Pasta existe há 88 anos e sua extinção demonstra descaso com os trabalhadores
Diretores do Sindicato participam, na manhã desta terça, 11, de ato contra o fim do Ministério do Trabalho anunciado pela equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Convocado pelas principais centrais sindicais do País, o protesto ocorre em frente à Superintendência do Trabalho (antiga DRT), na Rua Martins Fontes, no centro da capital paulista.
Para as entidades, a extinção do ministério é uma grave sinalização de precarização e desrespeito ao trabalhador, que já sofre com o desemprego recorde, ataque aos direitos após a reforma trabalhista e o aumento da pobreza.
O Ministério do Trabalho existe há 88 anos e é responsável, entre outras atividades, pela regulação das leis de relação entre patrões e empregados, pela política salarial e de criação de emprego e renda para o trabalhador, pelo combate ao trabalho escravo e a fiscalização da segurança e saúde no trabalho.
Para o secretário-geral do Sindicato, Gheorge Vitti, que participa do ato, além da repercussão negativa em relação às perspectivas de criação de empregos e dos retrocessos trabalhistas a decisão de extinguir a Pasta pode precarizar e dificultar a fiscalização das condições degradantes de trabalho em todo o Brasil, assim como do trabalho escravo infantil, investigados hoje pelo MTE.
“Mesmo estando no século 21 muitos trabalhadores ainda são submetidos a condições análogas à escravidão e o Ministério do Trabalho tem o importante papel de fiscalizar e combater isso. Quando a gente vê o governo eleito defender o fim do Ministério entende que está defendendo o interesse de quem o apoiou; ou seja, os grandes empresários, que querem acabar com os direitos dos trabalhadores”, aponta.