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Sindicato fecha agências do Mercantil após assassinato de bancária

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Unidades do banco na região permanecerão fechadas nesta terça; Michele Bertoloni, morta durante tentativa de assalto, será sepultada às 14h no Cemitério de Vila Euclides

O Sindicato fecha nesta terça, 13, agências do banco Mercantil na região. O motivo é a morte da bancária Michele Bertoloni, ocorrida ontem (12) durante tentativa de assalto na agência da rua Marechal Deodoro, em São Bernardo. Nesta manhã, são afixados cartazes informando sobre o luto à população.

O fechamento ocorre não somente para reivindicar mais segurança como também para que os funcionários do Mercantil possam se despedir de Michele. Ela, que entrou no banco em 2012, havia acabado de ser promovida. Segundo declarações de seu pai, Rogério Bertoloni, a filha ingressou na empresa como estagiária e estava feliz com o novo cargo. Sua morte foi causada por disparo da arma de um dos vigilantes, na tentativa de evitar o assalto. Os dois ladrões, também baleados, portavam armas de brinquedo.

Assim que soube do ocorrido, o Sindicato esteve na unidade da Marechal para reivindicar assistência psicológica aos funcionários e à família da vítima. A agência foi fechada e uma psicóloga encaminhada para conversar com os trabalhadores, dispensados em seguida. A comoção pela morte de Michele e a tensão pelo ocorrido impactaram profundamente seus colegas, e não há prazo para reabertura da agência. “Vamos cobrar apoio médico e psicológico e que a agência permaneça fechada o quanto for necessário”, enfatiza o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.

O velório da bancária acontece hoje no cemitério de Vila Euclides, em São Bernardo, onde ela será sepultada às 14h.

Violência -  A morte de Michele vem se somar a muitas outras ocorridas no País pela falta de segurança, tanto pública quanto no ambiente de trabalho. A categoria bancária vive em risco constante e as entidades sindicais reivindicam há muitas décadas mais investimentos dos bancos na prevenção e combate à violência, pois os riscos são altos para funcionários e clientes.   

No Grande ABC, um dos casos mais impactantes ocorreu em 1983, quando sete homens invadiram uma agência do Itaú na rua Taipas, em São Caetano. Os clientes foram transformados em reféns e um dos bandidos, irritado com o choro de uma criança, disparou. Ele matou a pequena Talita, de 8 meses, e sua mãe, a professora de balé Laura Thomé Tomareveski, 23 anos, que tentou proteger a menina.

Após troca de tiros com a polícia, cinco assaltantes foram mortos e dois clientes feridos (um deles ficou paraplégico), assim como quatro policiais militares. A cidade homenageou as duas vítimas fatais: uma praça foi batizada com o nome de Talita e a Escola Municipal de Bailado chama-se agora Laura Thomé.

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