Tema A Reforma da Previdência e os impactos para as mulheres foi abordado pelas economistas Marilane Teixeira e Juliane Furno
As diretoras do Sindicato Inez Galardinovic e Anaide Silva participaram hoje, 29, de atividade no centro de São Paulo contra a reforma da Previdência, com aula pública e coleta de assinaturas para o abaixo-assinado que será enviado ao Congresso Nacional. A explanação deu ênfase aos graves impactos para as mulheres caso a reforma seja aprovada.
Pelas regras atuais, uma mulher de 55 anos e com 25 anos de contribuição teria de trabalhar mais cinco anos para se aposentar por idade e conseguir receber o benefício integral. Ou seja, estaria aposentada aos 60 anos e com 30 anos de contribuição.
Já pelas regras de transição propostas pelo presidente Bolsonaro, que quer implementar a idade mínima de 62 anos para as mulheres, essa mesma mulher terá de trabalhar mais sete anos (55+7 = 62) para se aposentar por idade. Ainda assim, ela só chegaria a 32 anos de contribuição (25+7 = 32) e não se aposentaria com o benefício integral, que, pelas novas regras, vai exigir, no mínimo, 40 anos de contribuição.
Dessa forma, o benefício será de apenas 60% a quem atingir 20 anos de contribuição e sobe 2% por ano de contribuição que exceder esse tempo mínimo exigido na proposta de reforma, até chegar a 100% com 40 anos de contribuição.
No caso da trabalhadora, a conta resultaria em um benefício de apenas 84% do valor a que ela teria direito pela regra atual. Ou seja, 60% correspondentes aos 20 anos mais 24% referentes aos 12 anos a mais que ela contribuiu para poder se aposentar aos 62 anos de idade.
Muita gente parou para assistir à aula pública na capital, fazendo perguntas e saindo com o abaixo-assinado para coletar assinaturas em seu local de trabalho ou bairro. Também no site do Sindicato é possível imprimir o material e fazer a coleta de assinaturas para tentar evitar que a reforma seja aprovada.
Com informações do Sindsep