Teste para detecção é simples e gratuito, mas muitos desconhecem que têm a doença
O Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no último sábado (1 de dezembro) no Brasil, objetiva esclarecer e tentar conscientizar sobre a doença. A Aids é causada pelo HIV, geralmente por contato sexual desprotegido com pessoa contaminada, mas também pode ser transmitida por transfusão sanguínea e compartilhamento de objetos perfurocortantes.
Diferentemente do que muitos pensam, ser HIV positivo não é o mesmo que ter Aids. A Aids é o estágio mais avançado da doença, quando o sistema imunológico já se encontra bem debilitado. É essa debilidade que torna a pessoa acometida pela Aids muito vulnerável a outras doenças, que podem matá-la.
De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2017, divulgado pelo Ministério da Saúde, entre os anos de 1980 e 2017 foram identificados 882 mil casos de Aids no Brasil. Já a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) informou que 500 mil pessoas têm o vírus HIV na América Latina e Caribe, mas não sabem. Segundo a OPAS 2,1 milhões de pessoas vivem com o HIV na região, sendo que apenas 1,6 milhão sabem que são portadores do vírus.
O teste para detecção da Aids é simples e pode ser feito gratuitamente na rede pública de saúde (veja detalhes em http://www.saude.sp.gov.br/centro-de-referencia-e-treinamento-dstaids-sp/fique-sabendo/onde-fazer-o-teste-de-hiv-). Mais de 30 anos após a divulgação do primeiro caso, em 1981, pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA, o tratamento evoluiu e garante sobrevida maior aos pacientes: isso foi possível a partir de 1996 com o coquetel antirretroviral, uma combinação de medicamentos capaz de atacar o vírus em diferentes frentes. Nada disso, porém, exclui a necessidade de prevenção, especialmente nas relações sexuais e no compartilhamento de seringas.