Leilão está marcado para dia 5; venda é perda para o País
O governo Temer bem que tentou, mas não conseguiu vender a Lotex. Agora, a Loteria Instantânea Exclusiva, ou raspadinha, volta a leilão, marcado para o próximo dia 5 de fevereiro. É a primeira parte das privatizações que o governo pretende fazer na Caixa.
Segundo divulgado pela imprensa, há ao menos dois interessados: a empresa norte-americana Scientific Games International (SGI) e a inglesa International Game Technology (IGT, adquirida em 2015 pela Gtech), ambas já atuantes no mercado de jogos. As propostas deverão ser entregues até o dia 30.
A venda da Lotex representa uma perda imensa para os brasileiros, já que arrecadação é alta e boa parte é investida em programas sociais. Em 2017, por exemplo, as loterias Caixa registraram, de forma global, arrecadação próxima a R$ 14 bilhões. Desse montante quase metade (48%) foi destinado aos programas sociais. Se a venda for efetivada, o repasse deverá ser reduzido drasticamente.
O valor a ser arrecadado pelo leilão também baixou muito. Em 2016 especulava-se em até R$ 4 bilhões; agora, segundo as informações mais recentes, espera-se arrecadar R$ 642 milhões com o pagamento da outorga em três anos. A concessão será por 15 anos, e o pagamento poderá ser parcelado em 4 vezes. Ou seja: é praticamente uma liquidação de um patrimônio brasileiro a empresas estrangeiras, fazendo com que o Brasil perca sua soberania.