Leia editorial do Sindicato e assista ao vídeo com o presidente da entidade falando sobre as eleições de domingo
O segundo turno das eleições se aproxima e, com ele, a decisão de qual projeto de Brasil será vitorioso nas urnas.
Como todos sabem, há diferenças enormes, antagônicas mesmo, entre o candidato do PSL e o do PT, seja na forma de pensar o País política e economicamente, seja no tipo de cultura que se pretende valorizar para a sociedade brasileira nos aspectos morais, éticos, educacionais e tantos outros.
E essa diferença entre os candidatos e seus valores é ainda mais visível quando se contam os casos de violência que vêm ocorrendo neste mês de outubro, em sua maioria comprovadamente praticados por eleitores do capitão e inspirados por suas declarações favoráveis à tortura, ao estupro, ao racismo, à homofobia, a crimes gravíssimos que ele defende sem o menor pudor.
Os alvos dessa violência são mulheres, negros, idosos, adolescentes, homossexuais.
Pessoas como mestre Moa, na Bahia, que foi covardemente assassinado apenas porque revelou seu voto no Partido dos Trabalhadores.
Ou o cabeleireiro José Carlos de Oliveira Mota, de 57 anos, encontrado morto com sinais de tortura dentro do armário de seu apartamento, no centro de Curitiba – segundo testemunhas, um dos suspeitos do crime teria feito apologia ao candidato fascista aos gritos, enquanto intimidava o porteiro do prédio.
Os agressores não pouparam nem mesmo a irmã da vereadora Marielle Franco (assassinada no Rio), Anielle, além de terem destruído a placa que homenageava a parlamentar.
Ativistas, jornalistas, sem-terra, estudantes, professores: a lista de pessoas agredidas por esses criminosos inspirados no candidato fascista é grande, e não podemos deixar que cresça.
É preciso urgentemente dar um basta nessa cultura de ódio, violência e medo.
Não há nenhuma estatística, mas nesses últimos 33 anos em que a democracia foi restabelecida em território brasileiro, esta parece ser a mais violenta das eleições.
Porque há um candidato que defende abertamente que essa violência aconteça, que demonstra total desrespeito pelas leis e instituições do País e, pior ainda, pode se tornar o próximo presidente da República segundo as pesquisas eleitorais.
É algo realmente inacreditável, mas não podemos nos render frente a essa covardia dos agressores e muito menos desistir da construção de um Brasil justo.
Um Brasil onde os direitos humanos sejam respeitados e se possa desenvolver uma cultura de paz, igualdade e solidariedade.
Para que isso ocorra, é preciso saber qual é o Brasil que a gente quer.
Um país ainda mais violento, sem lei, onde o que vale é a arma apontada na nossa cara ou na de nossos filhos?
Um país onde não se possa discordar?
Um país onde a tortura a quem protestar estará liberada?
Um país que vai tratar mulheres, gays, negros, moradores de comunidades como cidadãos de segunda classe, sem respeito e sem direitos?
Não é possível que a maioria dos brasileiros defenda essa barbárie.
A única forma de dar um basta a essa cultura de humilhação, opressão e morte é votando contra o candidato do PLS, contra tudo de ruim que ele representa hoje e todo o mal que causará para as futuras gerações.
Neste domingo, vote pela paz.
Vote por um Brasil melhor, com oportunidades de desenvolvimento para todos.
Vote pelo respeito, pela dignidade.
Vote Haddad. Vote em defesa da vida.
Diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC