicato dos Bancários do ABC.
Aconteceu na noite desta quarta-feira, 17, na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo, uma Audiência Pública em Defesa dos Bancos Públicos. O evento abordou as ameaças e os riscos da privatização das empresas públicas principalmente a Caixa e o Banco do Brasil.
Participaram da mesa além da vereadora Ana Nice (PT), que viabilizou a audiência, George Vitti, secretário geral do Sindicato dos Bancários do ABC; Leonardo Quadros, da Apcef-SP; Alexandre Castilho, do Sindipetro; Maria Rita Serrano, representante dos trabalhadores no CA da Caixa; Antônio Saboia Júnior, diretor de Bancos Públicos da Fetec-SP; José Freire, CUT-ABC.
O evento, que teve início com uma apresentação do Grupo Musical do Centro Cultural Afro Brasileiro Francisco Solano Trindade, de São Bernardo do Campo, destacou a importância das empresas públicas no cenário socioeconômico no Brasil e os prejuízos que podem ocorrer com a venda dessas empresas como deseja o governo de Jair Bolsonaro.
O secretário geral do Sindicato disse que o objetivo é desmistificar falsas informações de que empresas públicas não prestam. “É importante levar essa discussão para todos nessas audiências porque, muitas vezes, nós caímos nas ´fakes news´ dos ataques midiáticos de que as empresas públicas são ruins e as empresas privadas são boas”, disse George Vitti.
A vereadora Ana Nice (PT) destacou a importância dos bancos públicos para os municípios e criticou a atual administração municipal em seu processo contra empresas públicas. “A administração de São Bernardo do Campo que busca recursos na Caixa e BB para investimentos na cidade, não defende empresas públicas e a sua importância, tanto que enviou um projeto para a Câmara para criar um departamento de desestatização”, disse a vereadora.
Essa importância dos bancos públicos para o município também foi abordada por Leonardo Quadros. “A atuação da Caixa e do Banco do Brasil na cidade é de suma importância, tanto que a cada R$ 10,00 de financiamentos, investimentos e empréstimos realizados no município, R$ 9,00 são oriundos desses bancos”, afirma o representante da Apcef-SP.
Alexandre Castilho abordou a importância das empresas públicas no crescimento e desenvolvimento do País, como no caso da Petrobrás que gera emprego, por exemplo. “A Petrobrás significa um incremento de renda e empregos no País, investe em universidades e centos de pesquisas e, com a privatização, pode gerar falta de investimento e, consequentemente, mais desemprego. Por isso privatizar empresas públicas faz mal ao Brasil”, disse o diretor do Sindipetro-SP.
Para José Freire, da CUT-ABC o que o governo atual vem fazendo é um desrespeito, pois precariza as empresas para depois vender. “O governo federal não está nem aí para o povo, podemos ver o que estão fazendo com algumas empresas públicas, precarizando e sucateando para depois repassarem para a iniciativa privada”, disse Freire.
Rita Serrano também aborda essa questão ao afirmar que “boa parte do desemprego vem do desmantelamento das empresas públicas e, sem essas empresas, não há desenvolvimento”, disse a representante dos funcionários da Caixa no CA do banco.
Por fim, Antônio Sabóia Junior também fala sobre as atitudes do governo para poder vender as empresas. “Primeiro o governo toma atitudes que visam quebrar a empresa, fatiando o patrimônio público do povo, para dar de graça para as empresas privadas”, explica o diretor da Fetec-SP.
O evento teve transmissão ao vivo pelo Facebook (veja abaixo) e, no próximo dia 24, é a vez de Mauá receber essa audiência na Câmara Municipal.