Ocorrências aumentam e expõem vulnerabilidade de mulheres de todos os tipos
A semana que passou foi marcada por mais dois casos de feminicídio em Santo André, além de uma tentativa com refém em São Paulo. Os crimes na região aconteceram no dia 18, com a morte de Engel Sofia Pironato, de 21 anos, pelo namorado Lucas Alves da Silva Santos, e de Elieide Rodrigues de Oliveira, de 38 anos, pelo marido Manoel Gomes de Oliveira.
Santos matou Engel, técnica de enfermagem, porque não se conformava com o término do relacionamento. Ele escondeu o corpo numa geladeira, mas foi preso em flagrante. Já Manoel atropelou e atirou em Elieide, e depois tentou fugir, mas também acabou capturado pela polícia.
Refém – Também no dia 18 um homem de 30 anos, armado com uma faca e um martelo, manteve a ex-namorada como refém dentro da sua casa, na Zona Leste de São Paulo. Após negociação com a equipe do Gate a vítima foi liberada e o criminoso preso.
Feminicídio – O feminicídio é um crime cometido pelo simples fato de que a vítima é uma mulher; ou seja, motivado pelo gênero. Não acontece apenas com jovens ou nas classes mais pobres; atinge todos os tipos de mulheres no mundo, e sua ocorrência tem crescido nos últimos anos. Quase sempre o autor tem ou teve um relacionamento com a vítima, como marido e namorado.
“É muito importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer tipo de violência praticada por seus companheiros e denunciem”, orienta a diretora sindical Inez Galardinovic, que também atua na secretaria de Mulheres das CUTs ABC e São Paulo. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, em 2018 o aumento desses casos foi de 34% em relação a 2016, passando de 3.339 ocorrências para 4.461.