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Previdência é o primeiro grande embate do ano para os trabalhadores

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Não dá para aceitar a imensa redução de direitos com as propostas de Bolsonaro; centrais anunciam calendário de lutas

previdênciaQuem esperava se aposentar em breve, após muitos anos de labuta, ou quem com sorte acabou de entrar no regime formal de trabalho e começa a contribuir com o INSS tem motivos de sobra para se preocupar. Até agora, as possíveis mudanças previstas pela equipe de Bolsonaro para a Previdência são ainda piores do que aquelas propostas por Temer, que já eram péssimas.

O que vem sendo divulgado, entre recuos e descompassos, é aumento da idade mínima e adoção da capitalização, um modelo parecido com o chileno. Há, ainda, o que seria uma substituição à fórmula 86/96 (a melhor condição entre as atuais), só que aumentando a contagem para 110 pontos (homens) e entre 106 e 108 (mulheres). O período de transição também é pior do que a proposta anterior: servidores públicos e rurais levariam 10 anos para cumprir a exigência dos 65 anos; os do setor privado 12 e os professores 15 anos.

Como muito se diz e pouco se sabe de fato, o momento é de alerta e mobilização. Não por acaso, a Previdência é o primeiro grande embate do ano, e as centrais sindicais já anunciaram uma plenária nacional em defesa da aposentadoria e da Previdência no dia 20 de fevereiro, quando será deliberado um plano de lutas unitário.

“Até lá vamos conversar com a categoria e sociedade para alertar sobre a perversidade dessas mudanças. Se os brasileiros não se mobilizarem as consequências serão drásticas para muitas gerações”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, lembrando que o governo empurra o trabalhador para os bancos privados com a capitalização e desestimula o ingresso no mercado formal de trabalho, porque ninguém vai querer pagar INSS se não puder se aposentar.

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